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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

É o Cabedelo que engradece o concelho e não a obra que lá querem concluir, custe o que custar...

"O arquitecto paisagista contratado pela autarquia para a reabilitação do Cabedelo, esteve na Gala a apresentar o seu projecto. Mostrou a praça atrás do muro que não é para fazer, trocou o surf pelo golfe e deixou bem claro a todos os presentes que não sabe o que é um skate. 
Uma vez que o Sr. Presidente também não quer MUROS CONTRA O MAR, inviabilizando a praça que o arquitecto continua a defender, talvez queira considerar oferecer-lhe um par de patins convidando-o a ir de vela. 
Nesta fase importava esclarecer se se trata de equívocos dele ou se o equívoco é mesmo ele - o arquitecto Hipólito Bettencourt." - Via SOS Cabedelo


Mas, aquilo que foi apresentado no fim de tarde do dia 14 de Junho de 2017, uma sexta-feira, tem algo a ver com o encalhado projecto do Cabedelo em curso?
Se o Cabedelo ainda é o "ex-libris" da freguesia e do concelho, quem de direito, enquanto é tempo, que pense bem, e não o estrague com a obra...

A Figueira, neste momento, é um caso sério da destruição gratuita de uma cidade. Ao mesmo tempo,  é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. 
Depois de Buarcos, da "baixa da cidade", temos também o Cabedelo. Em "breve" teremos o Jardim Municipal.
Em linguagem popular da Aldeia, todas as obras em curso no concelho da Figueira da Foz estão empachadas. Será por mero acaso ou obra do destino?
A toda esta incompetência  junta-se a mentira sistemática. Lembram-se do folhetim protagonizado pelo próprio dr. Carlos Monteiro sobre os prazos das obras de Buarcos?
Mas, o mais grave é pretender construir, como é o caso do Cabedelo, onde existem dúvidas se se pode  construir, pois tal pode colocar em causa a segurança das pessoas.  Compreende-se a tentativa de iludir as pessoas, pois este  comportamento pode ter consequências graves.
A verdade é que surgirão suspeitas sobre o projecto do Cabedelo - nomeadamente questões que têm a ver com a segurança das pessoas. Por outro lado, os vereadores da oposição Carlos Tenreiro e Miguel Babo, bem como o SOS Cabedelo, sustentam que existem ilegalidades na requalificação do Cabedelo, em curso. Os autarcas e o movimento cívico em Abril do corrente ano defendiam  a suspensão da empreitada, enquanto decorresse a discussão pública da alteração ao Plano de Praia (PP).
Também aqui, a autarquia figueirense não foi sensível, e a obra em pleno verão continuou com todos os prejuízos e transtornos que causou a quem está habituado a frequentar o Cabedelo para fazer praia.
É cada vez mais óbvio que aparentemente estamos perante um grave caso de incompetência e irresponsabilidade. Incompetência, pela maneira como foi conduzido o processo e irresponsabilidade por se construir sem se dar ao trabalho de respeitar as leis. Dizemos aparentemente, porque a autarqui nunca  prestou os esclarecimentos que foram sendo solicitados pela oposição, pelo SOS e porque se interessa pelo Cabedelo.

As piores oportunidades perdidas são aquelas em que nos dizem depois, sempre depois, que se tivéssemos insistido seriam ganhas. A ignorância é uma bênção, logo, todos os ignorantes podem ser felizes. A ignorância consciente, como opção, é também uma forma de auto-protecção: a informação acelera o medo.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Surfar à noite no Cabedelo? Dizem que vai ser possível...

Recuemos ao ano de 1996. No Cabedelo decorria o primeiro evento do World Championsip Tour a disputar-se no nosso país, o Coca Cola Figueira, 12ª etapa dessa época, disputada entre 1 e 8 de outubro. 
Um dos momentos mais marcantes na história do surf nacional estava agendado para as ondas do Cabedelo, na Figueira da Foz. 
Kelly Slater já somava na altura três títulos mundiais, e chegava a Portugal com o «tetra» na mira - que igualaria o recorde do australiano Mark Richards.
Na luta pelo título dessa época estava também Shane Beschen e a matemática para a etapa portuguesa era simples: para Kelly bastava que Shane não conseguisse chegar à final e sagrar-se-ia campeão do mundo. O seu rival na altura acabou por facilitar a tarefa, ao não comparecer na etapa portuguesa. Slater era, antes sequer de competir, campeão do mundo pela quarta vez.
João Ataíde (presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz),
Eurico Gonçalves (SOS Cabedelo) e Pedro Machado (Turismo do Centro)

Pois é neste local mítico, para quem gosta de desportos com ondas, que a Câmara da Figueira da Foz, em janeiro de 2017,  afirma que vai avançar com um projecto de requalificação da praia do Cabedelo, que inclui a iluminação permanente do mar, criando condições para a prática nocturna de surf.
A iluminação permanente do mar junto à praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, é um projecto pioneiro a nível europeu, que a autarquia local quer concretizar no âmbito dos investimentos previstos para se iniciarem em 2017, naquela zona a sul do rio Mondego e que merece o apoio, quer da comunidade surfista (que o promoveu), quer do presidente da entidade regional de Turismo do Centro.
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, refere o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, avançando que a empreitada de requalificação vai decorrer ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PEDUS), contratualizado no âmbito do Pacto Regional.
A iluminação do mar, nesta praia da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017.
O projecto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
“Por solicitação do SOS Cabedelo serão enquadrados neste projecto os equipamentos de iluminação necessários à prática do surf nocturno”, esclarece João Ataíde.
A decisão da autarquia já foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que destaca “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancará “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconhece o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Primeiro subscritor da candidatura do SOS Cabedelo ao Orçamento Participativo de 2017, Gonçalo Cadilhe destaca que “são poucas as praias do planeta onde tal já é possível”, acrescentando que “a Figueira marcará pontos a nível de notoriedade com esta decisão”.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Cabedelo preocupa SOS...

Via Notícias de Coimbra 

Foto António Agostinho
«O SOS Cabedelo, movimento cívico da Figueira da Foz, denunciou um potencial perigo para os banhistas da praia do Cabedelo, por acção do mar, com a construção de um muro de protecção, incluído numa obra hoje aprovada.

