António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 3 de julho de 2016
Morreu Camilo de Oliveira
Camilo de Oliveira, o actor que fez rir os portugueses durante 70 décadas com o seu trabalho em teatro e em televisão, morreu ontem, em Lisboa, pelas 20.10h, informou à Lusa fonte familiar.
Ficam na história da televisão as suas participações em programas como 'Sabadabadú', no início dos anos 80 – onde contracenou com Ivone Silva num dos seus quadros mais populares, 'Agostinho e Agostinha' – e, mais tarde, séries humorísticas que levavam o seu nome como personagem principal, exibidas na RTP e SIC, como 'Camilo & Filho', 'Camilo, o Pendura', 'A Loja do Camilo', 'Camilo na Prisão' ou 'As Aventuras do Camilo'.
Era natural de Buarcos. Nasceu a 23 de julho de 1924 nos camarins do Teatro Caras Direitas, durante uma digressão em que actuavam os seus pais, gente do espectáculo. Pisou pela primeira vez um palco aos 5 anos, num pequeno papel, mas a estreia profissional em teatro aconteceria aos 15.
Tinha-se retirado dos palcos definitivamente aos 90 anos.
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