sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Um assunto para a agenda da reunião Santana Lopes/António Costa, quando o primeiro-ministro, a convite do presidente da câmara, se deslocar à nossa cidade: “A Figueira da Foz tem de ser a capital do mar”

No passado dia 17 do corrente mês de Novembro, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, revelou que convidou o primeiro-ministro António Costa para visitar o concelho a fim de tomar conhecimento de problemas que urge resolver.
“Queremos que os assuntos se resolvam por quem tem capacidade para decidir”, disse Santana Lopes, no período antes da ordem do dia da reunião na Câmara Municipal, em que foi aprovado um voto de pesar pela morte de quatro pescadores desportivos ocorrida no sábado anterior na Figueira da Foz.
Santana Lopes não quer que "as coisas aconteçam, o tempo ande e nada se resolva", pelo que considera "essencial" que o primeiro-ministro "conheça os assuntos da Figueira da Foz".

No dia 17 de Outubro deste ano, no grande auditório do CAE, cheio que nem ovo, para assistir à tomada de posse dos novos órgão autárquicos, Pedro Santana Lopes, o novo presidente do município, afirmou que “as pessoas têm de saber que quando quiserem estudar, investigar e tratar de assuntos do mar o melhor sítio em Portugal é a Figueira da Foz”.
Presumo que o Dr. Pedro Santana Lopes, com o competente staff que tem não deve desconhecer que o Governo vai investir 87 milhões de euros na economia do mar e à Figueira não vai tocar nada.
Via Governo de Portugal. Para ler melhor clicar na imagem.
No passado dia 16 do corrente, Ricardo Serrão Santos, Ministro do Mar, na abertura do Expo Fish Portugal, em Peniche, "afirmou que o Governo vai investir 87 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em centros de investigação e de desenvolvimento de produtos para a economia do mar no Algarve, Lisboa, Oeiras, Peniche, Aveiro e  Porto. Nos Açores haverá um hub similar financiado por outro projeto da componente Mar no PRR
O Ministro destacou que o investimento para o Hub Azul permite criar infraestruturas «para desenvolver as grandes tecnologias e promover a ligação entre as academias e as indústrias e os empreendedores em contextos da biotecnologia azul, das energias oceânicas, robótica submarina, das engenharias, construção naval».
Ricardo Serrão Santos acrescentou que o investimento visa «potenciar o setor da transformação do pescado e a biotecnologia» e promover uma maior ligação entre a investigação científica e as indústrias do setor.
«Vão ser centros de produção de produtos na parte da biotecnologia azul, para aumentar o número de patentes nacionais», disse.
O Hub Azul, Rede de Infraestruturas para a Economia Azul, vai ter infraestruturas (novas e existentes) costeiras com acesso à água, laboratórios e zonas de teste, locais para prototipagem, scale-up pré e industrial e espaço de incubação e alavancagem de empresas, criando uma plataforma física e virtual em rede para dinamizar a bioeconomia azul e outras áreas emergentes da economia do mar descarbonizante em Portugal e na Europa.
O Hub Azul vai ter ainda uma «estreita ligação às universidades nacionais, principalmente às escolas com formação superior direcionada para o mar, e aos centros de formação profissional do mar»."

Todos sabemos que, desta vez,  o antigo presidente do PSD, ex-secretário de Estado e ex-primeiro-ministro, prometeu três mandatos, o máximo permitido por lei. Porém, para quem quer uma Figueira da Foz “na frente, liderante”, o tempo começou a contar.
Para “a Figueira da Foz  ser a capital do mar, liderar na investigação e na ciência, e, por isso, fazer nascer entre a Costa de Lavos e a Gala um centro de investigação em ciências do mar”, dada a fortíssima concorrência (por exemplo de Aveiro) penso ser um assunto fundamental para a reunião que certamente irá haver na Figueira, entre o presidente da câmara e o primeiro-ministro António Costa.

