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segunda-feira, 7 de março de 2022

PORTINHO DA GALA, uma estrutura que custou mais de 2 milhões de euros, que é utilizada "sem rei nem roque" há 18 anos...

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros,  para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. 
Desde 2018, há cerca de 4 anos, que o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a fazer um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz.
“Temos de criar normas para o portinho poder funcionar melhor e adequar-se às necessidades dos pescadores”, defendia o anterior presidente da Junta de São Pedro, em Fevereiro de 2018, António Salgueiro, em declarações ao jornal AS BEIRAS.
Para um futuro próximo, estava também prevista uma ligação directa da EN109 à infraestrutura, cujos acessos actuais limitam a actuação dos bombeiros em caso de incêndio, o que também ainda não aconteceu. 
18 anos depois da inauguração desta estrutura de apoio aos pescadores, o Portinho da Gala ainda não tem regulamento, em particular, para a utilização dos armazéns. 
Numa reportagem hoje publicada no jornal Diário as Beiras, fica feito o retrato. A situação que se vive no local “está próxima da anarquia.”
No anterior mandato autárquico, estava previsto passar a gestão do Portinho da Câmara da Figueira da Foz para a Junta de São Pedro e a elaboração de um regulamento. Contudo, os planos não se concretizaram.
O novo executivo camarário, que tomou posse no último trimestre de 2021, está a trabalhar no modelo de gestão e a fazer um levantamento do que é necessário fazer.
O Portinho da Gala, um espaço "que custou 2,0 milhões de euros", continua como sempre esteve desde a sua inauguração: a ser utilizado "sem rei nem roque".
Ao menos "que se explique para que serve realmente, para além de permitir a atracação de uns quantos botezitos de pesca artesanal ou de recreio, e servir, todo aquele enorme espaço, de tranquilo poiso a alguns pescadores à linha de um ou outro robalito que por ali apareça distraído".
A utilização sem regras do equipamento municipal foi recentemente debatida numa reunião de câmara. O vereador executivo Manuel Domingues, que já abordou o assunto com o novo presidente da junta de freguesia de S. Pedro, Jorge Aniceto, definiu assim o estado de coisas: “O Portinho da Gala é um espaço sem rei nem roque”
O autarca visitou o local e constatou que “os pescadores é que são os organizadores do espaço”Jorge Aniceto confirmou, afiançando que é o que se diz, à boca-cheia, na vila de São Pedro. “De um dia para o outro, mudavam-se os utilizadores dos armazéns, vendiam-se as embarcações e os armazéns”.  O armazém está associado à embarcação. “Ainda assim, terá de haver uma comunicação à câmara”.
O assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que ali têm a sua base logística no Potinho da Gala.
Os armazéns, construídos para armazenamento de redes e outros utensílios relacionados com a actividade piscatória, estão a ser utilizados para diversos fins. Há quem faça deles arrecadações de objectos que já não cabem em casa, oficina, garagem, convívios e outras finalidades. Isto segundo pescadores afirmaram ao DIÁRIO AS BEIRAS, sob anonimato, “para não arranjar problemas”. Segundo as mesmas fontes, alguns dos armazéns estão a ser utilizados por quem já não tem embarcação de pesca, e houve, até, quem tivesse cobrado pelo trespasse. E há já vários anos que ninguém paga pela utilização dos espaços. 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Portinho da Gala vai ter novo regulamento


De harmonia com uma notícia publicada na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a elaborar  um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz. 
Neste momento, estão a ser enviadas cartas aos utilizadores, solicitando-lhes documentos para, depois, se aplicarem as novas regras de utilização da infraestrutura. 
Entretanto, o prazo para a apresentação dos documentos foi alargado, tendo em conta que os pescadores estão ocupados com a pesca da lampreia. 
Há muito que o cumprimento do regulamento é reclamado, devido a diversas situações que se vêm repetindo. Por exemplo, segundo fonte que conhece o funcionamento do portinho da Gala, haverá quem já tenha abandoando a actividade mas mantém o armazém de aprestos para guardar objectos pessoais, como, por exemplo, bicicletas. 
Por outro lado, a utilização dos lugares de acostagem e do cais destinado à manutenção das embarcações tem gerado contestação por parte de alguns armadores. É para por termo a situações que possam proporcionar uma utilização indevida ou desadequada do porto que vai ser aplicado o novo regulamento. 
“Temos de criar normas para o portinho poder funcionar melhor e adequar-se às necessidades dos pescadores”, defendeu o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, em declarações ao jornal AS BEIRAS.
O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. Para um futuro próximo, está prevista uma ligação directa da EN109 à infraestrutura, cujos acessos actuais limitam a actuação dos bombeiros em caso de incêndio. 