Miguel Figueira, dirigente do movimento SOS Cabedelo, arquitecto e surfista, avisou ontem durante a reunião do executivo camarário, que a obra projectada para a zona marítima da praia do Cabedelo – que a câmara diz ser de requalificação, contrapondo os críticos que é obra nova e, como tal, deveria ser sujeita a estudo de impacte ambiental – vai criar novas correntes e vórtices (redemoinhos) que põem em causa a segurança de banhistas e surfistas.

O SOS Cabedelo afirma que a obra de protecção costeira, constituída por um enrocamento de pedra, vai avançar para dentro de água cerca de seis metros, “criando um desfasamento” com o molhe ali existente e provocando uma “armadilha letal”.

“O novo enrocamento terá de seguir o alinhamento e a geometria do enrocamento existente. Esta sempre foi a nossa posição para que não estivéssemos a criar ali alguma acção que pudesse impactar contra o funcionamento das ondas ou a segurança naquela zona da praia”, frisou Miguel Figueira.

O dirigente explicou que as preocupações com a segurança dos banhistas derivam de existir, junto ao molhe sul do porto da Figueira da Foz, adjacente ao qual se situa o areal do Cabedelo, “um dos maiores, senão o maior agueiro” da costa, uma corrente inversa à direcção da ondulação, que os surfistas usam como “uma estrada para ir para as ondas” afastadas da praia e a que chamam “o canal”.

Esse agueiro, que “não se move, é permanente” e desde as obras de prolongamento do molhe norte em 2010 “tem ganho imensa força”, constitui um problema acrescido de segurança para os banhistas, “porque a zona afunda muito rapidamente as pessoas perdem pé e são arrastadas”.

Miguel Figueira explicou que com a construção do enrocamento irá surgir “um pequeno ou grande vórtice, dependendo da intensidade do mar” no referido canal, na zona de articulação entre o molhe existente e a nova estrutura de protecção, uma situação que preocupa o SOS Cabedelo.

Recentemente, um instrutor de surf (Miguel Guedes) e um seu aluno, Santiago, de apenas 8 anos, salvaram duas pessoas no local, tendo sido alvo de um voto de louvor por parte do município. Miguel Figueira enfatizou que ambos, perante a situação que teme vir a verificar-se no futuro, “não teriam conseguido sair e teriam lá ficado”, sem conseguirem salvar os banhistas e pondo em risco a sua própria vida.

“Esta é uma questão de uma seriedade que impõe da nossa parte um alerta muito claro e muito inequívoco”, afirmou o arquitecto, que adiantou ter pedido por três vezes uma reunião ao presidente da câmara sobre o tema e ter sido “ignorado”, decidindo-se pela inscrição no período reservado ao público para que o alerta fique em acta.

“Estou aqui também para vos esclarecer em tudo o que quiserem, com ou sem desenhos, para que não possam invocar no futuro, perante uma eventual calamidade [que não sabiam], porque este projecto, que hoje vai a votação com o voto de cada um de vós [foi aprovado por com quatro votos a favor do PS e três contra do PSD], tem responsabilidades”, avisou.

O dirigente referiu ainda que, no futuro, “se porventura esta armadilha letal que estiverem a viabilizar vier a trazer outras consequências”, se não se conseguir impedir que esta obra vá para a frente, “esta acta servirá para fazer o cabal apuramento das responsabilidades”.

“Se quiserem insistir neste disparate, porque o que está em causa é a minha segurança e a dos meus filhos e a dos banhistas, iremos usar dos recursos legais e com todas as nossas competências para que esta obra, nesta forma, não avance”, garantiu Miguel Figueira.»

Segundo o Diário as Beiras de hoje, «o  presidente da câmara, Carlos Monteiro, prometeu que a autarquia vai debruçar-se sobre o assunto.
Por outro lado, frisou que o projecto poderá ser sujeito a alterações durante a obra.
A segunda fase da Área de Reabilitação Urbana do Cabedelo, destinada à protecção e reabilitação costeira e dunar, foi aprovada ontem com os votos a favor do PS e os votos contra do PSD. 

Entretanto, decorrem as obras da primeira fase, destinando-se à infraestruturação daquela zona de praia da Freguesia de São Pedro.»

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

SOS Cabedelo (e outros) anda há muito a alertar para os problemas da erosão a sul do Mondego


Conforme provam as imagens - e muitos exemplos podem ser conferidos aqui -  as preocupações do SOS Cabedelo, assim como as de mais alguns, com a problemática da erosão a sul do estuário do Mondego, já vêm de muito longe e os alertas e avisos aconteceram antes das obras.
Portanto, essa conversa de "treinadores de bancada" pode servir para tudo, menos neste caso em concreto. A cidadania, arrostando até com ameaças, cumpriu o seu papel. Se, quem de direito, ignorou o contributo dos cidadãos, isso não é culpa de quem tentou evitar este atentado ambiental. 
Continuando a cumprir o seu papel, mais uma vez, "o movimento cívico SOS Cabedelo, da Figueira da Foz, alertou para o risco em que se encontram as praias da costa sul do concelho na madrugada face à previsão de forte agitação marítima para hoje, conjugada com a maré alta que foi às 02H36 da madrugada e volta a registar-se às14H57."
Citando a edição de hoje do Diário as Beiras.
"Estão previstas ondas de seis a 11 metros, disse ontem, na reunião da câmara, o presidente Pedro Santana Lopes, que foi ontem ao terreno de forma preventiva, tendo contactado, ontem, Pimenta Machado, vice-presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), juntas de freguesia daquela área e a proteção civil. 
Em declarações à agência Lusa, Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, deu conta de que as previsões para o estado do mar indiciam uma situação preocupante, que vai afetar as praias do Cabedelo, Cova-Gala, Leirosa e Costa de Lavos. Miguel Figueira lamentou que as praias da costa sul da Figueira da Foz estejam “vulneráveis e desprotegidas” para resistir a fenómenos normais do mar.
Uma política que “vê o mar como inimigo” 
“Estamos fartos desta política costeira, que vê o mar como inimigo e se apronta a atirar-lhes com pedra. A única maneira que temos de fazer proteção costeira é perceber como o mar funciona e trabalhar com ele”, sublinhou. No caso do Cabedelo, cuja intervenção o movimento SOS contesta desde a sua execução, Miguel Figueira defendeu que os galgamentos vão continuar a existir enquanto não for colocada areia à frente da duna primária. 
Críticas também dirigidas à APA
 “A APA deu cobertura a uma intervenção nunca vista em lado nenhum, ao meter areia atrás da duna, que não faz nada, pois tem de ser colocada na praia à frente da duna”, explicou. O SOS Cabedelo tem defendido a construção de um bypass, que faça transferências contínuas de areia, “para que a praia esteja bem nutrida e a dissipação de energias (do mar) se faça muito antes do mar atacar a duna primária”
Outro dos pontos críticos apontados por Miguel Figueira é a praia da Cova- -Gala, que sofreu “intervenções erradas há muitos anos” e que devia receber alimentações de areia no fim do verão, que já não são efetuadas desde 2019. 
O problema da erosão costeira tem sido uma temática bastante discutida na Figueira da Foz, tendo-se realizado no dia 15 uma sessão de esclarecimento com a APA sobre as intervenções previstas para o concelho. Na reunião, o presidente da câmara exigiu celeridade nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou com formas de luta se os processos não avançarem."

