Conheço a escrita do Pedro Rodrigues.
Sou leitor e admirador do seu blogue Os Filhos do Mondego, desde 2010, um blogue que foi "criado com o intuito de expor textos da sua autoria".
Presumo que não perdi uma postagem.
Desde o início que gostei da maneira como escreve. Da maneira como se expõe. Da maneira como é capaz de contar a sua verdade...
"Detesto as pessoas que pregam a originalidade. A falta de originalidade está aí, algures. Todas as grandes ideias já têm patente registada. Todas as outras são o reflexo delas. Gostava de ter descoberto a roda. Pensando bem: quem se lembra do inventor da roda? Que coisa banal. Todos querem ser originais. Ninguém quer ser mais uma gota no oceano. Mas, na verdade, não há oceano sem gotas. Eu não sou original. Sou uma gota. No entanto, não sou igual a ninguém."
São poucos - ou se calhar nenhum - os escritores de quem li a obra completa - ou pelo menos tudo o que existe publicado...
Um dia destes vou comprar o livro do Pedro, para poder dizer que li tudo sobre este jovem escritor que já está publicado...
Depois, tenho de estar atento, pois o Pedro ainda vai publicar muitos livros!...
Talento é talento. Nacional e local - talento é, apenas, talento.
Saramago e Lobo Antunes, goste-se ou não, nossos contemporâneos, são dos poucos escritores em Portugal com voz própria.
Vão ser um dos três ou quatro do seu (nosso) tempo que muito provavelmente ficarão na história da literatura portuguesa.
O que talvez não suceda com o Pulido Valente - que chegou a ser figura de corpo presente num vomitório denominado "Jornal Nacional" da TVI.
Portanto, não te preocupes que a Aldeia ainda não te reconheça...
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