sábado, 29 de abril de 2006

Futura Ponte dos Arcos vai "roubar" 120 m2 ao Portinho da Gala

120 m2, é a área que a construção da futura Ponte dos Arcos vai "roubar" ao Portinho da Gala.
Recorde-se, que o Portinho da Gala foi inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Carlos Simão, Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, deu esta informação no decorrer da Assembleia de Freguesia que se realizou no passado dia 28 de Abril.
Questionado pelo Membro da CDU neste Órgão Autárquico, o Presidente Carlos Simão informou ainda "que a Junta de S. Pedro alertou atempadamente os responsáveis do IPTM para esta eventualidade".
Como o aviso "de quem conhecia o terreno" não foi tido em conta em devido tempo, agora, além dos prejuízos causados pelas obras a levar a cabo para realizar o "corte" dos 120 m2 ao actual Portinho da Gala, verifica-se um atraso de alguns meses no arranque das obras da nova Ponte dos Arcos e das obras complementares do arranjo terrestre do Núcleo Piscatório da Cova-Gala.
Por vezes, há boas ideias que se transformam, apenas por um pequeno pormenor, em oportunidades perdidas.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Será que alguém se lembrou de alertar o senhor Ministro das Infrestruturas para a situação em que se encontra actualmente o Portinho da Gala?

Nem seria necessário grande esforço: bastaria alguém ter lembrado ao senhor ministro, para olhar para esquerda, depois de atravessar a Ponte dos Arcos, ao vir da Figueira... 

Imagem Via Diário as Beiras 

Ontem, o titular da pasta das Infraestruturas, eng. João Galamba, veio ao Cabedelo presidir à entregade prémios da primeira edição da Taça dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz, disputada, no sábado e no domingo, em Ílhavo e na Figueira da Foz.
Na oportunidade, esteve acompanhado pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes; pelo assessor do presidente da Câmara de Ílhavo, Bruno Ribau; pelo presidente dos portos da Figueira da Foz e de Aveiro, Eduardo Feio; e pelos comandantes das duas capitanias, Cervaens Costa e Vítor Conceição Dias.
Antes da sessão, o ministro João Galamba aproveitou para surfou as boas ondas da outra margem, que foi o que restou incólume depois daquela "infeliz" requalificação realizada pela anterior gestão camarária.
Quem também lá esteve (embora não apareça na fotografia), foi o Dr. Carlos Monteiro, anterior presidente de câmara e actual vogal do Conselho de Administração do Porto da Figueira da Foz.
Será que alguém se lembrou de alertar o senhor Ministro das Infrestruturas para a situação em que se encontra actualmente o Portinho da Gala?
O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros, para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns.
Como recordámos ontem, o assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

“Depois da casa roubada, colocaram trancas à porta”

Antes da morte de Clemente Imaginário e de Manuel Pata nenhuma das duas hipóteses aconteceram. A seguir, fechou-se o canal à navegação e passaram-se as embarcações do Portinho da Gala para o Porto de PescaFotos outra margem
A morte dos dois pescadores alegadamente provocadas pelas obras de construção da nova Ponte dos Arcos, aconteceu  na manhã de 19 de março de 2007.
Porém, muito antes, mais de um mês antes, os pescadores da pesca artesanal da Cova-Gala já andavam preocupados e  descontentes com as obras que então estavam  em curso na zona da Ponte dos Arcos.
Segundo quem se dedica a este tipo de pesca, o canal de navegação tinha ficado demasiado estreito, o que pôs em risco a segurança das embarcações e dos homens no decorrer da navegação naquele troço do rio.
O “canal da morte” deveria ter sido encerrado à navegação, como, aliás, aconteceu logo a seguir ao acidente
Isso, sabe-se hoje, teria evitado a morte dos dois pescadores.
Depois da “casa roubada, colocaram trancas à porta”, pois alguém interditou  depois do acidente que vitimou duas vidas  a “boca do inferno”.
Alguém teve “poder” para o fazer à posteriori. Portanto, alguém falhou.
Sabe-se que houve reuniões, antes do acidente, numa das quais foram ouvidas as preocupações dos pescadores, que devido às obras se queixavam das dificuldades em navegar pelo canal.
Louro Alves, Capitão do Porto na altura dos acontecimentos,  afirmou na sessão de julgamento em que foi ouvido que ninguém (entidades que participaram - Estradas de Portugal, IPTM, câmara, construtora, entre outras) levantou a “questão de interdição do tráfego no canal”.
Não obstante, já era equacionada, antes do acidente, a passagem das embarcações do Portinho da Gala, para o porto de Pesca, uma das soluções que Louro Alves defendeu e que poderia ter evitado o acidente.
A outra teria sido a interdição total do canal de navegação.
Antes da morte de Clemente Imaginário e de Manuel Pata, porém, nenhuma das duas hipóteses aconteceram. A seguir, fechou-se o canal à navegação e passaram-se as embarcações do Portinho da Gala para o Porto de Pesca.
À boa maneira portuguesa, “depois da casa roubada, colocaram-se as trancas à porta”...

