"É incontornável que o poder político local nunca soube lidar bem com a crítica, embora, sempre tenha convivido maravilhosamente com o elogio.
Tenho para mim, que a apreciação da acção governativa deverá observar não só o discurso reprovativo como o do enaltecimento, consoante as circunstâncias, sendo certo, que tanto um como o outro hão-de assentar sempre em razões plausíveis.
Por aqui, reinam os do poder e aos restantes cabe elogiar ou então… hibernar.
Nesta minha recente e actual passagem pelo mundo da política no lado (confortável, ou não…) da oposição, sempre que se aumenta o tom da crítica, de imediato, surgem vozes sussurrantes (umas amigas, outras encomendadas) pedindo contenção, pois que os visados entendem os reparos como desrespeitosos e desconsiderantes.
O incómodo que a crítica gera junto da governação e na própria comunidade, desabituadas do confronto político, vai ao ponto dalgumas daquelas vozes irem mais longe e sugerirem, “quando em quando, contraponha com um elogio. Vai ver que cai bem.”..."
Para continuar a ler O ELOGIO, uma crónica de opinião de CARLOS TENREIRO, basta clicar aqui.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Se..Se..o PPD tivesse um dedo de testa,há muito que este homem devia ter sido aproveitado para candidato à Câmara.
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