"O Bloco de Esquerda da Figueira da Foz opõe-se à decisão camarária de apoiar a realização de uma prova do Campeonato do Mundo de Motonáutica na Figueira da Foz"

Vídeo António Agostinho
A Concelhia do Bloco de Esquerda (BE), via comunicado, “opõe-se à decisão camarária de apoiar a realização” da final do Campeonato do Mundo de F1 de Motonáutica, que está a decorrer na cidade até domingo. “Em tempos de emergência climática, após a COP de Glasgow, onde se decidiram políticas para o fim de subsídios a combustíveis fósseis, o Bloco não aceita o apoio financeiro de quase 200 mil euros a uma modalidade desportiva que promove a utilização de motores altamente poluentes”.
E mais adiante pode ler-se. “O atual executivo de Santana Lopes que, em campanha eleitoral, prometeu aprovar medidas “verdes” como a plantação de milhares de árvores no concelho, acaba, com esta decisão, por demonstrar que o ambiente não é uma prioridade do seu mandato, na mesma linha que o anterior executivo socialista, que também apoiou a realização de provas do campeonato nacional de motonáutica”.
O comunicado que temos vindo a citar aponta também o dedo à oposição PS e PSD: "o Executivo aprovou – sem oposição do PS e do PSD – um apoio de quase 200 mil euros para o campeonato mundial de Motonáutica, sem apresentar um qualquer estudo sobre o efeito económico no concelho do evento."
A seguir coloca questões objectivas.
"Quantos turistas trará ao concelho o campeonato? Que vantagem trará para os agentes económicos? Findo o campeonato, que impacto positivo resultará para a cidade a realização deste evento?"

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O património da economia dominante

Ana Santos, via Ladrões de Bicicletas


"Chamo a atenção para um pequeno livro, publicado em 2020, sobre “a economia dos ativos” (The Asset Economy). O seu principal objeto é a acumulação de património imobiliário que a ilustração da capa sinaliza.

Trata-se de um livro de divulgação e de fácil leitura. Aborda um dos temas mais centrais das economias políticas contemporâneas: a propriedade imobiliária e o seu papel na reprodução de desigualdades sociais. Apresenta-se como uma crítica ao Capital no século XXI de Piketty, por este ter negligenciado esta relevante dimensão das desigualdades na sua análise e propõe uma nova abordagem à análise das classes sociais que leve em conta o património imobiliário.

Esta forma de economia resulta de um conjunto de políticas de pendor neoliberal altamente favorável para os proprietários. Destaca-se a política monetária centrada no controlo da inflação, isto é, dos preços dos bens de consumo, ao mesmo tempo que se tolera o crescimento exponencial dos preços dos ativos e os seus efeitos desestabilizadores. A habitação tem sido central nestes desenvolvimentos já que é o principal ativo detido pelas famílias, sendo crescentemente cobiçado por investidores institucionais, devido à sua tendência de valorização (aspeto não abordado pelos autores). 

A habitação está no centro do agravamento das desigualdades por diversas vias. A compra de casa própria a crédito tem sido feita à custa de modos de provisão coletivos. O resultado tem sido o crescimento da propriedade privada entre os segmentos que puderam beneficiar de linhas de crédito bonificado e aliciantes incentivos fiscais, o que desencadeou o aumento continuado dos seus preços ainda que com oscilações. Os excluídos do mercado imobiliário viram-se ainda excluídos da provisão pública, com a privatização da habitação pública (sobretudo nos países anglo-saxónicos entre outros) ou na ausência de outras políticas (o nosso caso).

O agudizar das desigualdades habitacionais significa que o custo das crises do capitalismo –  económicas, financeiras, de saúde pública ou ambientais –  são crescentemente suportados pelos que ficaram excluídos do acesso à propriedade imobiliária em valorização.  Ao contrário dos proprietários, com e sem hipoteca, a sua dependência dos rendimentos do trabalho cada vez mais precário não os protege da inflação das rendas dos mercados liberalizados (a parte do rendimento salarial transferida para os proprietários com o pagamento das rendas é maior do que a que é transferida para os bancos com o pagamento das hipotecas), não dispõem de rendimentos prediais, nem de colateral para aceder a crédito em condições mais favoráveis.

Ainda que os autores não o explicitem, a implicação desta análise é profundamente radical. Se o Estado Providência está a dar lugar a uma espécie de economia de bem-estar patrimonial (asset-based welfare), assente na acumulação privada de ativos com vista à extração de rendimento durante e após a vida ativa, então as relações de propriedade têm de voltar estar no centro das preocupações, dado o seu papel na ampliação das desigualdades sociais."

