António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Deixo aqui um pequeno comentário que rebusquei na net, sobre a simpatia da srª. Merkel e sobre e Alemanha que poderá ser complementado com outras leituras sobre o tema por quem quiser: O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante. "No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.
Se nos lembrarmos bem das duas guerras mundiais provocadas pela Alemanha e da actual cedência dos chamados, depreciativamente, PIGS europeus, perante as exigências da austeridade,como apanágio da salvação, mas que nos está a destruir (todo o nosso processo produtivo já foi cilindrado) creio que a memória colectiva dos países em crise, é realmente muito curta...
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