segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Vivemos tempos sombrios na Figueira

"Em 2017, dos 56.841 inscritos para exercer o direito de, através do voto, eleger os seus representantes para a Assembleia Municipal da Figueira, apenas 28.364 saíram de casa para o fazer… ou seja, mais de metade preferiu não participar nesta possibilidade de exercício de cidadania, ou porque não achou qualquer candidatura suficientemente válida, ou porque com esse gesto quis mostrar revolta – o que é certo é que deixou a outros a responsabilidade de se fazer representar neste órgão, ao qual compete, principalmente, acompanhar e fiscalizar a atividade da Câmara Municipal.

Assim, o principal desafio que se nos coloca, durante este mandato, é o de, em conjunto, sermos capazes de bem representar os que em nós confiaram, mas também mobilizar os que não o fizeram, maximizando as cinco sessões ordinárias anuais, nos seus períodos regimentalmente estabelecidos, de “Antes da Ordem do Dia”, de “Ordem do Dia”, mas também no período de “Intervenção do Público”.

No próximo dia 14, os 15 deputados (num universo de 41) eleitos pelo PS (os Presidentes de Junta integram a AM por inerência de funções), resultado dos 13.389 votos obtidos (num universo de 56.841), terão, de acordo com as regras do uso da palavra no período de antes da ordem do dia apenas por si defendidas e autoritariamente impostas, metade do tempo disponível para intervenção, e ao Presidente da Câmara serão concedidos 20 minutos.

Será interessante: 1) ver o que eles fazem com o tempo; 2) perceber se, nas próximas eleições, o(a) leitor(a) ainda vai querer ficar em casa…"

"56.841", uma crónica de TEOTÓNIO CAVACO, via jornal DIÁRIO AS BEIRAS.

1 comentário:

CeterisParibus disse...

Verdade caro Teo. 13 mil e picos, 19% do total de eleitores. Suficiente para os eleitos se apresentarem impantes como sempre e incompetentes como nunca. Deprimente.