Tudo foi dito e escrito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar... Resta-nos a promessa dos paquetes de passageiros e os números das toneladas dos cargueiros...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...

quinta-feira, 18 de maio de 2017

EROSÃO COSTEIRA: SOS CABEDELO VAI APRESENTAR QUEIXA EM BRUXELAS

O movimento cívico SOS Cabedelo vai avançar com uma queixa em Bruxelas contra a intervenção em praias da Figueira da Foz, considerando que a obra da Agência Portuguesa do Ambiente agrava o problema de erosão.

O projeto de reconstituição do cordão dunar da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está previsto para as praias da Leirosa e Cabedelo (Figueira da Foz), e Vagueira (Vagos), e arrancou há cerca de uma semana na Leirosa, depois de vários alertas lançados pelo movimento contra uma obra que consideram que vai agravar a erosão que já afeta aquela zona costeira.

"Vamos apresentar uma queixa à Comissão Europeia", disse à agência Lusa um dos responsáveis do SOS Cabedelo, Miguel Figueira, considerando que, caso a intervenção chegue ao Cabedelo, o movimento vai mobilizar a comunidade para "defender a praia" e garante que "lá não entram" as máquinas.

Em causa, está o método escolhido pela APA para a reconstituição do cordão dunar, um projeto com um investimento de mais de 400 mil euros e com apoio de fundos comunitários, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Na Leirosa, o movimento diz que constatou que a Agência Portuguesa do Ambiente está a "roubar areias ao mar" para fazer a duna primária, através do método de ripagem, num espaço que já é "deficitário de areia", explanou.

O banco de areia que cria a duna hidráulica, também conhecido como "praia submersa", "é a primeira barreira na proteção costeira", sendo que em vez de se diminuir o impacto de erosão na costa, a intervenção da APA está a gravar o efeito erosivo, disse um dos responsáveis do movimento, sublinhando ainda que a eliminação do banco também põe em causa a prática do surf naquela zona da costa.

Segundo o SOS Cabedelo, as zonas a sul das intervenções nas praias ficarão mais expostas ao avanço do mar, sendo que, no caso da praia da Leirosa, poderá afetar um aglomerado urbano a sul, e, no caso do Cabedelo, o Hospital da Figueira da Foz.

"Não achamos aceitável roubar areias ao mar. Tem um impacto muito agressivo", sublinhou Miguel Figueira, frisando que a obra da APA não vai ao encontro da própria estratégia assumida pelo Governo, que assenta "na reposição do equilíbrio sedimentar".

Para a SOS Cabedelo, a intervenção deveria passar pela injecção de areia "exterior ao sistema", para se conseguir combater a erosão naquela zona da costa da Figueira da Foz.

"Deviam ir buscar areia a um sítio com excesso, como é o caso da praia da Figueira", realçou.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter uma resposta por parte da APA.

Via Diário de Notícias

segunda-feira, 8 de abril de 2019

O que está em causa são os passadiços ou todos os acessos ao Cabedelo, incluindo o estacionamento?

Via Diário as Beiras
Os vereadores da oposição Carlos Tenreiro e Miguel Babo, bem como o SOS Cabedelo, sustentam que existem ilegalidades na requalificação do Cabedelo, em curso. Os autarcas e o movimento cívico defendem ainda a suspensão da empreitada, enquanto decorrer a discussão pública da alteração ao Plano de Praia (PP).
Um dos dirigentes do SOS Cabedelo, Eurico Gonçalves tem uma escola de surf na zona de intervenção. “Um dos motivos pelo qual o PP está a ser alterado é para colocar as escolas de surf na nova praça. Caso contrário, não podiam lá continuar, porque o POC não previa novas edificações naquela zona”, disse ao Diário as Beiras a vereadora Ana Carvalho.
Por isso, acrescenta a vereadora ao mesmo jornal: “Não conseguimos perceber esta dualidade critérios de Eurico Gonçalves, pois quer estar lá e é contra à alteração ao PP. Há aqui uma bipolaridade que não se entende bem”.
Contactado pelo Diário as Beiras, Eurico Gonçalves respondeu que lamenta que “a autarca opte pelo ataque pessoal”. O empresário e activista acrescentou que “desconhecia que a vereadora tinha conhecimentos em psiquiatria”. E concluiu: “A ser verdade, será bom que reveja o seu conceito de bipolaridade. Por uma questão de educação, não me merece outro qualquer comentário”.

