«Porque a “entidade reguladora das superfícies comerciais” já não existe, o presidente da Câmara opinou na última assembleia municipal sobre a respetiva instalação que “vigoram as leis da concorrência” e que “são sinais do tempo”, pelo que são inevitáveis. A afirmação é reveladora de uma perspetiva neoliberal e encontra-se desfasada do modelo socialista democrático ou socialdemocrata que sempre foi a opção da população figueirense. Pode concluir-se da afirmação que, desde que se respeitem os planos territoriais, tudo é permitido! Ora, na falta de tutela, o município deve assumir-se como regulador do território municipal. Argumenta-se que as leis de mercado fundamentam as opções dos investidores e que os empresários se apoiam em estudos prospetivos. Nada mais errado. Paul Krugman, economista contemporâneo, professor em Princeton, prémio Nobel da Economia e doutorado “honoris causa” pelo ISEG, desenvolveu teorias de localização das atividades económicas que, considerando a escala do concelho, deveriam ser tidas em conta no planeamento estratégico e nos planos de território, sob pena de materialização caótica das atividades. Na mesma intervenção foi dito que se encontra vertida no Plano Estratégico o modelo que há-de salvar o comércio tradicional. Pelos vistos, pelas recentes declarações do atual vice-presidente da ACIFF, a articulação das propostas de intervenção inscrita naquele instrumento não foi acionada.»
...em 2017, ano de eleições autárquicas, era tão fácil enlouquecer na Figueira... |
Nota de rodapé.
A Figueira, a norte, está um espectáculo.
Segundo as contas da Comissão, estiveram cerca de 30 mil pessoas nos desfiles de Carnaval.
Por aqui, na zona sul, tudo se move sobre duas rodas...
A Câmara até tem 2 bicicletas eléctricas, como um grande contributo para a sustenbalidade ambiental no concelho.
Aqui no centro de Portugal ninguém quer outra coisa: merceria, carnaval e bicicletas...
Até à porta do Casino, tenho esperança de ainda ver um parking para bicicletas!..
Isto, sim, é evolução!
Menos poluição, nada de barulho, menos problemas com parques de estacionamento, vai-se pedalado e conversando, encontram-se os amigos...
Depois o problema do excesso de bicicletas resolve-se por si próprio: "funciona a lei da concorrência".
Também se roubam - e roubam - as bicicletas uns aos outros...
Mas, isso, acabará por ser um outro ciclo: o ciclo social!
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