“É uma questão moral e ética, ligada a uma pessoa. Não fui eu que escolhi Barroso para presidente da Comissão da União Europeia. Ele esteve dez anos à cabeça da Comissão. A Goldman Sachs esteve no centro da crise dos subprimes e ajudou o Governo grego a ‘maquilhar’ as contas do Grécia. Moralmente é inaceitável (que ele vá para esse banco)”, disse esta quinta-feira o presidente francês, François Hollande, numa entrevista de fundo neste 14 de julho, dia nacional francês.
“É uma questão que não tem que ver com a Europa, tem que ver com a moral. O senhor Barroso foi presidente da Comissão Europeia no momento em que teve lugar a crise provoca pelos subprimes, na qual a Goldman Sachs foi um dos principais implicados - banco que reencontrámos mais tarde no caso grego, dado que era o banco que aconselhava os gregos e e que maquilhava as contas que a Grécia transmitia à União Europeia. Agora ficamos a saber, alguns anos mais tarde, que o senhor Barroso vai entrar no Goldman Sachs. Juridicamente é possível, mas moralmente é inaceitável”, explicou François Hollande na entrevista publicada pelo Expresso.
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