"Uma data querida da direita"



Sejamos claros: em 2021, 46 anos depois, vivemos um dia triste. 
Há precisamente 46 anos, tinha eu 21 anos de idade, terminava o sonho de uma geração que acreditava num mundo melhor.
Há 46 anos a democracia sofreu em Portugal uma derrota histórica.
Os efeitos, mesmo para os que dizem apoiar o 25 de Novembro de 1975, nunca deixaram de ser evidenciados pelas governações que se seguiram até hoje, incluindo a "geringonça".
Tem sido um processo lento. Porém, cadad mais visível em toda sua dimensão.

Nesta derrota, como em qualquer outra, seja ela de que natureza for, nunca se pode acusar o inimigo de ser o responsável pela nossa derrota. A responsabilidade foi nossa. De quem na euforia de vitórias pouco estáveis actuou sectariamente, com triunfalismo despropositado e sem capacidade para consolidar alianças que, num espírito de compromisso, garantissem a vitória.
A História, sem deturpações, é conhecida. A partir do momento em que o genuíno MFA se fraccionou, depois de já terem sido politicamente eliminados os elementos espúrios que por oportunismo político tinham alinhado no 25 de Abril, ficou selada a derrota. Tudo começa e acaba ai.

Importa também dizer que nem todos, embora fossem poucos, os que estavam com o 25 de Novembro de 1975 concordaram, posteriormente, com os seus desenvolvimentos.
A direita fez o seu papel:  adaptou a sua estratégia à exigência histórica do momento.
Outros há, - e são muitíssimos-, que tendo estado do lado das forças derrotadas, hoje as renegam, fazendo crer aos vindouros que sempre estiveram do “lado certo” da História. 
Para quem gosta de ler, clicar aqui..

Santana Lopes e António Costa

Via Campeão das Províncias

Imagem sacada daqui
"O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, revelou que convidou o primeiro-ministro António Costa para visitar o concelho e tomar conhecimento de problemas que urge resolver. 
“Queremos que os assuntos se resolvam por quem tem capacidade para decidir”, disse Santana Lopes, no período antes da ordem do dia da reunião de Câmara em que foi aprovado um voto de pesar pela morte de quatro pescadores desportivos ocorrida na Figueira da Foz. O autarca falou dos problemas da erosão da costa marítima, da necessidade de se avançar com o “bypass” para transferência de areias do molhe norte para a zona sul e de se potenciar a operacionalidade do porto comercial, com o alargamento a navios de maior calado. Santana Lopes não quer que “as coisas aconteçam, o tempo ande e nada se resolva”, pelo que considera “essencial” que o primeiro-ministro “conheça os assuntos da Figueira da Foz”. Só que António Costa vai passar a ser um primeiro-ministro de um Governo de gestão, com a dissolução do Parlamento. Será que Santana Lopes já está a prever que o PS volta a ganhar as eleições legislativas?" 
Longe vão os tempos em que Santana “nunca” faria acordos com António Costa...

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

A iluminação de Natal é aquilo que acontece uma vez por ano para lembrar aos figueirenses que a vida podia ser bem pior...

"O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, inaugura na próxima quinta-feira, dia 25 de novembro, pelas 17h30, na rua da República (Largo Tenente Valadim) a iluminação de Natal.
A cerimónia, simbólica, vai contar com um momento musical.
As iluminações decorativas de Natal irão funcionar a partir das 17h00, até dia 9 de janeiro e, este ano, incluem uma novidade, uma árvore de Natal de 12 metros com música, instalada na praceta do Edifício Portugal, no Bairro Novo.
À semelhança de anos anteriores, as iluminações poderão ser apreciadas, não só em ruas, praças e rotundas, como também em fachadas de edifícios emblemáticos como os Paços do Concelho, o Mercado Municipal Eng.º Silva e o Castelo Eng. Silva, e ainda nas 14 freguesias do concelho, onde foram instalados apontamentos natalícios iluminados.
De salientar que, pelo terceiro ano consecutivo, a árvore natural (araucária) de cerca de 32 metros, situada no cruzamento da rua da Liberdade com a rua Eng.º Silva, que no passado Natal atraiu centenas de pessoas, se encontra decorada.
No total, a iluminação decorativa fará uso de 331.964 lâmpadas, maioritariamente LED, alguns elementos 3D e tecnologia BIOPRINT, dando assim continuidade à aposta em equipamentos que privilegiam o baixo consumo de energia elétrica e que minimizam os impactos ambientais da instalação.
O Município investiu, este ano, nas iluminações de Natal 120.276,65€ (IVA incluído), um acréscimo de 4.612,5€, comparativamente a 2020, respeitante à árvore montada na praceta do Edifício Portugal.
Consulte aqui os locais onde se encontram instaladas as iluminações."

