quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Foi há dez anos...

Porque a memória costuma ser curta, convém não esquecer: "Querido diário - Os números martelados de Passos Coelho".
«As barafundas de Passos Coelho, de que Marcelo Rebelo de Sousa já se esqueceu (?) e, por isso, diz que acha que lhe ficámos a dever muito e que ainda podemos, no futuro, ficar a dever mais.

"Os números servem para tudo. As simulações de IRS para 2013 que o Governo deu aos deputados, para provar a bondade das suas propostas, não só tinham erros, como foram construídas para mostrar que o Governo tinha razão. Quando desconstruídos, revelam que os pobres sofrerão o maior acréscimo do esforço exigido. O Ministério das Finanças não respondeu ao PÚBLICO até ao fecho da edição. 

Na conferência em que apresentou a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013, o ministro das Finanças [Vítor Gaspar, hoje no FMI] perdeu bastante tempo a frisar que as mexidas iam ao encontro do princípio constitucional de o IRS ser um imposto progressivo (quem mais recebe mais paga) e que as desigualdades se atenuavam. Mas, no dia seguinte, a generalidade das firmas de consultoria citadas pela comunicação social declarou o contrário. Os escalões de menores rendimentos sofrerão maiores agravamentos de IRS e serão precisamente os escalões de maiores rendimentos que sentirão um menor acréscimo do esforço — ou seja, as desigualdades tenderão a agravar-se."

O resto vem no artigo. Veja como se manipularam os números para provar que os pobres saíam beneficiados com o Orçamento de Estado para 2013.»

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