Polémica à parte, gostava era de ser devidamente esclarecido: o que está em causa são os passadiços, ou todos os acessos ao Cabedelo?
“A rodovia existente, inscrita no Plano de Praia (PP) 28, não vai ser substituída por uma nova rodovia não prevista?”.
É que, se bem me lembro, Tenreiro e Babo,  apontaram também o estacionamento. Passo a citar: “o projecto apenas contempla uma parte da área prevista no PP 28 (estacionamento a criar), propondo uma nova zona onde este uso não está previsto”. Por outro lado, continuando a citar Tenreiro e Babo, os “acessos para a circulação ligeira - o projecto não respeita o traçado inscrito no PP28, substituindo-os por outro, sem que se perceba a articulação com os apoios de praia previstos”. A propósito de concessionários, Carlos Tenreiro e Miguel Babo um pedido de apreciação legal das obras do Cabedelo.  concluem que “o projecto omite os apoios de praia previstos no PP 28, comprometendo a sua viabilidade, ora porque os novos acessos colidem com a implantação dos apoios de praia previstos, ora porque não garantem a acessibilidade”. 
Sobre isto, na troca de galhardetes mediática entre a vereadora Ana Carvalho e o membro do SOS Cabedelo nada ficou esclarecido. 
Deixo uma pergunta do SOS CABEDELO: "Se esta alteração serve para CONTORNAR O INCUMPRIMENTO do projecto face à lei, perante o facto consumado da obra que já está em curso, para que serve esta consulta pública?

domingo, 28 de maio de 2017

SOS Cabedelo quer travar intervenção em praias da Figueira da Foz. Movimento cívico apresentou queixa à Comissão Europeia e critica projecto da Agência Portuguesa do Ambiente

"O movimento cívico SOS Cabedelo quer que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) reformule o projecto de intervenção nas praias a sul da foz do rio Mondego, na Figueira da Foz. Os activistas já tinham contestado o tipo de intervenção projectada, alegando que esta apenas iria agudizar o problema de falta de sedimentos na zona.
Na quarta-feira, o SOS Cabedelo endereçou uma queixa a Bruxelas, aos comissários da Política Regional, Corina Cretu, e do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella. Em questão, entendem os membros do movimento, está o “entrave à participação da cidadania e direito à informação”, a “contradição evidente entre o projecto e as recomendações do Grupo de Trabalho do Litoral” e erros de concepção que consideram que consideram “grosseiros”.
Depois de consultarem o projecto de “Reconstituição do Cordão Dunar do Cabedelo, a Norte da Praia da Leirosa e a Norte da Praia da Vagueira” na íntegra pela primeira vez, os membros do SOS Cabedelo dizem que avançaram com a queixa antes de analisarem o documento porque as máquinas começaram a “fazer trabalhos de ripagem de areias” na “zona de rebentação” da Praia da Leirosa. O movimento publicou na semana passada um vídeo em que se pode observar uma escavadora a operar à beira-mar.
Esta actividade, denuncia Miguel Figueira, membro do movimento, é contraditória com a informação prestada pela APA ao PÚBLICO no passado dia 21 de Abril. A agência referia que o reforço dunar seria feito com recurso a areia “localizada num depósito a uma distância média de transporte de 300 metros desde a praia do Cabedelinho”.
Os membros do SOS Cabedelo dizem que essa referência não estava no projecto, sendo que a ripagem de areias naquele local implica a destruição da duna hidráulica, “com a retirada de sedimentos ao mar” para fazer o reforço da primeira duna.
Contactada pelo PÚBLICO, a Agência Portuguesa do Ambiente remete um esclarecimento para o início da próxima semana. No final de Abril, a APA referia que “a não realização desta intervenção terá implicações graves de erosão no cordão dunar, com a fragilização ou mesmo destruição do sistema dunar”.
No sentido inverso, Miguel Figueira sustenta que “estas obras vão agravar o déficesedimentar”, com implicações ao longo de cerca de 50 quilómetros de costa para Sul, até ao Canhão da Nazaré. Com um valor de 483 mil euros, o contrato para a execução da obra foi assinado a 7 de Março e tem um prazo de 6 meses. O movimento defende que esse dinheiro deve ser aplicado na reposição sedimentar."

Via Público

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, vai ser assim e não pode ser de outra maneira

Imagem sacada do jornal AS Beiras. Edição de 21.11.2017
Ao tempo que eu sabia que teria de ser assim e porquê...
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo estava a ser alvo de um atentado ambiental desde há muito tempo. 
Os interesses dominantes são vastos. Mas, sobre isso, o futuro falará... Cá estaremos, atentos...
Se nada mais conseguirmos, até ao final deste ano, nunca poderemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...

Como penso que toda a gente que vem até este meu canto sabe, tenho um fraquinho muito grande e especial pelo Cabedelo.
Desde que me recordo,  olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. 
E ter a sorte de poder, sempre que o queira, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida tem sido uma benção. 

No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma mais valia, em especial, para os fotógrafos. 
A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmitem a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero. 
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente. 
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.

A situação, por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara da Figueira da Foz, que determinou que "aquela é uma zona demasiado nobre para ser ocupada por campistas", é preocupante. 
Recordo ao senhor presidente que não há os portugueses campistas e os outros... Somos todos portugueses. Na Europa, onde estamos inseridos, a igualdade formal foi uma conquista da Revolução Francesa... 
Quem pensa e fala assim não percebe o essencial. Quer saber o que é essencial numa cidade como a Figueira da Foz, senhor presidente?
Tenho todo o gosto em explicar-lhe.
Uma cidade é sempre, pelo menos, dual. Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais característica a que se costuma designar como típicas. 
O tipicismo é a profunda genuinidade... É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf, apesar de pessoas como o senhor  a terem liquidado.
Segundo o SOS Cabedelo, em 2009 “a primeira baixa provocada pelas obras de prolongamento do molhe norte da Figueira da Foz estava encontrada: trata-se de uma onda que tinha o nome de “maluca”, uma esquerda que quebrava na praia do Cabedelo, vulgo Cabedelinho, e partia junto ao molhe sul dentro da barra da Figueira da Foz.” 

