"Em 1966, a 30 de outubro, foram inaugurados os 2 molhes, com um custo de 70.000 contos. Após a construção destes molhes, a praia cresceu progressivamente, em resultado das areias provenientes da zona costeira a norte do cabo Mondego. Em contrapartida, a sul da foz do Mondego, o mar avançou perigosamente." (Foto e legenda via Fernando Curado) |
Saraiva Santos, 2015, in "A indústria da pasta de celulose na história da Figueira"
Em março de 1962, o chefe da repartição técnica da CMFF, engenheiro José Redondo escreveu num parecer sobre o plano de urbanização do engenheiro Almeida Garrett:
(...) " manter-se-á a praia nas condições próximas das presentes, de tal modo que a avenida possa continuar a ser, de facto, uma avenida marginal?
Crescerá a praia de tal modo que venhamos a ter, até ao mar, um areal imenso, desértico, incómodo e impróprio para veraneio, perdendo assim a Figueira o seu principal motivo de atração?
(...) virão as obras do porto proporcionar, realmente, o surto de progresso em que a cidade, há mais de um século almeja ?
Ou serão, pelo contrário, essas obras motivo de um retrocesso de atividades, pela perda da riqueza que a praia vem, desde há muitos anos, proporcionando?
(...) Porque não se julgue que será alguma vez viável estar a pensar numa marginal já com o distanciamento do atual, para ter em conta o assoreamento que as obras exteriores do porto venham a provocar.
(...) A Figueira não pode estar a cada dois ou três decenios a mudar umas tantas dezenas de metros a sua avenida marginal e o respectivo equipamento. (...) Se em 20 anos, como afirma o LNEC, a praia vai crescer 400 ou 500 metros, como pode a Figueira pensar noutra avenida que acompanhe essa progressão para o mar".
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