Em tempo.
A próxima sessão do julgamento está marcada para 26 de fevereiro, às 09H00.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O mistério da nafta no portinho da gala

Foto de Pedro Cruz
Segundo os jornais, no final da tarde de sexta-feira passada, foi detectada nafta na zona da estação elevatória de S. Pedro.
Entretanto, na manhã de domingo, aconteceu algo igualmente imprevisto e, ainda, sem explicação técnica: escorreu combustível para o Portinho da Gala através da rede de águas pluviais.
De harmonia com o Diário as Beiras de ontem, a empresa Águas da Figueira “continuava sem ter elementos para poder avançar com uma explicação técnica.”
Por sua a vez, a Capitania do Porto da Figueira da Foz, ao mesmo tempo que ordenou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades, aguarda pelo resultado das análises à nafta recolhida a montante e a jusante do derramamento.
Importante, neste momento, era saber, com exactidão, como foi possível aparecer tanta nafta na rede das águas pluviais da freguesia de São Pedro.
Segundo as Beiras de ontem, “foram recolhidos cerca de 100 litros de combustível da zona portuária.”
A Capitania do Porto da Figueira da Foz, como era sua obrigação e responsabilidade, abriu um inquérito. Mas, será que alguma vez veremos esclarecido o mistério da nafta no portinho da gala?

domingo, 3 de setembro de 2023

Portinho da Gala

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros, para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. O assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.

Daqui a 3 meses temos a época da pesca à lampreia e ao sável.
Fica a pergunta de um velho pescador da minha Aldeia, que ao ver-me tirar as fotos me interrogou: "como é que vamos conseguir trabalhar com o Portinho neste estado"?
O Portinho da Gala, é um espaço "que custou 2,0 milhões de euros". Não pode continuar a ser utilizado como sempre foi desde a sua inauguração: "sem rei nem roque". Não somos um País rico. Portanto, um equipamento com os custos que teve, tem de servir para mais "do que permitir a atracação de uns quantos botezitos de pesca artesanal ou de recreio, e servir, todo aquele enorme espaço, de tranquilo poiso a alguns pescadores à linha de um ou outro robalito que por ali apareça distraído". E tem de estar funcional...

sexta-feira, 29 de março de 2019

"Portinho vai ter regras, taxas e segurança"!...

"O Portinho da Gala, destinado à pesca artesanal, foi inaugurado em 2004. Segundo o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, os utilizadores só pagaram taxa de utilização durante os dois primeiros anos.
Por outro lado, não existe um regulamento e, por isso, há quem já não pesque nem resida na freguesia e continue a utilizar os armazéns. A falta de segurança no espaço e o assoreamento, por seu lado, preocupam os pescadores.
A Junta de São Pedro, que gere o espaço, e os pescadores reúnem-se, hoje, para debater aqueles assuntos. “Vamos fazer o levantamento das necessidades do portinho e criar um regulamento para a utilização dos armazéns, porque há quem já não resida na freguesia e continua a ter um espaço. Vamos entregar os armazéns a quem realmente trabalha no rio e não tem espaço para guardar os apetrechos”, adiantou António Salgueiro. Para evitar que os furtos continuem no Portinho da Gala, adiantou ainda o presidente da junta, vai ser instalado um portão no acesso aos ancoradouros. “São coisas que estão a preocupar-nos e vamos falar com os pescadores para melhorarmos as condições de trabalho”, afiançou António Salgueiro. “Depois [de estarem resolvidos aqueles problemas], obviamente irão se retomada as taxas, até para haver um melhor aproveitamento e dotar o espaço com melhores condições de trabalho”, acrescentou.
Os pescadores, garantiu o autarca, “estão recetivos a pagar uma taxa, mas com mais manutenção no portinho”. António Salgueiro vai ainda propor a reativação da associação de utilizadores daquele portinho de pesca artesanal, porque, defendeu, a junta precisa de um interlocutor que represente os pescadores." - Via Diário as Beiras


Nota de rodapé.
Como? "Os utilizadores só pagaram taxa de utilização durante os dois primeiros anos. Por outro lado, não existe um regulamento e, por isso, há quem já não pesque nem resida na freguesia e continue a utilizar os armazéns."
Em Fevereiro do ano passado o paleio já era este
Será que o Portinho da Gala, uma estrutura "que custou 2,0 milhões de euros", não tem passado de um clube ao serviço dos amigos?....