Resta-nos lutar - e quem for crente, rezar... -  para que não cometam um atentando paisagístico e transformem o Cabedelo em mais um mártir ambiental no nosso concelho.
Senhores "quens" de direito, será pedir muito, enquanto ainda estão a tempo, que façam a escolha da solução certa para o Cabedelo? 
Será que vamos permitir, passivamente,  que nos acabem com a alegria que nos proporciona aquele bem estar saudável que nos permite sonhar e sorrir à vida! 
Para muita boa gente, eu incluído, é  disto que se trata, quando falamos do Cabedelo.
Aconteça o que acontecer uma coisa lhe garanto senhor presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz:  no Cabedelo ninguém me vai roubar o "MOMENTO ATÉ O SOL SE PÔR".
Ver o pôr-do-sol, no "meu" Cabedelo,  é continuar com a capacidade de viver com paixão todos os dias. 
É impossível alguém alhear-se de tanta beleza. Apetece declarar-lhe o nosso amor e dizer-lhe como é raro, único, superior...

quinta-feira, 1 de março de 2018

Surfar à noite no Cabedelo? Disseram que ia ser possível...

Para quando o dia do orgasmo para os surfistas do Cabedelo?..

O projecto para a iluminação que tornaria possível a prática do surf nocturno no Cabedelo, foi entregue à Câmara em 2011, pelo arquitecto Miguel Figueira, na sequência do desafio lançado em 2010.
Até hoje, nada de concreto aconteceu.
Como escreveu Carlos Tenreiro: PROMESSAS...
"Diz-se que todos os políticos por altura das eleições caiem na tentação de anunciar promessas atrás de promessas para conquistarem o poder. Admitindo-o, convirá, contudo, relembrar que na Figueira da Foz apregoou-se a diferença, que tinha chegado uma nova forma de fazer politica, feita por alguém independente e distante dos partidos, imbuído em conceitos de rectidão e de compostura, um juiz… dizia-se…"
No passado dia 27, o assunto foi ventilado na Assembleia Municipal por iniciativa de Paulo Pinto, membro da bancada do PSD. Passo a citar.
Declarações do Presidente de Câmara na imprensa local: Baseando-me em noticias na imprensa local acerca de um ano relativas ao projeto da iluminação noturna na praia do cabedelo a concurso no anterior Orçamento participativo:

“A iluminação do mar, na praia do cabedelo da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017. O projeto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
Exlmº presidente: já que mereceu o reconhecimento do executivo municipal conforme suas declarações onde está a inclusão da mesma na ARU do cabedelo?
Continuando a citar (a mesma noticia) as suas declarações na imprensa local:
 “Por solicitação do SOS Cabedelo serão enquadrados neste projeto os equipamentos de iluminação necessários à prática do surf nocturno”. “Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconheceu o escritor surfista e seu mandatário de candidatura Gonçalo Cadilhe. 
Veja bem, “compromisso” sr presidente... compromisso em a Autarquia avançar com o projeto de iluminação do Cabedelo para a pratica de Surf durante o período noturno. 

Perante toda esta informação apenas posso constatar que o sr presidente estará à espera de ver se em Troia existirá iluminação noturna para só depois a figueira marcar pontos a nível de notoriedade com esta decisão."

"Venha de lá a prometida iluminação do surf no Cabedelo, antes que alguém capitalize a ideia..."

terça-feira, 11 de abril de 2017

Erosão costeira na Cova e Gala e na zona a sul do estuário do Mondego e a onda do Cabedelo

Uma delegação parlamentar do PCP esteve esta manhã na Cova e Gala e Cabedelo para ouvir o SOS Cabedelo sobre estes problemas.
Compunham a delegação comunista os deputados Paulo Sá, Manuel Tiago, Carla Cruz e Ana Serrano,que ouviram as queixas de Miguel Figueira e Eurico Gonçalves sobre o modo como a  APA pretende resolver o problema, pois consideram uma solução completamente inaceitável, a construção de um muro na frente do estacionamento da praia do Cabedelo.
Do ponto de vista do SOS Cabedelo é mais do mesmo: a tipologia de intervenção da APA para o Cabedelo repete a receita aplicada em 2015 a sul da Cova - que recentemente foi denunciada na Comissão Parlamentar do Ambiente - reforço da raiz do molhe com obra pesada, incluindo neste caso um muro de betão e ripagem de areias na zona de rebentação para protecção da duna primária que, neste caso, seria feito através da criação de uma nova duna na frente da existente com redução significativa da área útil da praia.
Essa solução é completamente errada como o demonstra o colapso da obra pesada de defesa aderente na raiz do molhe e destruição da duna em Fevereiro de 2017, como a foto abaixo documenta.
O SOS Cabedelo deixou bem expresso que, desta vez, não aceita a ripagem de areia na zona de rebentação, porque atenta contra a primeira defesa da costa: a duna hidráulica. Também não aceita a perda de área útil da praia, porque compromete a viabilidade do uso balnear de uma das praias mais concorridas da região. Finalmente, não aceita qualquer obra pesada que se oponha ao mar, porque frequentemente o prejuízo resultante deste tipo de intervenções é maior do que o seu benefício.
Miguel Figueira e Eurico Gonçalves deixaram bem expresso, "que não é só desta ameaça contra o mar que nos iremos defender. É também da ameaça a princípios básicos do estado de direito, pela forma displicente como a participação da cidadania é tratada. Não podemos aceitar que promovam o debate público que inscreve as mesmas soluções que à porta fechada optam por contrariar. Resistiremos seguros de que irão perder esta contenda. Porque ao mar, ninguém vence!"

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Surfar à noite no Cabedelo? Há tanto tempo que dizem que vai ser possível...

