De acordo com a PORDATA, no concelho da Figueira da Foz o total da população residente em 1960 era de 57.631 indivíduos, 15.028 dos quais tinham entre 0 e 14 anos ( 26%), 37.354 entre os 15 e os 64 ( 65%) e 5.249 tinham mais de 65 anos ( 9%).
Em 2011, o total da população do concelho era de 62.125 indivíduos (em 2001 era de 62.601…), mas o mais notável é a inversão do peso relativo das faixas etárias ( 13% entre 0 e 14 anos, 64% entre 15 e 64 e 23% com mais de 65 ).
“Fenómeno extremamente difícil de reverter, uma vez que este envelhecimento, ao longo de sucessivas décadas, é provocado por um aumento de pessoas nas idades mais avançadas em resultado de muito melhores condições de vida, mas também por via da quebra dos nascimentos em resultado… do desenvolvimento económico global”, constatarão os mesmos e/ou outros, todos, no entanto, sempre muito diligentes em resolver os problemas cruzando os braços, apontando para o “Plano Estratégico” e… à espera que o Sunset traga muita gente, durante 3 ou 4 dias; pelo menos acham que, afi nal, “… está cada vez mais gente (jovem) na Figueira!...”
Números, uma crónica de Teotónio Cavaco, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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