Carlos Monteiro, o actual presidente da concelhia, e a deputada Raquel Ferreira, são os candidatos neste primeiro desafio eleitoral interno a nível local, depois do PS, nas Autárquicas de setembro de 2021, ter perdido a câmara para o movimento independente FAP, de Santana Lopes, depois de 12 anos na governação do concelho.
Estas eleições realizam-se duas semanas depois dos três últimos vereadores eleitos do PS em funções suspenderam o mandato - Carlos Monteiro, Nuno Gonçalves e Mafalda Azenha. Ana Carvalho já havia suspendido o mandato em abril p.p..
Carlos Monteiro, em 22 de setembro passado, em declarações à Figueira/Tv, "justificou que pediu a suspensão de mandato de vereador na Câmara Municipal da Figueira da Foz, para se dedicar profissionalmente às novas funções como membro da Administração do Porto de Aveiro e da Figueira da Foz". Na mesma ocasião revelou também "que não está nos seus propósitos voltar a ser candidato à presidência da Câmara da Figueira da Foz".
Apesar da derrota nas últimas autárquicas, segundo o Diário as Beiras, Carlos Monteiro recandidata-se à concelhia “motivado pelas expressas manifestações de incentivo de muitos camaradas”.
Por sua vez, Raquel Ferreira, em declarações ao mesmo jornal, disse que se candidata “com um objetivo muito claro: trabalhar para o PS ganhar novamente as eleições autárquicas em 2025”.
No caso de ganhar estas eleições, Raquel Ferreira, actual deputada, será a primeira mulher a liderar a Concelhia da Figueira da Foz pelo PS.
Carlos Monteiro, entre outros objectivos, com esta a sua candidatura “tem como desígnio continuar a apoiar vereadores, presidentes de junta e primeiros eleitos e deputados da Assembleia Municipal e das Assembleias de Freguesia”.
O recandidato acrescentou também como objetivos “travar as mais diversas batalhas políticas” que os socialistas tiverem de enfrentar. E, ainda, “pugnar para que os projetos para o concelho que estavam em curso se concretizem numa lógica de coesão territorial e progresso”.
Raquel Ferreira, entre as diversas propostas avançadas, defendeu que tem de se “introduzir uma cultura de trabalho político de mérito e competência”, que, no seu entender, “tem estado claramente ausente das preocupações da liderança política do PS da Figueira da Foz nos últimos anos”.
Por outro lado, a candidata garantiu que, caso seja eleita, trabalhará “com todos os autarcas eleitos, sejam militantes ou independentes”, para apresentar “soluções e propostas políticas ambiciosas e coerentes, e fazer a oposição e o escrutínio que os figueirenses exigem [ao PS]”.
Sobre o rumo que o PS deve seguir na actual conjuntura autárquica, Raquel Ferreira sustentou que, “seja qual for a conjuntura ou ciclo político, o PS da Figueira da Foz é um partido que sabe quais são as suas responsabilidades”.
A candidata garantiu ainda que “colocará todos os seus esforços pessoais nisso". O objectivo, é ter um PS "no caminho de disputar as próximas eleições com a ambição que se exige”.
Carlos Monteiro, respondendo à mesma pergunta, colocada pelo Diário as Beiras, defendeu: “Vamos continuar a pugnar pelos programas eleitorais do PS, que foram sufragados, por maioria, na Assembleia Municipal e na maioria das Juntas de Freguesia”.
“Em toda a intervenção autárquica”, acrescentou o recandidato, terá ainda “como objectivo central a garantia de uma gestão financeira rigorosa por parte do executivo [camarário] da FAP”.
Imagem via Diário as Beiras |
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