“O que mais me surpreende não é a composição daquela figura, nada tenho também contra as mulheres de pelo
na venta o que surpreende é que logo tenha recomeçado o coro das propostas fraturantes firmando-a como a “vitória da diversidade e da tolerância”.
A “mulher barbuda” de feira popular era degradante e um atentado à dignidade humana a “mulher com barbas” Conchita Wurst é a afirmação da diferença do género, claro!
Propostas fraturantes? Não me fraturem!
Depois da ressurreição da mulher barbuda só tenho que tecer loas à nossa Susy e à sublime obra poética de
Emanuel!”
Joaquim Gil, advogado, hoje no jornal AS BEIRAS
Em tempo.
Se o assunto fosse futebol, diria que os stewards não são menos intervenientes no jogo do que os bombeiros.
Se o bombeiro entra em acção para retirar o jogador lesionado, o steward entra, por exemplo, para retirar alguém que pode lesionar o jogador.
Considerando o que tenho considerado sobre a canção da Suzy ("uma coisa importante para a Figueira", na opinião do poder!.. Vá lá, na minha, para ser bonzinho, entre as coisas pouco importantes com que o poder se deveria preocupar...), confesso que perante o que acabei de ler na crónica do advogado e cronista Joaquim Gil, hoje, estou dividido na hierarquia da canção que deveria ter ganho a Eurovisão, se houvesse justiça neste mundo.
Mas, quem havia de advinhar que iríamos ter de perder, assim?..
Não liguem, isto passa!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Queria lembrar ao sr. Gil que aquilo é um festival de canções e não de cantores e querer comparar esta canção com a nossa é querer comparar uma rosa com um malmequer são flores mas são diferentes. isto com todo o respeito que me merecem o autor e a interprete da nossa canção.
Eu entendo que quem percebe de musica é que deve criticar a qualidade das musicas tal como quem percebe de vinho deve criticar a qualidade do vinho.
Lá diz o povo e é verdade cada macaco no seu galho.
Eu percebo é de tintos pasteis de bacalhau uns jakinzinhos e até uns coiratos por isso é que não me peçam para comentar se a musica é boa ou má se mereceu esta ou aquela ganhar essa não é a minha praia se for para apreciar uma boa pomada contem comigo para a musica não.
Enviar um comentário