Das poucas certezas que tenho na vida, é que gosto de todas as árvores.
Contudo, a minha paixão é os pinheiros.
E a explicação é simples: cresci no meio deles.
Lamentavelmente, também na Gala, o progresso não permitiu que as zonas arborizadas, por outras palavras , a vida natural e a vida domesticada, pudessem existir lado a lado, numa tolerância e numa harmonia mútuas.
Quem não se lembra do chamado "Pinhal do Chula", uma zona verde de excelência que foi dizimada para dar lugar a vivendas e blocos de apartamentos. E do pinhal a sul, que chegava a cerca de 200 metros da casa dos meus pais. Em seu lugar, está lá uma empresa abandonada e uma zona completamente degradada que há-de ser espaço de mais blocos de apartamentos.
Recorde-se, que já esteve prevista a construção de cerca de mil fogos em altura nos 12 mil quadrados onde estão os escombros da antiga Alberto Gaspar.
Neste momento, temos os casos das árvores de Buarcos e da instalação na freguesia da Marinha das Ondas de uma unidade de reciclagem e valorização de produtos orgânicos da BioEnergias...
Vivemos numa Figueira cada vez mais desigual, em que se perdeu a noção de uma certa decência e muita eticidade comportamental.
Parece que não aprendemos nada com a História.
Os políticos figueirenses, até prova em contrário, são pessoas educadas. Só que a educação, é esse o meu receio, consiste em aprender a ver uma coisa, tornando-nos cegos para outras, nomeadamente a percepção.
A característica mais notável da percepção é que ela não provoca nem o consumo nem o desgaste de qualquer recurso.
Promover a percepção é a única parte verdadeiramente criativa da indústria da recreação ao ar livre.
Contudo, a minha paixão é os pinheiros.
E a explicação é simples: cresci no meio deles.
Lamentavelmente, também na Gala, o progresso não permitiu que as zonas arborizadas, por outras palavras , a vida natural e a vida domesticada, pudessem existir lado a lado, numa tolerância e numa harmonia mútuas.
Quem não se lembra do chamado "Pinhal do Chula", uma zona verde de excelência que foi dizimada para dar lugar a vivendas e blocos de apartamentos. E do pinhal a sul, que chegava a cerca de 200 metros da casa dos meus pais. Em seu lugar, está lá uma empresa abandonada e uma zona completamente degradada que há-de ser espaço de mais blocos de apartamentos.
Recorde-se, que já esteve prevista a construção de cerca de mil fogos em altura nos 12 mil quadrados onde estão os escombros da antiga Alberto Gaspar.
Foto sacada daqui |
Vivemos numa Figueira cada vez mais desigual, em que se perdeu a noção de uma certa decência e muita eticidade comportamental.
Parece que não aprendemos nada com a História.
Os políticos figueirenses, até prova em contrário, são pessoas educadas. Só que a educação, é esse o meu receio, consiste em aprender a ver uma coisa, tornando-nos cegos para outras, nomeadamente a percepção.
A característica mais notável da percepção é que ela não provoca nem o consumo nem o desgaste de qualquer recurso.
Promover a percepção é a única parte verdadeiramente criativa da indústria da recreação ao ar livre.
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