O Pai Natal existe mesmo e este ano chegou à Figueira em Novembro...

 Via Diário as Beiras

Mais do mesmo, ou será que é desta?..

Na edição de hoje do Diário as Beiras, o vereador Manuel Domingues promete que a "Lagoa da Vela voltará a ter aproveitamento turístico".

Lembram-se quando a Câmara da Figueira da Foz tinha em curso um conjunto de diligências destinadas a promover a reabilitação da Lagoa da Vela?..

Quanto ao desassoreamento...
Lembro ao vereador Manuel Domingues que a autarquia figueirense, em 18 Novembro de 2019, aguardava a abertura de candidaturas a fundos remanescentes do Portugal 2020 para proceder ao desassoreamento e à revitalização do espelho de água, devendo representar um investimento que rondará os dois milhões de euros. 
O projeto, ao que veio a público, já estava feito...

A Figueira não é uma cidade com sorte?...

Imagem via Diário as Beiras

Remodelado em 2005, o jardim municipal e a zona envolvente estão ser alvo de requalificação
O projecto foi apresentado na reunião de câmara realizada no dia 15 de Julho de 2019.

Em Junho de 2020, a Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base foi de 1,3 milhões de euros

Recordo: estávamos em 2020.  

1. O primeiro concurso ficou deserto. Os potenciais interessados consideraram baixo o valor apresentado pela autarquia para a obra. 
2. "Os 300 mil euros em Março de 2019 passaram a 800 mil em Julho do mesmo ano. 
A requalificação do Jardim Municipal e envolvente, qual leilão, foi arrebatada  por 1 milhão e 200 mil (reunião de câmara de 8 de Novembro de 2019, com votos a favor de 2/3 da “oposição”, apesar de considerarem o projecto “desnecessário”). 
3. Segundo o apurado pelo OUTRA MARGEMem Janeiro de 2020 já se admitia que o valor podia atingir 1 milhão e 400 mil euros!.. Fora o imprevisível!
4. Seis meses decorridos, em Junho de 2020, a Câmara da Figueira da Foz lançou o segundo concurso para a requalificação do jardim municipal e ruas envolventes. O preço base foi de 1,3 milhões de euros
Estamos a falar de um jardim do tamanho de um campo de futebol. Se um figueirense tem dificuldade em perceber um investimento deste tamanhão, como é que se explica este número ao resto do concelho?

Penso que ninguém desconhece (apesar das tentativas feitas, em devido tempo, para contribuir para o pensamento e discussão da obra, que foram ignoradas), que esta intervenção no Jardim Municipal tem ainda a imagem de marca do anterior executivo, atirado borda fora pelo eleitorado figueirense nas últimas autárquicas: deficiente pensamento, mau planeamento e péssima execução das obras municipais promovidas pela câmara Municipal da Figueira da Foz de gestão e maioria absoluta PS.
Esta obra, pelo histórico que já tem, é um berbicacho. E dos grandes.
Santana Lopes sabe isso. Mas não é com publicidade política nos jornais que se resolvem os problemas. 
Reconheça-se, porém, que Santana Lopes no ramo da propaganda política não brinca em serviço...

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Quantos lugares no inferno estarão ocupados?...

Devem ser muito poucos... 
Com tanto arrependimento sincero e tanta falta de discernimento...

Fim-de-ano de “arromba”...

 Via Diário de Coimbra

Já está iniciada a partida...

 Via O Sítio dos Desenhos

Este País não é para poderosos fracos: "poderoso é Salgado", disse Rendeiro...

