sábado, 24 de dezembro de 2022

A felicidade passa por isto: pequenos nadas que dão cor às nossas vidas...

Por experiência própria, sei que na escrita, a inspiração que permite chegar à criatividade passa, quase sempre, pela infelicidade e pela desventura. 
Talvez porque a infelicidade, como experiência de vida, é mais rica, mais intensa e marca mais que a felicidade. 
Contudo, a felicidade deveria ser um objectivo para todos nós. Penso que não existem muitos escritores felizes. O mesmo se passa com outros criadores. Por exemplo os músicos. A nossa "maior cantadeira de todos os tempos", na sua vida pessoal, não foi propriamente um modelo de felicidade.
Não podemos impor a nós próprios a ideia de felicidade como um dever e uma obrigação para as nossas vidas. Porém, podemos proporcionar momentos de felicidade às nossas vidas.
Penso que seja o caso de Raimundo Oliveira, divulgado na edição de hoje do Diário as Beiras«Pelo menos uma vez por semana, quando não consegue que sejam duas, instala a sua bateria na estrada que dá acesso à antiga fábrica de cal, no Cabo Mondego, e ali ensaia as batidas, horas a fio. Sempre no mesmo sítio, há três anos. “Este é um lugar bom para ensaiar. Estou junto à natureza, perto do mar e o espaço é amplo. Sinto-me mais à vontade”

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