O projecto para a iluminação que tornaria possível a prática do surf nocturno no Cabedelo, foi entregue à Câmara em 2011, pelo arquitecto Miguel Figueira, na sequência do desafio lançado em 2010.
Entretanto, por exemplo Vagos, em setembro de 2014, Cortegaça Carcavelos, já testaram a ideia de promover a prática do surf à noite.
Mais uma vez, o surf na Figueira foi ultrapassado...
Mas não tem sido por falta de ideias. As ideias existem. Neste caso concreto, o projecto foi entregue pelo arquitecto Miguel Figueira, em 2011...
O Cabedelo é um local mítico, para quem gosta de desportos com ondas.
A Câmara da Figueira da Foz, em janeiro de 2017, afirmava que ia avançar com um projecto de requalificação da praia do Cabedelo, que incluía a iluminação permanente do mar, criando condições para a prática nocturna de surf.
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, referiu na altura o presidente da Câmara da Figueira da Foz.
A iluminação do mar, nesta praia da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017.
O projecto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
A decisão da autarquia já foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que destaca “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancaria “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconheceu o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Primeiro subscritor da candidatura do SOS Cabedelo ao Orçamento Participativo de 2017, Gonçalo Cadilhe destaca que “são poucas as praias do planeta onde tal já é possível”, acrescentando que “a Figueira marcará pontos a nível de notoriedade com esta decisão”.
Estamos em 2021. E a situação, segundo o Diário as Beiras, é esta: "foram construídas as bases dos pontos de iluminação da Praia do Cabedelo para a prática noturna de surf, colocando a Figueira da Foz na vanguarda nacional neste tipo de oferta". Quando chegarmos à "conclusão das obras" e for ligado o interruptor, o que pode levar ainda algum tempo, deveremos passar a estar na vanguarda, neste tipo de oferta, a nível plan(f)etário...  

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

"Das várias soluções alternativas à actual, a que apresenta o menor custo unitário por m3 de areia transportada é a solução 1 (by pass): custo unitário actualizado €/m3 1,64"

Via SOS Cabedelo 
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) acusou falsamente o SOS Cabedelo de mentir em relação ao valor estimado para a transposição sedimentar com o sistema de BYPASS - solução 1 no estudo comparativo. 
Como se pode ler no excerto anexo, o valor de 1,64€/m3 de areia avançado pelo SOS Cabedelo é o que consta do documento citado
Na sessão pública do dia 15.11.2022 a APA optou por se refugiar nos equívocos que criou, não esclarecendo a diferença entre o valor (preço por m3) da transposição sedimentar com o sistema de BYPASS e o da operação prevista para a transposição de 3,3 milhões m3 de areias provenientes das dragagens da barra, com um custo 4 vezes superior. 
Confrontada com a ineficácia da imersão de dragados no combate à erosão, conforme descrito no excerto anexo, a APA não dá resposta esclarecedora e insiste na solução que propõe atirar ao mar 1,5Mm3 das areias provenientes das dragagens da barra. Areias que fazem falta às praias do Cabedelo, da Cova-Gala, da Costa de Lavos, da Leirosa e de todas as outras até ao canhão da Nazaré. Questionada sobre em que ponto estaria o processo e o projeto do BYPASS, que reconhecem como solução a médio prazo, a APA não respondeu. 
Lamentamos os esclarecimentos não prestados pela APA, bem como a desconsideração por parte do seu vice-presidente que, depois de confrontado com a ausência de qualquer referência ao contributo da cidadania pelo SOS Cabedelo, ainda procurou descredibilizar os seus representantes."

domingo, 19 de julho de 2020

"Posse administrativa", disse o presidente Monteiro!...

Recorde-se uma postagem do SOS CABEDELO de 21 de Julho de 2017
"Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo.
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.

O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".

O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."


E se a resolução do caso do Parque de Campismo tiver de passar pela receita que foi dada ao Sweel e à Surfingfigueira: indemnização e alternativa de local?
Recorde-se, via Diário as Beiras:

"O pagamento de 80 mil euros de indemnização, pela autarquia, ao concessionário de um restaurante do Cabedelo abre uma nova via para a progressão da primeira fase da requalificação da Praia do Cabedelo. A solução permite concluir a nova estrada, que esbarrou no muro do estabelecimento.
Por outro lado, as licenças de outros concessionários estão a acabar e a autarquia assegura condições a quem quiser dar continuidade à atividade noutro local do Cabedelo. Tudo para libertar espaço para a nova praça, que implicará, também, a demolição parcial do parque de campismo. Aquele equipamento turístico, contudo, não deverá sobreviver à segunda fase da requalificação daquela zona de praia.
A alteração ao traçado da via rodoviária, que implica demolir o restaurante, foi considerada “mais uma trapalhada do executivo, por parte de quem conduziu o processo na altura”, pelo vereador do PSD Ricardo Silva. “Quando o restaurante foi construído, ainda não havia projeto para o Cabedelo”, esclareceu a vice-presidente da autarquia, Ana Carvalho."


~

Via Diário as Beiras:
"O executivo camarário chegou a acordo com mais um concessionário do Cabedelo. O município já pagou 132 mil euros de indemnizações, no âmbito da primeira fase da requalificação daquela zona da margem sul da cidade. A câmara aprovou o pagamento de sete mil euros pela demolição de um armazém de apoio a um café. A autarquia já havia chegado a acordo com um restaurante, para ser demolido, mediante o pagamento de 80 mil euros, e com uma escola de surf, pagando 45 mil euros, que será relocalizada noutra zona do CabedeloCarlos Tenreiro, vereador eleito pelo PSD, questionou a necessidade das indemnizações, uma vez que os concessionários estavam a trabalhar com licenças precárias da administração portuária. Contudo, o autarca da oposição mostrou compreensão, dado que, justificou, as actividades dos concessionários são afectadas pelas obras. 
O presidente da câmara, Carlos Monteiro, esclareceu que as indemnizações resultaram do acordo da autarquia com os concessionários, por indicação da administração do porto, à época, proprietária das zonas concessionadas. O vereador do PSD, Ricardo Silva, também questionou a maioria socialista sobre as obras. Acerca do parque de campismo, ainda sem acordo, o edil adiantou que pediu informação adicional ao porto. E admitiu que, se o município tiver prejuízos por falta de acordo em tempo útil, poderá vir a exigir ao concessionário ser ressarcido."

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SOS CABEDELO e o Cabedelo

SOS CABEDELO relembra o que já disse sobre o projeto em geral e Parque de Campismo em particular.
LINK ARU http://www.cm-figfoz.pt/…/re…/reabilitacao-urbana/2200-aru-s
Lembra que o projeto terá que estar em conformidade com o POC em vigor desde o verão.
LINK POC https://www.apambiente.pt/index.php?ref=x220


Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo. 
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.

O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".

O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L).


