O Cabedelo não pode vir a ser um local só para a Corte. O Cabedelo tem de continuar a ser o que sempre foi: um local para todos. Também um local para o zé povinho.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
Passamos a vida a pensar candidamente que os instrumentos de tortura medievais apenas fazem parte de um imaginário, que foi felizmente ultrapassado. Puro engano! Eles hoje existem e são mais sofisticados. Que o digam os trabalhadores que vão ficar sem emprego no Cabedelo, que vão viver uma época natalícia repleta de incertezas e angústias. Que o digam as centenas de pessoas que há décadas escolheram o Cabedelo para lazer. Que o digam aqueles e aquelas que têm no Cabedelo um local de alívio para as suas maleitas físicas e um tónico para o seu bem estar e qualidade de vida. Que o digam todos aqueles e aquelas que fizeram do Cabedelo o seu modo de vida e de sustento (surfistas, empresários de restauração, vendedores de tremoços e pevides, materia para os desportos de mar, etc.).
Todos esses são as vítimas dos políticos cegos e insensíveis que governam o concelho a favor dos grandes interesses (grandes supoerfícies comerciais, grandes interesses industrias (por exemplo Lusiaves...) fazendo tábua rasa da qualidade ambiental e das leis da república. Se preciso for, para agradar aos senhores comendadores suspendem-se as leis por um dia, como aconteceu, para licenciar uma obra da Lusiaves, na gestão do senhor persidente Ataíde e seus muchachos.
É isto que a Figueira é.
São políticos, como os que agora estão a tomar conta da gestão politica do concelho, que vão deixando uma terrível herança para as gerações futuras, que pouco futuro têm numa cidade cheia de potencialidades como a nossa, mas que é governada para as clientelas familiares e políticas dos donsos disto tudo.
A Figueira é 50.10 % de abstenções, que correspondem a 28.477 eleitores que se borrifaram para os interesses do Concelho
Não sei o que se queixam!!
Pois... Votam nele ou não votam nas alternativas, é agora estão insatisfeitos? Tarde piam.
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