Rendeiro à CNN Portugal: “Sou um poderoso fraco. Só volto a Portugal se for ilibado ou com indulto do Presidente”.
João Rendeiro, recorde-se para quem esqueceu, foi condenado por três vezes: em 2018, a uma pena de cinco anos e oito meses de prisão efectiva, pelos crimes de falsidade informática e falsificação de documentos; em maio de 2021, a uma pena de dez anos de prisão efectiva, pelos crimes de fraude fiscal qualificada, de abuso de confiança qualificado e de branqueamento; em setembro de 2021, a uma pena de três anos e seis meses de prisão efetiva por crimes de burla. 
O primeiro já transitou em julgado, depois de esgotados os recursos.
Rendeiro, que segundo Marques Mendes, "se  portou como um verdadeiro patife", pede indulto. Ou está a gozar ou não tem a menor noção. “Se há pessoa que não merece indulto presidencial nenhum é ele”. É o  próprio que continua a fazer arrastar o processo judicial.

O antigo banqueiro João Rendeiro, que segundo disse na mesma entrevista, faz uma vida normal no local onde se encontra e que vive do seu trabalho, assumiu ter fugido de Portugal em finais de Setembro.
Nessa entrevista, afirmou ainda que pretende processar o Estado português num tribunal internacional, por atrasos na justiça. “Um dos meus processos tem mais de 14 anos”, queixa-se Rendeiro. 
Sublinhe-se, que a sua  defesa apresentou inúmeros recursos que adiaram o desfecho de vários casos em que está envolvido
O ex-banqueiro diz que está iminente a entrada da acção que se presume será interposta no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e adianta que pedirá uma indemnização na ordem dos 30 milhões de euros, um valor muito distante das habituais compensações decretadas neste tipo de processo que não costumam ultrapassar os milhares de euros. 
“Se [a indemnização] for concedida será doada”, garantiu Rendeiro que também se queixou da falta de equidade da justiça portuguesa. 
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) reafirmou que o que motivou a decisão de não regressar a Portugal, onde acabaria por ser preso para cumprir a primeira das três condenações a que já foi sujeito, foi “o direito de resistência perante uma justiça injusta”
E comparando-se com o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, protestou: “É uma pessoa protegida pelo sistema.” 
Questionado sobre um eventual regresso a Portugal, disse não ver “nenhum cenário” onde tal pudesse acontecer, para logo precisar: “Ou não havia uma condenação ou havendo teria que existir um indulto presidencial”
Portugal é uma comédia. O Presidente da República já respondeu com ironia, dizendo que “nesta altura, em Novembro, já é tarde” para o ex-banqueiro solicitar indulto.

Como membro de uma classe privilegiada - os reformados, que se reformaram depois de 43 anos de descontos para a Segurança Social, com uma penalização de 33 e picos por cento, por ter passado à reforma com 62 anos... - devo dizer que estou bastante incomodado com esta situação miserável e aflitiva de João Rendeiro.
Depois, contra mim me expresso: preocupa-me a falta de patriotismo dos reformados.
Os reformados deviam praticar passivamente aquela ginástica no estômago a que alguns (mal formados) chamam fome.
Para  quê e porquê precisa Portugal de reformados?
O Governo devia demitir essa  corja de mandraços que só servem para fazer despesa pública e desequilibrar as contas do Estado.
Era assim, fácil e de uma  uma penada, que se resolviam os problemas financeiros todos do país.
Não é com a justiça a perseguir empreendedores da estirpe de João Rendeiro que um País pode avançar.
Deixem-se de eufemismos,  cenários virtuais de grandes negociatas prós amigalhaços.
Vejam a realidade. Reparem, mas reparem bem neste exemplo de João Rendeiro.
Nega estar no Belize e diz que faz uma vida normal como tinha em Lisboa ou Cascais e vive do seu trabalho. 
“Esta semana fui convidado para fazer a montagem financeira de um projecto de 500 milhões de dólares.
Já viram o que o País está a perder em criação de riqueza, com esta fuga à justiça?
Tirem o "cavalinho da chuva". Ao menos, mandem-lhe, um dia, uma cadeira de rodas ou um caixão: João Rendeiro, nem por amor, volta a Portugal pelos próprios pés...

João Rendeiro recusa regressar para enfrentar a Justiça, mas admitiu que volta a Portugal se for ilibado pelos tribunais dos crimes de que está acusado ou se o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe conceder um indulto que o liberte dos problemas....

