quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

... não sou adepto do porreirismo, mas sou um gajo porreiro. Acreditem. Mas...

A crónica, para mim, mais demagógica, cínica e absurda, talvez também a mais deprimente e ridícula que li, pelo menos neste ano que leva 24 dias, foi escrita por nada mais nada menos do que por um professor do ensino superior, ex-vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e saiu hoje no jornal AS BEIRAS

 ..."I am the king of the world"!
Do alto da serra tudo avisto...
Contudo, quando estou no vale e olho lá para cima, sento-me pequenino.
No entanto, sou a mesma pessoa, a perspectiva é que mudou.
Nada mais.
Nunca me iludi,  nem com a minha pequenez, nem com a minha falsa  grandiosidade. Ambas são adjectivas ao substantivo que somos, apesar das circunstâncias exteriores se modificarem...


Nunca me preocupei com o futuro.
Nunca me senti culpado por continuar a não saber muito bem o que pretendo da vida. 
A maior parte das pessoas interessantes que conheço não tinham, tal como eu, aos 20 anos, nenhuma ideia do que fariam na vida. 
E a pessoa mais interessante que conheço, aos 64, ainda não sabe.

Todos os dias, pelo menos, faço uma coisa que me assusta. 
Canto. 

Não tolero quem trate os meus sentimentos, mais profundos e mais autênticos, de forma irresponsável ou leviana. 
Relaxo.

Gentil, sinto que deveria ser mais com os meus joelhos: vou sentir culpa e a falta que me fazem, quando eles deixarem de funcionar.
Tenho de perder peso.

Nunca me orgulho nem me auto-critico demasiado. 
Todas as minhas escolhas tiveram sempre 50% de hipóteses de dar certo.

Sempre tive cuidado com as pessoas que dão conselhos, mas já fui mais paciente com elas. 
Conselhos são uma forma de nostalgia. 
E eu, por vezes, já sou nostálgico de mais para o meu gosto...

1 comentário:

CeterisParibus disse...

Ressalvando que concordo contigo no "diagnóstico" de que há mais "matéria" na intenção, do que aquilo que passa cá para fora como fundamento para o despejo, não consigo perceber bem quais são as afirmações do artigo, que sejam assim tão cínicas e deprimentes. Não vejo sequer que as mesmas possam ir no sentido de "apoio" à intenção que existe de substituir o existente por algo que sirva apenas a um interesse privado. Não diz ele que acha bem que seja devolvido a todos nós?
Então?