Claro que tais
agoiros apontam logo para os
fundos privados de pensões.
Mas a realidade é que se, em
2022, o Fundo de Estabilização
Financeira da Segurança Social
(FEFSS) já acumulava uns
confortáveis 22 mil milhões para
garantir as reformas, em 2025
espera-se atingir os 41 mil
milhões.
Para falar outra vez de
insustentabilidade, o Tribunal de
Contas, misturando alhos com
bugalhos, decide misturar as
contas do sistema de previdência
com as contas da Caixa Geral de
Aposentações, um fundo fechado,
que dizia respeito unicamente à
função pública, encerrado em
2005, e que por ter deixado de
receber os contributos dos
trabalhadores da função pública
no activo passou a ser deficitário,
como era esperado.
Com esta
mistificação, o que estava de boa
saúde, a Segurança Social, passa
de repente a parecer correr o
risco de ser deficitário!
Nem o exemplo desastroso do
que aconteceu em 2008 aos
fundos privados nos EUA cala o
canto de sereia dos promotores da
privatização das reformas.
Agora, o Governo, preocupado
com o não problema da
estabilidade do FEFSS, resolve
voltar a estudar a estabilidade do
sistema, e nomeia uma comissão
presidida por um consultor dos
fundos privados, ou seja, mete a
raposa dentro do galinheiro.
E se
o Tribunal de Contas até abriu caminho para se concluir que o
que estava de boa saúde, afinal,
podia considerar-se doente, o que
não conseguirá um especialista na
matéria?"
José Cavalheiro, Matosinhos
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