O desespero de Passos Coelho e Portas em regressar ao poder começa a roçar o desespero.
Eles sabem, melhor do que ninguém, que se este novo governo conseguir durar até 2017, o destino mais que certo, pelo menos no PSD, serão as eleições internas...
Entretanto, "até que volte a ter uma maioria de deputados que lhe dêem esse poder, Passos bem poderá guardar o pin que continua a ostentar na lapela e passar a tratar por Primeiro-ministro o Primeiro-ministro agora investido no pleno exercício de funções, porque a figurinha que está a fazer só serve para lembrar aquela que outro, antes dele e da democracia, já fez quando entrou em negação ao saber que tinha Caetano como Chefe do Governo."
Neste momento, só me apetece parafrasear um excelente conhecedor do bom povo: aquele banqueiro que no começo da austeridade disse - "Aguenta, aguenta!"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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