"Não há dúvida que a imagem da Figueira da Foz de outrora se fixou no nosso consciente e inconsciente (histórico) da cidade.
Do passado, ficou-nos a praia limpa de areia fina junto ao Relógio com as suas ondas frias de mar salgado.
Os chapéus de lona com saia de riscas dispostos cuidadosamente em filas paralelas, onde todos os anos em Agosto se reviam famílias.
Os barcos de pesca presos por cabos na margem do rio, apreciados do gradeamento de ferro.
Os chapéus e as cadeiras de lona do Turismo perto da esplanada.
Os giros em círculo nas bicicletas infantis alugadas no passeio do grande hotel.
A piscina praia de água salgada pertença da Estalagem, ponto de encontro animado quando não se descia ao areal, e a animação natural do Bairro Novo, especialmente à noite, fazendo “piscinas” no picadeiro e observando o desfile de modelos de bom gosto das gentes que iam bailar ao “Grande Casino Peninsular”.
As pessoas que vinham de férias partiam, e o regresso no ano seguinte era certo.
Muitos desses turistas habituais deixavam antecipadamente a casa de Agosto alugada e a previsibilidade e o conhecido eram o que parecia atrai-los.
Sabiam para o que vinham.
Descansavam e gostavam, divulgando a Figueira da Foz como Rainha das Praias de Portugal.
O tempo foi passando e a Figueira da Foz perdeu a sua identidade.
A imprevisibilidade, o fortuito, o acaso, as medidas avulso transfiguraram a Figueira da Foz.
Primeiro, as “negociatas” imobiliárias entre empreiteiros e autarquia.
Depois, a transformação da cidade em percurso animado de festas pimba, jovens bebedeiras , comes e bebes e barulho insuportável em zonas mudadas para esse fim, dantes locais aprazíveis de descanso e contemplação da bela Foz do rio.
Agora, desde 2009, estes autarcas habilitados já com o décimo ano de praia, surgem com múltiplas peripécias de animação do povinho, e muitas obras sem nexo, deixando a cidade irreconhecível em determinados locais.
Na praia, criaram verdete e dispuseram umas horríveis mesas de piquenique sem sombra junto a um wc, caro e de mau gosto. As infraestruturas de lazer que têm sido implementadas no areal são de material perecível e vão degradar-se. Muitos dos residentes contribuintes, quando criticam e esperam melhor, são desprezados, mas alguns resistem e recusam projectos caros, mal concebidos, para turista de fim-de-semana e de ocasião usufruir, assando dentro das viaturas no pára arranca.
A imprevisibilidade experimentada nestes últimos 10 anos de viagem autárquica não prova - (antes pelo contrário) - o desenvolvimento económico-social da cidade.
Há desleixo, ponto!
Do passado, ficou-nos a praia limpa de areia fina junto ao Relógio com as suas ondas frias de mar salgado.
Os chapéus de lona com saia de riscas dispostos cuidadosamente em filas paralelas, onde todos os anos em Agosto se reviam famílias.
Os barcos de pesca presos por cabos na margem do rio, apreciados do gradeamento de ferro.
Os chapéus e as cadeiras de lona do Turismo perto da esplanada.
Os giros em círculo nas bicicletas infantis alugadas no passeio do grande hotel.
A piscina praia de água salgada pertença da Estalagem, ponto de encontro animado quando não se descia ao areal, e a animação natural do Bairro Novo, especialmente à noite, fazendo “piscinas” no picadeiro e observando o desfile de modelos de bom gosto das gentes que iam bailar ao “Grande Casino Peninsular”.
As pessoas que vinham de férias partiam, e o regresso no ano seguinte era certo.
Muitos desses turistas habituais deixavam antecipadamente a casa de Agosto alugada e a previsibilidade e o conhecido eram o que parecia atrai-los.
Sabiam para o que vinham.
Descansavam e gostavam, divulgando a Figueira da Foz como Rainha das Praias de Portugal.
O tempo foi passando e a Figueira da Foz perdeu a sua identidade.
A imprevisibilidade, o fortuito, o acaso, as medidas avulso transfiguraram a Figueira da Foz.
Primeiro, as “negociatas” imobiliárias entre empreiteiros e autarquia.
Depois, a transformação da cidade em percurso animado de festas pimba, jovens bebedeiras , comes e bebes e barulho insuportável em zonas mudadas para esse fim, dantes locais aprazíveis de descanso e contemplação da bela Foz do rio.
Agora, desde 2009, estes autarcas habilitados já com o décimo ano de praia, surgem com múltiplas peripécias de animação do povinho, e muitas obras sem nexo, deixando a cidade irreconhecível em determinados locais.
Na praia, criaram verdete e dispuseram umas horríveis mesas de piquenique sem sombra junto a um wc, caro e de mau gosto. As infraestruturas de lazer que têm sido implementadas no areal são de material perecível e vão degradar-se. Muitos dos residentes contribuintes, quando criticam e esperam melhor, são desprezados, mas alguns resistem e recusam projectos caros, mal concebidos, para turista de fim-de-semana e de ocasião usufruir, assando dentro das viaturas no pára arranca.
A imprevisibilidade experimentada nestes últimos 10 anos de viagem autárquica não prova - (antes pelo contrário) - o desenvolvimento económico-social da cidade.
Há desleixo, ponto!
Há falta de gosto, (re) ponto!
Sabemos que o futuro a “Deus pertence” e logo se verá, mas será que este presente pode ser fruto apenas de sucessivos acasos, dependentes de verbas emprestadas?
Não.
Aqui na Figueira da Foz não há heróis.
Há cobardia e alguma arrogância porque o próprio poder “vomita” pressões e tece comentários depreciativos para silenciar os críticos!
Não me parece que a maioria dos figueirenses que amam a sua terra e fotografam o que não pode ser estragado (mar e foz do rio) sejam tão estúpidos que continuem a proteger estes “camaradas” do PS.
Aquela foto do rei da cidade, na varanda com os reis de Carnaval, mostra aquilo que se oferece na terra."
O título, é da responsabilidade do autor deste blogue. O texto é de Isabel Maria Coimbra (de 2017 com pequenas adaptações a 2019). A foto é de Pedro Agostinho Cruz, via DIÁRIO AS BEIRAS.
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