sábado, 17 de janeiro de 2009

Cais na Gala

Foto Pedro Cruz


De certeza absoluta, que este cais não custou os mais de 500 mil contos do Portinho da Gala, inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Contudo, nem por isso, este cais deixa de cumprir a sus função, apesar de, também, tal como o Portinho da Gala, não possuir instalações terrestres de apoio aos pescadores.
Já agora: 2008 já lá vai mas as instalações terrestres de apoio aos pescadores no Portinho da Gala, que em PIDDAC tinham 400 mil euros previstos, foi, mais uma vez, promessa adiada...
Um pormenor final: reparem no aproveitamento excelente feito ao barracão de sal...

sábado, 24 de janeiro de 2009

A nova função do Portinho da Gala

Foto de Pedro Cruz sacada daquiAs instalações terrestres de apoio aos pescadores do Portinho da Gala deveriam ter começado a ser construídas durante o ano de 2008, já que em PIDDAC estavam inscritos 400 mil euros para a obra.
2008 já lá vai e, mais uma vez, a promessa não foi cumprida.
Enquanto a promessa não é cumprida, os putos descobriram uma nova função para o Portinho da Gala, aproveitando a amplitude dum espaço "que custou 2,0 milhões de euros" e divertem-se!...
Ao menos "que se explique para que serve realmente, para além de permitir a atracação de uns quantos botezitos de pesca artesanal ou de recreio, e servir, todo aquele enorme espaço, de tranquilo poiso a alguns pescadores à linha de um ou outro robalito que por ali apareça distraido. A promessa da obra data dos despreocupados tempos do santanismo (com Santana) e do guterrismo, durante os quais, populista ou beatificamente, se distribuia dinheiro a rodos, e se prometia a felicidade terrena para todos. Mais tarde, levou, claro, o apadrinhamento da Câmara Municipal e do governo Durão-Portas . Na sua qualidade de Ministro da Defesa, Paulo Portas fez questão de vir ele mesmo inaugurar a grandiosa obra da “Marina”, com muita festa, pompa, circunstância, entusiasmo e belos discursos . A lembrar a auspiciosa efeméride, ficou lá a inevitável placa de mármore com as inevitáveis letras a dourado, com a inevitável referência ao nome de Sua Excelência."

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A frente de rio da Gala

A Gala, dos meus tempos de menino e moço, tinha uma ampla e invejável frente de rio.
Era uma zona linda, vibrante, que fazia a ligação natural do povoado ao rio e, ao mesmo tempo, ao mundo do trabalho (a pesca) e ao mundo do lazer (na altura, era o nosso parque infantil, o nosso parque desportivo, era até a zona com algo de marginal, como, por exemplo, o jogo das cartas que se ia praticando pelos recantos discretos dos armazéns...).
Há anos, porém, tudo isso - e também a paisagem magnifica - nos foi roubado com a construção da variante, que não é mais que um muro que nos separou do nosso rio.
Na altura, ninguém conseguiu contrariar a força das circunstâncias...
Passaram os anos e veio o Portinho da Gala e, pensei eu, estava encontrada a nova janela de oportunidade para os covagalenses se reconciliarem com o rio.
Pensei que poderia estar ali, no enorme aterro da estrutura portuária, a área para a mudança, com a abertura de espaços para o lazer, a cultura, o entretenimento, o turismo, etc.
“Voltar ao rio”, seria a oportunidade de rentabilizar um espaço que orçou mais de 500 mil contos.
Entretanto, e já lá vão uns anos, nada disso aconteceu. Recorde-se, que o Portinho da Gala foi inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Até agora, o espaço, o enorme espaço, lá está, árido e quase desaproveitado.
Até agora, constitui uma oportunidade perdida.
Que o mesmo é dizer: na nossa Terra, continua latente a necessidade de potenciar, ao máximo, a relação com o rio.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Uma sugestão para salvar o único exemplar da bateira da Cova-Gala


“Na Figueira da Foz, e sobretudo na sua terra natal (Cova-Gala), João Pereira Mano não precisa de qualquer apresentação. Homem do Mar, ficou-lhe esta região a dever, para sempre, a salvaguarda de muita da sua memória colectiva (e não só pela escrita, embora, naturalmente, essa seja a dimensão em que mais vai perdurar o seu contributo). Em 1997 o Capitão João Pereira Mano desempenhou também um importante papel na identificação e na obtenção de uma bateira do Mondego, típica da Cova-Gala (bateira FF-304-L Maria Augusta Mano), que veio a ser meritoriamente doada pelo seu último proprietário, o Ex°. Senhor Manuel Mano, para futuros fins museológicos, e que assim veio juntar-se aos outros três diferentes exemplares de arquitectura naval local que o CEMAR já havia antes, em 1995, 1996, e 1997, conseguido que fossem obtidos, restaurados, e doados à cidade e à sua autarquia, com vista aos referidos fins museológicos.” (daqui)

