segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Quando é que vai ser possível a um utente servido pelo SNS na Cova e Gala ter direito a uma consulta médica?..

Na reunião de Câmara, realizada na passada sexta-feira, a  vereadora do PS Glória Pinto divulgou algo que já era conhecido de alguns habitantes da Cova e Gala.
No dia seguinte, o Diário as Beiras publicou notícia.
«Em novembro último, “um utente ameaçou um médico” e este meteu baixa, acabando por mudar-se para a unidade de saúde de Lavos. “A reação da Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Mondego foi colocar segurança no centro de saúde”.
Ainda segundo o que a vereadora disse na reunião de câmara (e os utentes afectados sabem), a situação resultou na falta de médico de família em São Pedro.
Continuando a citar o Diário as Beiras, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, do movimento independente FAP, defendeu que “não deve ser a câmara a dar a resposta” à vereadora, mas sim a ULS. 
Sempre que os Governos mudam de cor política, há troca de cadeiras. 
Isso aconteceu quando o Partido Socialista chegou ao poder e está acontecer de novo com a Aliança Democrática. 
O anterior director executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, tinha a intenção de “despolitizar” as nomeações para estes cargos de gestão e em 2023 até escolheu a actual ministra, Ana Paula Martins, para a liderança do maior centro hospitalar de Lisboa, o Santa Maria, e, quando esta decidiu sair, convidou de novo um militante do PSD, o ex-secretário de Estado Carlos Martins, para a substituir. Mas Fernando Araújo, que se demitiu em Abril de 2024, acabou por não ter tempo nem condições para generalizar este princípio. Em várias ULS, o tempo agora é de espera. “Os serviços não podem ficar pendurados nesta instabilidade, sobretudo num período tão exigente como é o do Inverno”, lamenta um dos dirigentes. Pedindo para não ser identificado, conta que há três semanas soube pela pessoa convidada para o substituir que a sua saída está a ser preparada. Outro administrador lamenta “estar no limbo desde Agosto”, quando começou a constar que havia uma espécie de lista negra de administrações de ULS em risco. “Esta é uma situação muito desconfortável. Espero, pelo menos, que tenham a elegância de avisar com alguma antecedência”.

Entretanto, enquanto na confusão, o médico "ameaçado" se pôs ao fresco da Cova e Gala (Lavos, em boa verdade, neste momento é muito mais confortável e acolhedor para os médicos, enfermeiros e pessoas administrativo do que o actual Posto Médico de São Pedro - e os senhores doutores merecem tranquilidade e conforto), há quem continue à espera de uma consulta marcada, com 6 meses  de antecedência, para o dia 12 de Dezembro de 2024. 
O utente em causa, foi avisado que a sua consulta tinha sido desmarcada na propria manhã da consulta (cerca de hora e meia antes através de um telefonema, marcada para as 11 horas e 30 minutos, até ahoje sem qualquer informação do dia, da semana, do mês ou do ano da sua remarcação).
Entretanto, por causa de um incidente que deveria ser tratado como um caso de polícia (por onde anda a CMTV? Só tem olhos para servir a agenda política do Ventura?), os velhos da Cova e Gala que aguentem o inverno. 
Se isso não acontecer e desistirem, são pensões a menos a pagar pela Segurança Social, e consultas a menos que deixam de sobrecarregar o SNS.
É tudo lucro para um País onde o que menos conta são as pessoas - sobretudo, os idosos.

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