Via Jornal de Notícias

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Morreu José Manuel Leite, primeiro Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz eleito após o 25 de abril de 1974 e Cidadão Honorário desta cidade

Eleito em 1976 Presidente da Câmara Municipal da Figueira, ocupou o cargo até Janeiro de 1980

Imagem via MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ

Finalmente, algo verdadeiramente inovador no dia a dia de um vereador figueirense...

«Vias cicláveis "passadas em revista"» (de bicicleta)

"O vereador Manuel Domingues efectuou na passada sexta-feira, acompanhado dos técnicos municiais António Paredes e Francisco Moreira, uma visita aos percursos cicláveis, tendo em vista a verificação e análise da existência, ou não, de anomalias.»"

PSD Figueira, à espera de Godot?..

 Via Diário as Beiras

Sobre o que está em causa (tornar-se "proprietário" de uma pequena "quinta", como é o PSD na Figueira), cito um pequeno excerto da minha crónica na Revista Óbvia de Novembro, esta segunda-feira nas bancas à sua espera.
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais.
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os  militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD..."

A meu ver, o PSD Figueira está à espera de Godot. Godot, neste momento, de certa forma, seria a retoma. Mas, entretanto, que se espera que aconteça enquanto se está à espera?
No palco, como certamente no PSD Figueira, enquanto os actores desempenham o seu papel, há um público que espera - para não dizer, desespera... - pela chegada de Godot. Que o mesmo é dizer, esperar por  alguém que parece ser o único e último alento?
Haverá vantagens resultantes de uma espera que ainda pode ser longa?
Na  peça de Beckett, convém não esquecer, há um grande problema: Godot nunca chega.

A grande questão, porém, é que esta crise no PSD Figueira  tem vindo a ser tratada como conjuntural, quando na realidade ela é estrutural. E já de longa duração.
O texto original da peça, escrito em 1948 no final da II Guerra Mundial, detalha as preocupações do Beckett, naturalmente diferentes das nossas, das que temos hoje.
O PSD Figueira, vive uma situação semelhante a um pós-guerra. Contudo, não foram as paredes da casa que ficaram destruídas. Foram as relações entre muitas pessoas que foram dizimadas. 
Este grau de destruição é mais grave, porque não é visível a olho nu. Para quem conhece como funcianam as distritrais dos prtidos do chamado "arco do poder".
Neste momento, debilitada pelos resultados das Eleições Autárquicas, "a indicação, pela Concelhia, do nome do militante figueirense para a lista de candidatos a deputados, tendo em vista as Eleições Legislativas de 30 de janeiro próximo", é irrelevante.

Está fechado: o director da campanha do PS para as legislativas vai ser Duarte Cordeiro. E Francisco Assis regressa à AR.

"Faltam pouco mais de dois meses para as eleições legislativas de 30 de janeiro e duas palavras estão na mente dos socialistas: maioria absoluta.  
Porém, a agitação nas hostes socialistas concentra-se agora na hipótese de, saindo vencedor das eleições legislativas, o PS não conseguir uma maioria tão reforçada como deseja António Costa e se coloque a questão de saber com quem pode negociar condições de governabilidade. 
Com Pedro Nuno Santos a insistir publicamente na solução de entendimentos com BE e PCP, Manuel Alegre saiu a terreiro a defender que o PS não pode ficar refém dos partidos à sua esquerda e trancar a porta ao PSD à sua direita. 
Uma tese, aliás, também defendida por Francisco Assis, que se manifestou novamente disponível para voltar a concorrer nas listas de candidatos a deputados pelo PS. 
António Costa deu o primeiro sinal evidente de não fechar a porta a negociações com o PSD para garantir condições de governabilidade pós-eleições de 30 de janeiro de 2022 na entrevista da semana passada à RTP.
Isto quando nos bastidores do PS cresciam as conspirações sobre a eventualidade de António Costa, saindo vencedor das eleições, ter de passar a responsabilidade da formação de um Governo de esquerda a Pedro Nuno Santos – único protagonista socialista com capacidade para garantir o apoio de comunistas e bloquistas. 
Daí, por um lado, a entrevista à RTP na semana passada, em que pela primeira vez manifestou abertura a entendimentos com o PSD; e, por outro lado, o convite a Francisco Assis para voltar à Assembleia da República e a Duarte Cordeiro para ser o diretor de campanha do PS – como confirmou o Nascer do SOL junto de fontes socialistas."