Confesso-me muito preocupado com o assunto. Certamente que o actual presidente da câmara também está muito preocupado. Tal como o presidente da Assembleia Municipal. E o anterior presidente da câmara, agora primeira figura da oposição. E o único vereador PSD da oposição. Tal como os presidentes de junta de Buarcos e São Julião, São Pedro, Lavos e Marinha das Ondas. Tal como as populações, sobretudo, as do sul do concelho.
Todos andamos preocupados há muitos anos.
Mais tarde ou mais cedo, espero mais cedo que tarde, o problema terá de ser resolvido.
Por este andar, porém, ainda teremos que pôr o concelho e o país a funcionar como deve ser para ultrapassar esta situação.
Há mais de 40 anos que o areal da praia da Figueira é um problema.
Todos andamos preocupados há muitos anos.
Mais tarde ou mais cedo, espero mais cedo que tarde, o problema terá de ser resolvido.
Por este andar, porém, ainda teremos que pôr o concelho e o país a funcionar como deve ser para ultrapassar esta situação.
Há mais de 40 anos que o areal da praia da Figueira é um problema.
O que fazer a tanta areia e a tanto espaço?
A meu ver, a solução mais sensata e mais adequada, passa por “aproveitar” a areia, colocando-a no sítio onde deveria estar - margem esquerda do estuário do Mondego.
Essas cenas da “requalificação” ou do “ordenamento”, não passam de modernices inconsequentes e ineficazes, como está mais do que provado com a passagem de todos estes anos em que o problema em vez de ser resolvido se agravou.
Via blogue quinto poder, recordemos.
«Em 1981, a equipa do Arqº Alberto Pessoa, com quem a Câmara Municipal mantinha uma permanente e frutuosa avença de assistência, elaborou um primeiro estudo. Mais não era do que um sintético documento orientador geral de futuras acções, apresentado na forma de duas a três plantas cobrindo todo o espaço, então menos extenso do que o actual. Por isso se designava pelo também singelo nome de “Programa-base”. Chegou a merecer apreciação em Assembleia Municipal, mas depois veio a “morrer na praia”.
Oito anos depois, foi a vez da Sociedade Figueira Praia encomendar um plano à equipa dos arquitectos Pereira da Silva e Alberto Pessoa-filho. Ignoro qual foi o destino da encomenda ou do plano que porventura haja sido elaborado.
Decorreram mais três a quatro anos e, por iniciativa da Câmara Municipal de então, surgiu um “plano geral do areal da praia”, desta feita da autoria do GITAP, que penso que seria um gabinete de consultores e especialistas.
Logo nos primeiros meses do seu primeiro mandato, Santana Lopes decidiu-se pela implantação do conhecido Oásis, junto à Ponte do Galante. Na sua versão inicial, o projecto previa árvores, esplanadas, palcos, campos desportivos, um lago de água doce. Incluía também um mirabolante circuito de um pequeno comboio (imagino que sobre carris…) que ia pela parte poente do areal, desde o “parque das gaivotas” até junto ao prédio J. Pimenta, em Buarcos, voltando para sul junto ao paredão da marginal.
Reconheço ter então achado o Oásis uma boa ideia. Todavia, encarei-o sobretudo como uma espécie de protótipo ou de amostra do que deveria e poderia ser feito, gradualmente e em sistemático esforço, em todo o areal. Não seria bem essa a ideia de Santana Lopes, mais interessado em rapidamente exibir obra, ainda que efémera, que tivesse efeitos mais imediatos na sua imagem de autarca, já com vista a outros mais altos voos.
Por isso, as palmeiras com que decorou o Oásis foram para lá transplantadas muito crescidas.
A meu ver, a solução mais sensata e mais adequada, passa por “aproveitar” a areia, colocando-a no sítio onde deveria estar - margem esquerda do estuário do Mondego.
Essas cenas da “requalificação” ou do “ordenamento”, não passam de modernices inconsequentes e ineficazes, como está mais do que provado com a passagem de todos estes anos em que o problema em vez de ser resolvido se agravou.
Via blogue quinto poder, recordemos.
