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"E dei comigo a pensar que podar sem saber é como “poder” sem “saber”: invariavelmente dá merda.
E é assim em tudo; não apenas na poda do arvoredo; manda-se porque se pode, sem perguntar a
quem sabe, e mainada. E obedece-se
sem pensar nem, muito menos, objectar; porque
sim, prontos.
Porque o que realmente informa, ou inspira, o exercício
deste poder não é uma razão (qualquer razão) baseada no estudo e no
conhecimento, mas sim a sua própria consciência de ter poder, razão última porque
a sua jactância apenas se completa - ou complementa - na reverência geral, no
medo ou na indiferença. E isto é mais verdade quando o poder é absoluto."
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