Via SOS CABEDELO

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Figueira em finais de 2021: um caso sério de destruição gratuita de uma cidade

A Figueira, no final do ano de 2021, depois da passagem durante 12 anos do PS pelo poder autárquico, é um caso sério de destruição gratuita de uma cidade. Ao mesmo tempo, é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. Depois de Buarcos, da "baixa da cidade", temos também o Cabedelo. Sem esquecer o Jardim Municipal.

Em linguagem popular da Aldeia, todas as obras em curso no concelho da Figueira da Foz estão empachadas. Será por mero acaso ou obra do destino?
A toda a incompetência juntou-se a mentira sistemática. Lembram-se do folhetim protagonizado pelo dr. Carlos Monteiro sobre os prazos das obras de Buarcos?
Mas, o mais grave foi construir, como é o caso do Cabedelo, onde existem dúvidas se se podia construir, pois tal pode colocar em causa a segurança das pessoas. 

A verdade é que surgiram suspeitas sobre o projecto do Cabedelo. Os vereadores da oposição Carlos Tenreiro e Miguel Babo, bem como o SOS Cabedelo, sustentaram que existem ilegalidades na requalificação do Cabedelo, ainda em curso. Os autarcas e o movimento cívico em Abril de 2019 defendiam a suspensão da empreitada, enquanto decorresse a discussão pública da alteração ao Plano de Praia (PP).
Também aqui, a autarquia figueirense não foi sensível, e a obra em pleno verão continuou com todos os prejuízos e transtornos que causou a quem está habituado a frequentar o Cabedelo para fazer praia.
É cada vez mais óbvio que aparentemente estamos perante um grave caso de incompetência e irresponsabilidade. Incompetência, pela maneira como foi conduzido o processo e irresponsabilidade por se construir sem se dar ao trabalho de respeitar as leis. Dizemos aparentemente, porque a autarquia nunca prestou os esclarecimentos que foram sendo solicitados pela oposição, pelo SOS e porque quem se interessa pelo Cabedelo.

Para quem gosta da freguesia de S. Pedro, os últimos anos foram difíceis e dolorosos por constatar que a barbárie e a selvajaria paisagística atingiriam a dimensão actual.
O Cabedelo não escapou - foi também devastado pelo “progresso”. A acção destrutiva que, nestes últimos vinte e tal anos, desabou na Cova e Gala - e que se materializou na forma como se betonizou, se descaracterizou a paisagem e se desfigurou a Aldeia -, empenhou-se, também, em aniquilar o impensável: o Cabedelo. 
Onde estiveram os covagalenses? 
A VOTAR, APLAUDIR E A LEVAR EM OMBROS OS RESPONSÁVEIS.

As piores oportunidades perdidas são aquelas em que nos dizem depois, sempre depois, que se tivéssemos insistido seriam ganhas. A ignorância é uma bênção, logo, todos os ignorantes podem ser felizes. A ignorância consciente, como opção, é também uma forma de auto-protecção: a informação acelera o medo.  Na tarde de hoje, podia ter acontecido uma desgraça: bastava ter ido a passar um veículo na estrada que foi varrida pelo mar... Não aconteceu, felizmente, mas poderia ter acontecido. E nada garante que não aconteça...

quarta-feira, 22 de julho de 2020

"Um dia o parque do Cabedelo vai abaixo. Pode ser já a 1 agosto"...

Via Diário de Notícias
«O parque de campismo da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, tem os dias contados. Se tudo correr como a câmara planeia, as centenas de campistas vão ter de retirar tendas e caravanas até ao final do mês. Uma onda de contestação levanta-se, mas há um projeto de requalificação que está pronto a avançar.

Um diferendo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal pode levar centenas de campistas a abandonar forçosamente a praia do Cabedelo, já no próximo dia 1 de agosto. Em causa está o programa de requalificação urbana daquela zona balnear - bastante procurada pelos surfistas, mas também cada vez por mais veraneantes -, uma obra que já deveria estar concluída. Apresentada em 2018, o prazo de execução era de 15 meses. Desde o princípio que previa uma intervenção no espaço onde está o parque de campismo, além da criação de 600 lugares de estacionamento, que entretanto cresceram para 1000.

A primeira fase da empreitada (em curso) está orçada em 2,64M€ + IVA e contempla o recuo da estrada e do estacionamento, libertando a frente marítima, conforme aprovação do Plano de Praia, da APA (Associação Portuguesa do Ambiente) e do POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira).

O parque de campismo Foz do Mondego, que existe no Cabedelo desde os anos 80, é o sonho de qualquer campista ou caravanista: fica praticamente em cima da praia, de frente para o mar. Durante anos manteve-se sob a alçada da gestão portuária do porto da Figueira da Foz, que entretanto comunicou à Federação de campismo que não iria renovar a concessão. A partir daí a concessão tornou-se precária, atribuída mensalmente e não anualmente, como era habitual.

Com a transferência dessas competências para os municípios, a Câmara da Figueira entrou noutro domínio de responsabilidade. "Renovámos essa necessidade de retirada, para podermos executar a obra que estava aprovada, projetada e que vamos executar", disse ao DN o presidente da autarquia, Carlos Monteiro.

O parque sai ou não sai?
"Andámos uma série de tempos em conversações. Chegámos a elaborar um projeto que eles nos enviaram, elaborámos um pequeno esquiço e definimos uma data: 15 de junho, para ver se interessava ou não. Responderam-nos que iam reunir a 7 de julho. Percebemos que a federação não queria ajustar o parque que lá tinha àquilo que eles mesmos nos tinham proposto, e tivemos que passar para o passo seguinte: tomar posse administrativa", acrescenta o autarca. E isso é o que deverá acontecer a 1 de agosto.

Foi precisamente um dia depois, a 8 de julho, que os campistas e trabalhadores do parque receberam uma comunicação da entidade gestora do parque. Nessa carta, assinada por João Queiroz, presidente da direção, a Federação informa os utentes do parque de "todo o processo negocial", informando que vai recorrer à via judicial, através de uma providência cautelar.