fotos António Agostinho
Todavia, infelizmente, essas embarcações tiveram um fim inglório e triste...
Neste momento, o único exemplar da bateira da Cova-Gala encontra-se no Largo das Alminhas, na Gala, como a foto documenta. Sujeito que está à chuva e ao sol, na melhor das hipóteses, daqui por dois anos terá o mesmo destino que as embarcações oferecidas pelo CEMAR à Câmara da Figueira tiveram: o apodrecimento.
Enquanto é tempo, deixo aqui uma sugestão e, ao mesmo tempo, um apelo a quem de direito, para preservar tão importante exemplar único (pelo menos que eu conheça) da bateira da Cova-Gala: a sua deslocação para o portinho da Gala para fazer parte do espólio do Núcleo Museológico que aí está a ser construído e que irá ser aberto ao público em breve.  

quarta-feira, 5 de abril de 2023

João Pimenta Alves, deputado europeu do PCP no concelho da Figueira

Ontem, de manhã, no Porto de Pesca da Figueira da Foz e no Portinho da Gala, em contacto com a FIGPESCA e com os pescadores da pesca de pequena escala, costeira e artesanal, o deputado João Pimenta Lopes constatou a degradação e as condições desadequadas do porto de desembarque para este sector. Um cais flutuante é, há muito, uma necessidade para facilitar o desembarque às pequenas embarcações. O deputado europeu do PCP ficou a saber que continuam os problemas do assoreamento da barra (impondo riscos à entrada e saída da barra e restrições aos dias úteis de pesca) e do Portinho da Gala, local de partem as pequenas embarcações que pescam no rio o sável e a lampreia. As restrições de defeso do sável e de área de apanha de berbigão foram dificuldades também referidas pelos pescadores.

Da parte da tarde o eudeputado visitou o Alqueidão. Vários agricultores juntaram-se à visita que o eurodeputado do PCP João Pimenta Lopes realizou às comportas. No encontro, também participaram o coordenador da Associação Distrital de Agricultores de Coimbra, Isménio Oliveira, e a presidente da Junta do Alqueidão, Clarisse Oliveira. 

João Pimenta Lopes garantiu que irá questionar a Comissão Europeia sobre se há fundos para a reparação das comportas ou se já foram disponibilizados e o Governo português ainda não os aplicou.

Fontes: CDU Coimbra e Diário as Beiras

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu balanço de dois anos de mandato autárquico deste executivo da Câmara da Figueira da Foz

Cito o jornal AS BEIRAS
de hoje.
"Em 2009, João Ataíde, que até àquele ano era juiz desembargador, conquistou a Câmara da Figueira da Foz para o PS, depois de 12 anos de gestão do PSD. Obteve, no entanto, maioria relativa, tendo na oposição os social-democratas e a Figueira 100%. Recandidatou-se em 2013, sem o movimento independente na corrida, e conquistou a maioria absoluta. A primeira medida que tomou foi fechar ao público e aos jornalistas a primeira das duas reuniões de câmara mensais ordinárias, pondo fim a uma tradição que se mantinha desde o 25 de Abril.
Foi uma decisão política controversa que mereceu forte contestação, por parte da oposição e da opinião pública. Quando já praticamente ninguém falava no assunto, volta a gerar celeuma, ao debater o plano estratégico do concelho à porta fechada. Desta vez, até autarcas e dirigentes do PS se juntaram às críticas. O autarca independente admitiu rever a decisão.
Porém, volvidos dois anos, tudo continua na mesma."

Esta tomada de posição política tomada por Ataíde no início de um mandato com maioria absoluta, marcou os 2 anos que se seguiram e há-de marcar os 2 anos que faltam por cumprir.
Ninguém que se julga com poder - como é o caso do ex- juiz desembargador e actual presidente da câmara da Figueira da Foz - gosta da democracia, porque sabe que só a democracia me dá a mim, vulgar cidadão, sem poder político ou económico, o direito e a possibilidade de derrubar alguém que se julga com poder...

O resto era o mínimo que tinha de ser feito. 
Volto a citar AS BEIRAS. "Os 40 milhões da dívida da câmara e das empresas municipais que encontrou em 2009, está a ser paga ao abrigo de um plano de saneamento financeiro, com maturidade de 12 anos (termina em 2021), que absorve cerca de seis milhões de euros por ano. 
Das obras realizadas nos dois últimos anos, João Ataíde destaca a construção do novo quartel dos Bombeiros Municipais e da Extensão de Saúde de Lavos; recuperação do Forte de Santa Catarina; instalação do Balcão de Atendimento Único da câmara; requalificação do largo da Feira Velha de Maiorca; beneficiação da rede viária, que continua (mas pouco, digo eu...);  as obras que acabaram com as inundações na rua da República. A segunda fase da reparação das muralhas de Buarcos também foi concluída neste lapso de tempo autárquico, bem como o centro de convívio e cultural do Portinho da Gala (vai servir para quê? - pergunto eu.  Mais de um ano depois do seu acabamento e meses depois depois da sua inauguração continua fechado...).
Estão aprovadas intervenções nas escolas Cristina Torres (secundária) e da Gala (1.º ciclo), relva sintética no campo de futebol da Leirosa e requalificação do areal urbano. 
Aplicou, por propostas da oposição (PSD), o primeiro Orçamento Participativo, processo em fase de votação." 

