Nota de rodapé.
Muito gostava de poder ver sempre mais longe e mais além.
É certo que a minha sede de conhecimento sempre foi imensa.
Tem sido, aliás, esta permanente procura que me tem mantido, interessado e atento ao que me rodeia.
Passados todos estes anos continuo a pensar que a insatisfação é vital e alimenta a capacidade de iniciativa.
O inverso, que foi o que sempre aconteceu na Figueira, aos governantes e à maioria dos governados, é a desistência e a conformação.
Um dos problemas da Figueira e dos figueirenses foi - e continua a ser - que nunca conseguimos olhar para além do muro que nos puseram à frente.
Miguel Almeida sabe bem do que estou a falar...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Toca o telefone a toda a hora,toca...
Blá blá!
Já não há pachorra para tanta banalidade,do CENTRÃO!
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