Questionado pelo DN, João Queiroz é perentório: "o assunto foi entregue ao nosso Gabinete Jurídico e, segundo informação dos nossos advogados, em 1 de agosto nada vai acontecer. Achamos que ainda pode imperar o bom senso e encontrarmos uma solução que permita ultrapassar este conflito."

Mas essa não é a opinião do presidente da câmara. "Dia 1 o parque passa para a câmara. A licença não foi renovada. E os campistas vão ter que sair", afirma Carlos Monteiro, que fala de um processo de negociação com todas as partes, sublinhando que "a federação foi sendo protelando". Por essa razão, considera que "a revolta dos campistas é fundamentalmente com a Federação, que nunca os pôs ao corrente nem nunca os informou do que se estava a passar. Cobrou-lhe taxas anuais quando sabia que tinha uma licença precária mensal".
A Câmara da Figueira vai tomar posse administrativa do parque. "Os campistas vão ter de sair a 1 de Agosto", diz o presidente. 
Requalificar o parque
Sandrina Silva, uma das utentes do parque que desde 2017 mantém lá "uma caravana o ano inteiro", disse ao DN que a primeira comunicação que recebeu da FCMP foi o comunicado de 8 de julho. Tal como muitos outros campistas, deparou-se nos últimos dias com um conjunto de painéis no parque, sugerindo que a responsabilidade estará do lado da Câmara. Na manhã do dia 8, ligou para a Federação, para saber o que se passava, afinal. "Responderam-me que nesse dia haveria de receber um e-mail com a comunicação, e assim foi. Até agora nunca nos tinham feito aviso nenhum".

Tal como uma boa parte dos campistas, Sandrina encantou-se pelo mar do Cabedelo e pelas aulas de surf. Acabou por fazer um contrato anual com o parque, ao preço de 105 euros por mês, para uma caravana. Tal como ela, são muitos os utentes nesta condição. Mas uma volta pelo exterior do parque permite perceber que há quem o utilize bastante. "Mas aquilo não pode ser um bairro habitacional. Não é isso que se preconiza para os parques de campismo", sublinha o presidente da Câmara, que afinal não tenciona acabar, de todo, com um o parque, antes requalificá-lo.

"Aquele espaço não pode ser todo ele utilizado em termos de parque de campismo, ao abrigo do POOC, até no âmbito das alterações climáticas, do recurso estratégico programado", acrescenta Carlos Monteiro. O projeto passa por reduzir a área, dotando-o de bungalows e espaço para caravanas, mas muito mais reduzido.

Carlos Monteiro considera que não seria compatível requalificar o Cabedelo com "o estado de abandono em que aquele parque". Confrontado com o atraso da obra (que já deveria estar concluída), atribui-o ao impasse das negociações com a Federação de Campismo. E diz que equaciona mesmo "colocar uma ação judicial pelo danos causados".

João Queiroz recusa essa responsabilidade. Justifica que "o processo negocial coincidiu com a pandemia, mesmo na sua fase mais aguda, sendo certo que a FCMP não se furtou a diversas deslocações de Lisboa à Figueira da Foz, em inúmeros contactos com a Câmara, a várias reuniões da sua direção, não obstante os prazos curtíssimos, 5 dias, que nos foi imposto para cada passo que foi dado nas negociações".

"Falar em arrastamento neste contexto é , no mínimo, desculpa de mau pagador de quem prefere o conflito, que não desejamos, ao consenso", conclui o presidente da FCMP.

Ordenar o espaço público
A autarquia da Figueira conta abrir parte da zona intervencionada no Cabedelo "até ao final do mês de julho", garante o presidente. Numa praia em que a via de acesso tem apenas uma entrada e saída, o estacionamento desordenado e sobrelotado facilmente tornam o trânsito caótico. Carlos Monteiro adianta que, quando a obra estiver concluída, serão 1000 lugares de estacionamento à disposição de uma praia que este ano tem 4.100 (ou 5,100, dependendo das marés) pessoas de carga máxima, segundo as orientações da DGS.

O recuo estratégico programado (que vai acabar com a atual estrada e passar a fazer o acesso por uma via paralela entretanto já construída) "irá libertar a pressão sobre a linha de costa", garante o autarca. Mas a associação SOS Cabedelo considera que a obra "precisa ainda de muitos ajustes", tal como defende Eurico Gonçalves, presidente daquela organização e proprietário de uma das duas escolas de surf que existem na praia. Como está desde 2012 num espaço provisório (junto ao parque de campismo), não entrou nas negociações com a autarquia, ao contrário do que aconteceu com a outra escola, que acabou por ser indemnizada em 45 mil euros. Também um café que existia na zona intervencionada foi alvo de uma contrapartida no valor de 80 mil euros.

"O nosso foco é o mar"
"Estou expectante. Mas desconfio muito da eficácia desta obra", acrescenta Eurico. A associação a que preside continua "mais preocupada com esta linha de costa e com a preservação das ondas, a que ninguém parece ligar. Só os surfistas e os pescadores compreendem o que tem vindo a acontecer".

Na praia do Cabedelo - que passou a ser vigiada apenas há meia dúzia de anos - "não há semana nenhuma em que os surfistas não tenham que ir buscar alguém ao mar", conta ao DN Miguel Figueira, outro ativista da SOS Cabedelo, um dos autores da exposição "o mar é a nossa terra", que por estes dias está em exposição no CCB. Natural da Figueira da Foz, foi um dos primeiros surfistas no Cabedelo, a par do amigo Eurico Gonçalves. Ambos se lembram ver de ver nascer o parque de campismo, e ambos concordam que assim não pode continuar. Mas lamentam que, em todo este processo, o movimento cívico a que dão corpo nos últimos 10 anos "nunca tenha sido ouvido, ao longo de todo este processo, no âmbito da requalificação", diz Eurico.

A SOS Cabedelo insiste que o foco deve estar no mar. "Tudo o que se passa a sul do Mondego tem impacto até ao Canhão da Nazaré. Por isso insistimos tanto com o fim das ripagens, por isso fizemos uma queixa à Comissão Europeia, por isso vemos as coisas ao contrário: quando nos vêm falar de uma praça do surf, no âmbito da requalificação urbana, o que temos a dizer é que a nossa praça é o mar".