"Acusa Teodora Cardoso, doutora, líder do Conselho das Finanças Públicas, verdadeira "gordura do Estado", o Governo de tirar proveito da "conjuntura internacional" para devolver rendimentos às pessoas e às famílias enquanto cumpre os "mínimos olímpicos" das regras orçamentais, o que só demonstra inteligência e bom-senso da parte do Governo por não ir mais além do que aquilo que lhe é permitido. Já do Governo anterior, que tirou partido da conjuntura internacional para empobrecer as pessoas, as famílias, o país, e transferir rendimentos do trabalho para o capital, Teodora Cardoso, doutora, não acusou nada, o que diz muito mais sobre ela própria e sobre o preconceito ideológico onde vive do que sobre o Governo que exigiu mais que os máximos exigidos para não cumprir nenhuma das metas a que se propôs."
daqui
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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