“Estas reduções são transformadas em grandes feitos, em autênticos “deuses”, a que o país e os portugueses deviam render-se. Querem ser vistos em Bruxelas como os campeões na União Europeia na redução do “tão elevada” défice e da dívida”, diz o economista, afirmando que essa queda é feita “em tempo curto e em plena crise”, o que no seu entender, irá ter consequências para o país e para os portugueses.»
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
OE. "Milagre" da redução do défice e da dívida à custa dos portugueses
«O alerta é dado por Eugénio Rosa.
“Redução do poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, aumento da pobreza, agravamento da situação da escola pública e do SNS, corte drástico no investimento público e aumento enorme das receitas de impostos” é esta a receita do Governo para conseguir o “milagre” da redução do défice e da dívida pública.
Eugénio Rosa, que lembra que o défice orçamental, entre 2021 e 2022, passa de 2,9% Produto Interno Bruto (PIB) para -1,9% do PIB e em 2023 para apenas -0,9% PIB. O cenário de queda repete-se na dívida pública que cai de 125,5% do PIB para 115%, entre 2021 e 2022, até chegar aos 110,8%, no próximo ano.
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1 comentário:
“Redução do poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, aumento da pobreza, agravamento da situação da escola pública e do SNS, corte drástico no investimento público e aumento enorme das receitas de impostos”
Ou seja, 2011-2014 outra vez, mas sem lhe chamarem troika, e com um PS a fazer de PSD, é isso?
Depois espantam-se quando mesmo o povo mais informado diz que a merda é sempre a mesma, apenas mudam as moscas.
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