A sucessão.
Jot´Alves, cerca dos 47 minutos: "a propósito de Carlos Monteiro: se ele for o candidato à Câmara vai contar com o seu apoio?"
Ataíde: "claro que sim. Se ele for candidato do PS à Câmara, claro que sim. O candidato terá de ser sempre escolhido pelo Partido Socialista."
Jot´Alves: "vai fazer campanha ao lado dele?"
Ataíde (engasgou-se ligeiramente...): "depende em que papel eu estiver nessa altura?"
Se vai cumprir o mandato, se não pode candidatar-se mais à Câmara, o que obsta o presidente em exercício, nessa altura, de fazer campanha ao lado do candidato apresentado pelo PS em 2021?
Pelos vistos, Vossa Excelência, senhor presidente, a três anos de distância, tem já um problema.
O problema, o grande problema, é que Vossa Excelência, tem dificuldades na forma como resolver o problema.
É claro que, para Vossa Excelência, é um gravíssimo problema, uma vez que não foi eleito para resolver problemas.
Nove anos são disso a melhor prova. Não se lhe conhece a solução de um problema, fosse ele qual fosse. A maneira como resolveu o caso Figueira Parques vai ser disso prova.
Vossa Excelência quer estar de bem com todos, em especial com os da sua classe, portanto, o povo que se sacrifique.
Quando há problemas, como o que ora existe, Vossa Excelência pode ouvir os "senadores da Figueira", mas ignora o Povo, os que o elegeram.
Na Democracia, os problemas resolvem-se com o Povo, pelo Povo, nunca nas costas do Povo, em manobras palacianas, no escuro, na arrogância dos silêncios, como se quem elege nunca mais tivesse voz activa no que o eleito faz e vai fazendo.
Os donos da Figueira, Vossa Excelência, neste momento, é um deles, discutem na sombra, nos sofás do poder, nos palácios e não prestam contas do que pensam, do que acham dever fazer, do que nos espera. Somos a "carne para canhão". Os eleitos exercem os poderes sem ter em conta a mais profunda natureza de um estado de direito e do significado de uma palavra tão simples quanto esta - Democracia.
Impingem-nos um governante "eleito" por meia dúzia de confrades, no silêncio (sempre o silêncio) de um salão partidário, sem, ao menos, o acordo do partido em causa. É a sucessão monárquica.
Neste momento, Vossa Excelência e a sua equipa tornou-se o problema - é o problema.
Vossa Excelência deve saber, como há muito ensinam os pensadores sérios, que as crises geram condições para a acção. A Figueira permanece na crise porque não crê na acção e na força da acção democrática de quem a governa há mais de 9 anos.
Vá lá, em 2021 preste um serviço à Figueira: não aceite um príncipe designado para o substituir na governação da Figueira e do concelho.
Até lá decida-se e confie no Povo que o elegeu.
Jot´Alves, cerca dos 47 minutos: "a propósito de Carlos Monteiro: se ele for o candidato à Câmara vai contar com o seu apoio?"
Ataíde: "claro que sim. Se ele for candidato do PS à Câmara, claro que sim. O candidato terá de ser sempre escolhido pelo Partido Socialista."
Jot´Alves: "vai fazer campanha ao lado dele?"
Ataíde (engasgou-se ligeiramente...): "depende em que papel eu estiver nessa altura?"
Se vai cumprir o mandato, se não pode candidatar-se mais à Câmara, o que obsta o presidente em exercício, nessa altura, de fazer campanha ao lado do candidato apresentado pelo PS em 2021?
Pelos vistos, Vossa Excelência, senhor presidente, a três anos de distância, tem já um problema.
O problema, o grande problema, é que Vossa Excelência, tem dificuldades na forma como resolver o problema.
É claro que, para Vossa Excelência, é um gravíssimo problema, uma vez que não foi eleito para resolver problemas.
Nove anos são disso a melhor prova. Não se lhe conhece a solução de um problema, fosse ele qual fosse. A maneira como resolveu o caso Figueira Parques vai ser disso prova.
Vossa Excelência quer estar de bem com todos, em especial com os da sua classe, portanto, o povo que se sacrifique.
Quando há problemas, como o que ora existe, Vossa Excelência pode ouvir os "senadores da Figueira", mas ignora o Povo, os que o elegeram.
Na Democracia, os problemas resolvem-se com o Povo, pelo Povo, nunca nas costas do Povo, em manobras palacianas, no escuro, na arrogância dos silêncios, como se quem elege nunca mais tivesse voz activa no que o eleito faz e vai fazendo.
Os donos da Figueira, Vossa Excelência, neste momento, é um deles, discutem na sombra, nos sofás do poder, nos palácios e não prestam contas do que pensam, do que acham dever fazer, do que nos espera. Somos a "carne para canhão". Os eleitos exercem os poderes sem ter em conta a mais profunda natureza de um estado de direito e do significado de uma palavra tão simples quanto esta - Democracia.
Impingem-nos um governante "eleito" por meia dúzia de confrades, no silêncio (sempre o silêncio) de um salão partidário, sem, ao menos, o acordo do partido em causa. É a sucessão monárquica.
Neste momento, Vossa Excelência e a sua equipa tornou-se o problema - é o problema.
Vossa Excelência deve saber, como há muito ensinam os pensadores sérios, que as crises geram condições para a acção. A Figueira permanece na crise porque não crê na acção e na força da acção democrática de quem a governa há mais de 9 anos.
Vá lá, em 2021 preste um serviço à Figueira: não aceite um príncipe designado para o substituir na governação da Figueira e do concelho.
Até lá decida-se e confie no Povo que o elegeu.
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