João Ataíde não gosta daquilo que considera ser um "misto de Conselho de Ministros e Parlamento, onde o órgão executivo se reúne para deliberar com a participação da oposição, que aproveita este figurino de governação para mediatizar as suas posições e propostas, e a presença de público e jornalistas." 
Por isso, depois da maioria absoluta, concluiu: “a oposição tem muito mais informação nas sessões fechadas ao público do que nas abertas. Nas abertas, temos a percepção que estamos escancarados a toda a comunicação. A democracia não é um ato de democracia directa”. 
Entretanto, continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Todo o mundo é composto de mudança.

Em tempo.
O caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, é talvez a maior obra de que o presidente Atáide se deve orgulhar, pois alcançou algo único e inédito, creio que em todo o mundo: conseguiu meter um Hospital dentro de um parque de estacionamento.
Ataíde e esta maioria absoluta do PS,  têm um lindo problema para resolver com esta história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, avançou com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu, que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me  uma enorme confusão!..

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Espaço Cultural e de Convívio dos Pescadores de S. Pedro, no Portinho da Gala, encontra-se em fase de conclusão...

"Centro de convívio para pescadores da Cova-Gala, no portinho da Gala, está em fase de conclusão. 
A infraestrutura vai acolher um centro de convívio para os profissionais de pesca artesanal ligados ao Núcleo Piscatório de S.Pedro. 
A Câmara da Figueira da Foz está a construir o Centro de convívio de S.Pedro ao abrigo de uma candidatura do programa Promar. O custo total da obra é de 102 mil euros."


Foto: António Agostinho/Texto: jornal AS BEIRAS

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Afinal, quem é que tinha uma agenda política escondida mas bem definida?...

Quando, em Janeiro deste 2015, uma exposição de fotografia do Pedro Agostinho Cruz (um alerta sobre a tragédia ambiental que é a desagregação do litoral costeiro a sul da foz do Mondego) foi objecto de um básico e alvar acto de censura do presidente da junta de freguesia de S. Pedro, posteriormente reiterado em assembleia municipal pelo garboso voto de qualidade do seu presidente, o argumento foi que o jovem fotógrafo teria inconfessáveis propósitos políticos. 
Hoje, o jornal As Beiras, como se pode ver na imagem acima em parte, tinha um interessante trabalho sobre S. Pedro, freguesia. 
Questionado, numa das peças que constitui o caderno, pelo jornalista sobre o que “o que é já fez num ano de mandato” o presidente da junta, António Salgueiro, disse: “fizemos a reposições dos esporões da praia e do cordão dunar, duas situações que nos preocupavam bastante, porque o mar estava a entrar no pinhal. Entrámos em contacto com a Câmara da Figueira da Foz e com a Agência Portuguesa do Ambiente e conseguimos que fosse reposto o cordão dunar. Também foi feito o alcatroamento da avenida 12 de Julho, que estava bastante degradada. A dragagem do portinho também foi importante para criar melhores condições aos nossos pescadores. Neste momento, estamos a regulamentar a área do Portinho da Gala, em conjunto com a câmara, no sentido de melhorar e preservar os armazéns e criar melhores condições.” 
O jornalista, argumentou: ”todas estas obras não são da junta...” 
Ao que o presidente da junta esclareceu: “não, mas fizemos diligências para que fossem feitas.”
E um pouco mais adiante, o jornalista questionou: "Vai recandidatar-se?"
Reparem bem na resposta, digna de político à séria: "Vou cumprir o meu mandato e, se sentir que os eleitores querem que me recandidate e a minha família e a minha equipa me apoiarem e se os restantes dois elementos do executivo me acompanharem, poderei ponderar avançar para o segundo mandato."
Ah político enxuto?...  

