segunda-feira, 1 de junho de 2015

A pesca da sardinha está reduzida a mínimos históricos…

Neste momento, a sardinha é o assunto que está na ordem do dia na Figueira.
Como divulgámos neste espaço na madrugada do passado domingo, a Associação Malta do Viso e a gestão do Coliseu Figueirense não se entenderam e a 29.ª edição do certame não se vai realizar.
A Câmara ainda tentou mediar o consenso para evitar o cancelamento do evento. Porém, como tal não foi possível, a 29.ª Festa da Sardinha, que se deveria realizar entre 4 e 6 de Junho (nesta semana, entre quinta-feira a sábado), pelo menos no Coliseu, não se realiza em 2015.
Mas, a sardinha, na Figueira e no País, neste mês de junho que começa,  está na ordem do dia por outras e mais gravosas razões.
Segundo o jornal Público, “Portugal consome 13 sardinhas por segundo em junho”, o mês dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro.
“Parece um número astronómico, mas na verdade nunca foi tão baixo. A sardinha desapareceu da costa portuguesa e os cientistas esforçam-se para explicar porquê.”
O jornalista Ricardo Garcia assina uma oportuna reportagem sobre os graves problemas que Portugal enfrenta na gestão e conservação dos stocks de sardinha. Fica um cheirinho.
 “Trabalhos mais recentes apontam outros factores. Um estudo de 2013, de investigadores do IPMA e da Universidade da Califórnia, sugere uma relação entre o declínio da sardinha e a abundância da cavala na costa portuguesa. Parte da explicação é ambiental e está relacionada com o aumento da temperatura do mar nas últimas décadas. Águas mais quentes não são boas para a reprodução da sardinha. Mas são mais atraentes para a cavala, uma espécie subtropical que está em expansão para norte.
Também há razões biológicas. As larvas e juvenis de ambas as espécies competem pelo zooplâncton, o seu alimento. E ambas predam-se mutuamente, com vantagem para a cavala, que, além dos ovos, alimenta-se também de juvenis de sardinhas. Outro detalhe: a sardinha tem comportamentos canibalísticos e come os seus próprios ovos no Inverno, quando há menos alimento disponível.
A pesca é o factor humano a pesar sobre essas flutuações naturais. Em momentos de baixo sucesso reprodutivo, capturas elevadas podem ser desastrosas. E foi isso o que aconteceu recentemente.”
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