«Em 1981, a equipa do Arqº Alberto Pessoa, com quem a Câmara Municipal mantinha uma permanente e frutuosa avença de assistência, elaborou um primeiro estudo. Mais não era do que um sintético documento orientador geral de futuras acções, apresentado na forma de duas a três plantas cobrindo todo o espaço, então menos extenso do que o actual. Por isso se designava pelo também singelo nome de “Programa-base”. Chegou a merecer apreciação em Assembleia Municipal, mas depois veio a “morrer na praia”.
Oito anos depois, foi a vez da Sociedade Figueira Praia encomendar um plano à equipa dos arquitectos Pereira da Silva e Alberto Pessoa-filho. Ignoro qual foi o destino da encomenda ou do plano que porventura haja sido elaborado.
Decorreram mais três a quatro anos e, por iniciativa da Câmara Municipal de então, surgiu um “plano geral do areal da praia”, desta feita da autoria do GITAP, que penso que seria um gabinete de consultores e especialistas.
Logo nos primeiros meses do seu primeiro mandato, Santana Lopes decidiu-se pela implantação do conhecido Oásis, junto à Ponte do Galante. Na sua versão inicial, o projecto previa árvores, esplanadas, palcos, campos desportivos, um lago de água doce. Incluía também um mirabolante circuito de um pequeno comboio (imagino que sobre carris…) que ia pela parte poente do areal, desde o “parque das gaivotas” até junto ao prédio J. Pimenta, em Buarcos, voltando para sul junto ao paredão da marginal.
Reconheço ter então achado o Oásis uma boa ideia. Todavia, encarei-o sobretudo como uma espécie de protótipo ou de amostra do que deveria e poderia ser feito, gradualmente e em sistemático esforço, em todo o areal. Não seria bem essa a ideia de Santana Lopes, mais interessado em rapidamente exibir obra, ainda que efémera, que tivesse efeitos mais imediatos na sua imagem de autarca, já com vista a outros mais altos voos.
Por isso, as palmeiras com que decorou o Oásis foram para lá transplantadas muito crescidas.
Há 10 anos, em Abril de 2012, a CMFF lançou um concurso de ideias, a que chamou “concurso público de concepção”, destinadas a orientar uma solução urbanística para o vastíssimo areal da Figueira, a que chamou “requalificação”. Veio acompanhado por uma vasta lista de requisitos quanto às “tipologias de intervenção”, sob a forma de belos e sugestivos termos do jargão da arte.»
Em janeiro de 2016, o executivo socialista fez o anúncio de uma obra “milagrosa”.
Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos 2 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Quem por lá passa hoje vê uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, paliçadas caídas, postes delimitadores em madeira tombados, quase vegetação e árvores mortas.
Em 6 de Janeiro de 2020, há mais de 2 anos, o vereador do PSD solicitou um relatório sobre o estado actual em que se encontra a praia e se está de acordo com o projeto elaborado. Alguém sabe se essa iniciativa, na altura muito badalada na comunicação social, teve alguma consequência?
O problema mantem-se: a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. O extenso areal da Praia da Figueira continua a ser um problema, quando poderia contribuir para a solução global das praias e da orla marítima do sul do concelho.
Temos de continuar a ser optimistas. Mas, igualmente, realistas.
Alguém sabe alguma coisa do bypass?
Mesmo que a construção do bypass estivesse concluída amanhã, só dentro de cinco anos São Pedro de Moel poderia recuperar o seu areal, exemplifica Filipe Duarte Santos, investigador e geofísico, a propósito do sistema fixo de transferência de areias a construir na Figueira da Foz, obra que o ministro do Ambiente disse recentemente que é para fazer avançar.
O anterior ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, em Setembro de 2021, em véspera das eleições autárquicas de Outubro passado, assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass) era a mais indicada e que seria concretizada.
A decisão aconteceu após a análise do estudo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que apresenta quatro soluções distintas de transposição de areias. Destas, notou o governante, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
Recorde-se que, com o prolongamento do molhe na Figueira da Foz, obra inaugurada em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com a destruição da duna de protecção costeira a fazer sentir-se em vários locais. O problema estendeu-se pelo distrito de Leiria, até à Nazaré.
Para Filipe Duarte Santos, a construção do bypass “é uma iniciativa positiva”, que está em linha com o que preconizou o Grupo de Trabalho para o Litoral num relatório de 2014, que o próprio investigador coordenou.
“Estou satisfeito, é a melhor solução, vai beneficiar todas as praias a sul”.
Vamos a ela?...
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