À parte uns novos-ricos, monomaníacos e alienados (que não
contentes em pagar as quotas do clube e o bilhete de época para ir ao estádio,
pagam ainda mais uns extraordinários vinte e tal euros por mês ao Sr. Joaquim Oliveira
acrescidos de mais cerca de dez ao Benfica para terem futebol em casa), o resto
do país regressou há dois anos a uma das mais
extraordinárias instituições do Portugal do tempo da "outra senhora": o “relato da bola”, via
rádio.
O futebol, curiosamente, ou talvez não, acompanhou este governo no regresso ao passado e desapareceu
da TV em sinal aberto, como acontecia nos velhos tempos...
Quem o quer ver, agora, tem uma de quatro hipóteses:
1: vai ao estádio, paga ao Oliveira e ao Benfica;
2: bebe umas minis, uns finos ou uns tintos nos cafés;
3: fica especado em frente das montras das casas de
electrodomésticos;
4: ou, então, vê as
“imagens sonoras”, como os poetas da rádio chamam à sua própria algaraviada.
É o tempo a voltar para trás... No futebol e na política! Ou vice-versa...
Ou seja, a crescente
insatisfação com o estado da democracia em Portugal está directamente
relacionada com a degradação das condições sociais e económicas dos últimos
anos de crise acompanhada da falta de possibilidades de ver futebol em canal aberto.
As conclusões
do barómetro são apresentadas
esta terça-feira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
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