Na tal foto, que constituiu, na altura, sem que ninguém o percebesse, o pomo da discórdia e que levou à censura da exposição, podem ver-se, o ministro do ambiente, da altura, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, da altura e o presidente da Câmara da Figueira, da altura e ainda actual.
Estão agora a entender a verdadeira razão da exigência da retirada da exposição da foto ao lado direito? 
Com a entrevista de hoje, ficou tudo esclarecido: havia um guião político e o Pedro Cruz na sua santa e infantil ingenuidade estava, sem o querer, a estragar o plano. 
Aprende Pedro: quem se mete com políticos, leva forte e feio... 
Eu sei que não precisas de conselhos, mas eu faço sempre assim há muitos anos: passo sempre pelos cegos por uma carreira política em passo acelerado, para não ter de os ajudar a fazer aquelas coisas que qualquer de nós faz aos verdadeiros cegos

sábado, 29 de março de 2014

Portinho da Gala: em 3 anos foram roubados 11 motores, incluindo os 4 que ontem "voaram"...

foto Pedro Agostinho Cruz
“Durante quinta-feira ou a madrugada de ontem, sexta, foram roubados os motores de quatro embarcações amarradas no Portinho da Gala, Figueira da Foz, aumentando para 11 o número de motores furtados nesta infraestrutura de pesca artesanal, no espaço de três anos.
Entretanto, na manhã de ontem, foram detidos, na fronteira de Vilar de Formoso, dois indivíduos do Leste europeu quando pretendiam viajar para Espanha transportando quatro motores de embarcações na viatura em que seguiam.
Ao meio da tarde, a Capitania do Porto da Figueira da Foz mantinha-se em contacto com as autoridades fronteiriças, para trocar informações sobre os motores apreendidos e furtados.
Saliente-se que este porto de pesca, situado na freguesia de S. Pedro, na margem Sul do estuário do Rio Mondego, é gerido pela Câmara da Figueira da Foz. O presidente da câmara João Ataíde, através do gabinete da presidência,  «lamenta o sucedido».”
Via AS BEIRAS

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Vem aí a nova Ponte dos Arcos



Se as coisas correrem como estão planeadas (o que no nosso País não é habitual), teremos os engarrafamentos de trânsito terminados na Ponte dos Arcos, lá para os primeiros meses de 2008.
É que a obra da nova ponte, depois de um processo atribulado, já foi consignada.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, em declarações prestadas ao Diário de Coimbra, informou que a nova Ponte da Gala «já foi consignada», no passado dia 29 de Maio, manifestando-se por isso «satisfeito», mas não deixando de lamentar que este “caso” tenha «mais de 4 anos. Num país normal a ponte já estava feita, e esta é a diferença de Portugal», salientou Duarte Silva.
E o edil recorda, que assim que tomou posse no primeiro mandato (2001), pediu a um amigo que fez o ante-projecto «sem qualquer encargo», depois seria só dar andamento.
No entanto, o autarca tem uma esperança, que esperamos veja concretizada: ser ele próprio a inaugurar a obra.
Ainda segundo o mesmo jornal, em notícia assinada pela jornalista Bela Coutinho, o presidente da Junta de S. Pedro, demonstrando possuir uma visão larga e abrangente, considera que com esta consignação, «voltei a ter esperança e a acreditar que é possível fazermos um país diferente e contrariar todos os analistas que vão afirmando que, em 2050, seremos o último da Europa dos 20».
Carlos Simão, tece elogios a José Sócrates, que «tem tido coragem e está a trabalhar para que tal não aconteça», sublinhando que todos devem contribuir «para que o nosso país seja um local onde tenhamos o prazer de viver».
Mais: o autarca de S. Pedro enaltece, ainda, o «esforço do presidente da Câmara» e de todos os que «puseram acima dos interesses pessoais e do partido os interesses do concelho».
E prossegue: «com este problema a caminho de ser resolvido, apelo para que se resolva a questão das obras terrestres do Portinho da Gala que tinha verbas previstas inscritas em PIDACC, estando o projecto concluído e pronto para ir para concurso do IPTM em Lisboa». A obra deverá arrancar brevemente, tem um prazo de 20 meses e nas imediações da actual estrutura, incluirá duas vias (no sentido sul/norte) e outra para quem sai da Gala, de forma a não precisar de utilizar a rotunda.
Quanto à Ponte dos Arcos, a nova será feita sem influir no fluxo de trânsito, já que contempla a construção de duas vias de cada lado da actual, e quando estas estiverem construídas, a “velhinha ponte” será desmantelada, unindo-se as duas alas, pelo que, a nova via ficará com quatro faixas de rodagem.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

