foto sacada do facebook de Isabel Maria Coimbra |
"Em 1888 foi criada na Figueira a aula
de desenho industrial precursora da que em 1889 evoluiu para escola
industrial e, posteriormente, também comercial. Ali se formaram
gerações de técnicos de vários níveis, alguns dos quais à
custa de muito esforço e formação teórica complementar,
conseguiram licenciar-se e ali deixaram as suas marcas, também como
professores.
Sim, porque o regime de então
pretendia separar o povo em duas classes: os futuros dirigentes
públicos e os filhos dos operários, que teriam como destino servir
a classe dirigente. Não cabe nesta meia dúzia de linhas o muito que
haveria a dizer.
Nem sequer interessa tanto analisar o
passado. Uma coisa é certa: aquela casa, não só faz parte da
história da Figueira, como muito do que positivo se fez ao longo
dos anos, se lhe deve, para além se ali se ter construído
salutar pensamento que influenciou oposição ao regime então
vigente.
Importa discorrer sobre o presente e o
futuro. Não é a primeira vez que, por ocultas razões elitistas, se
induz a ideia de pôr em causa a sua existência. As soluções não
são apenas compostas de números. Há muito mais vida para além
deles.
Estou
certo que os que por lá passaram e que anualmente a celebram:
alunos, professores, funcionários, orgulhosos
do que ali aprenderam, ensinaram e enquadraram não deixarão que
lhes “deitem a casa abaixo”.
Incluindo
o signatário destas linhas, orgulhoso de ali se ter preparado para a
vida."
Daniel Santos, engenheiro civil, hoje no jornal AS BEIRAS.
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