O rio da minha aldeia

Foto: Pedro Cruz

O rio da minha aldeia, nasce na Serra da Estrela, no concelho de Gouveia, a 1425 metros de altitude.
À sua nascente chama-se Mondeguinho, porque quando nasce, é um pequeno fio de água.
Para que o rio da minha aldeia se transforme no maior curso de água que nasce em
Portugal, precisa das águas dos seus afluentes.
Na margem direita, tem o
Dão. Na esquerda o Alva, o Ceira, Arunca e o Pranto.
Entre a
nascente e a foz, as águas do Mondego percorrem cerca de 220 quilómetros.
As suas margens, entre
Coimbra e a Figueira da Foz, são os terrenos mais férteis de Portugal.
São os campos do Baixo Mondego. É nestas terras que se produz mais
arroz, por hectare, em toda a Europa.Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda.
Munda, significa transparência, claridade e pureza.
Nesses tempos, as suas águas eram assim. Agora, os tempos são outros, existe alguma poluição.
Nas águas do rio da minha aldeia e no resto.
Outrora, o leito do rio Mondego era mais navegável.
Os barcos, que vinham do
Oceano Atlântico, iam até Coimbra. E, os mais pequenos, subiam mesmo até Penacova.
Antes de desaguar nas águas do oceano Atlântico, junto à Quinta do Canal, defronte a Lares, divide-se em dois braços, formando um delta.
O braço direito banha Vila Verde. O
braço esquerdo, é o rio da minha aldeia.

As obras no rio da minha aldeia

E é na margem esquerda do rio da minha aldeia, que a segunda fase do “Portinho da Gala” será levada a cabo, com a criação de estruturas de apoio para os utilizadores do espaço.Armazéns, área de restauração/cafetaria e um núcleo museológico, são as obras a concretizar nesta fase complementar. Isto, se se concretizar o que Eduardo Martins, presidente do conselho de administração do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), disse em recente visita à Figueira da Foz.
De harmonia com o Presidente do IPTM, “o processo está todo concluído”, falta apenas “alguma capacidade financeira” para iniciar o projecto que dotará o espaço de armazéns para os pescadores, unidades de restauração e cafetaria, apoio logístico para a Junta de Freguesia (que ficará encarregada da gestão do portinho) e ainda de um núcleo museológico, direccionado para a área da actividade piscatória.O projecto, segundo o responsável pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, orça em cerca de 800 mil euros e tem um prazo previsto para a construção de oito meses.
“Um período que, cremos, poderá vir a ser encurtado”, disse ainda o Presidente do IPTM.
Estas novidades, importantes para o rio da minha aldeia, ficámos a saber recentemente...
O que toda a gente já sabia, era que o rio da minha aldeia desagua na imensidão do Atlântico.


(“Toda a gente sabe isso./Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia/E para onde ele vai/E donde ele vem./E por isso porque pertence a menos gente,/ É mais livre e maior o rio da minha aldeia./Pelo Tejo vai-se para o Mundo./Para além do Tejo há a América/E a fortuna daqueles que a encontram./Ninguém nunca pensou no que há para além/Do rio da minha aldeia./
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada./Quem está ao pé dele está só ao pé dele.”)

Nota
: A parte final do texto, a que está entre parêntesis, é um extracto de um poema de Alberto Caeiro, como sabemos, um dos pseudónimos do grande Fernando Pessoa.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Tempo de pensar

Enquanto não vem por aí mais poeira eleitoral, algo há a questionar sobre desígnios, propósitos, promessas e, claro está, sobre ameaças que nos foram feitas. Peguemos, então, nalgumas:

Apesar dos milhares de euros que foram gastos nas Colectividades da Terra, temos alguma sala com condições para Teatro?

Apesar da demagogia e do dinheiro gasto em “campitos”, temos algum Centro Desportivo com o mínimo de condições para a prática desportiva dos jovens da nossa Terra?

Apesar do dinheiro gasto em instrumentos musicais, temos alguma Escola de Música onde se possa aprender música na nossa Terra?

Apesar das promessas renovadas, temos o problema das barracas resolvido no “portinho da gala”?
Apesar de termos um portinho que custou uma fortuna, temos navegabildade no canal que lhe dá acesso?

Nota: Promessa há: "As instalações terrestres de apoio aos pescadores do Portinho da Gala deverão começar a ser construídas durante o ano de 2008, já que em PIDDAC estão inscritos 400 mil euros para a obra."

Apesar dos custos (até em vidas humanas) que já pagámos, temos a Nova Ponte dos Arcos a abrir ao trânsito para breve?

Apesar das promessas feitas quando derrubaram o Pavilhão que havia na antiga fábrica Sidney, e que poderia ter sido aproveitado, temos alguma perspectiva da edificação de um gimnodesportivo na nossa Terra?

A prometida piscina vem, ou não vem?

Estas e outras questões, têm a ver, quer com as necessidades do dia à dia dos covagalenses, quer com a qualidade de vida do seu futuro.
Por outro lado, quem ganha eleições na nossa Terra e governa há 14 anos, até porque tem amigos poderosos na autarquia figueirense – daí o seu apoio público e incondicional nas últimas autárquicas - tem de ter uma ética de responsabilidade.
Para com quem?
Para com todos os covagalenses, em geral.
Para com os eleitores, em especial.

Para com as promessas eleitorais, em particular.