Via AS BEIRAS:
"Cada vez que o mar se revolta, os residentes de São Pedro e da Leirosa temem o pior. As últimas agitações marítimas têm danificado as frágeis barreiras que se interpõem entre o Atlântico e as localidades, com a água a aproximar-se perigosamente das zonas residenciais: os cordões dunares já não são suficientemente resistentes para fazerem frente à força das ondas, que até pedras de grande porte arrastam para a via pública.
A Praia da Cova, o Cabedelo e a Leirosa são as zonas mais fustigadas, mas a Tamargueira e a Costa de Lavos também têm sido afetadas pelo avanço do mar.
«Há necessidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) criar um enrocamento para proteger a Praia da Cova, o que nos deixaria mais descansados nos próximos anos», defendeu António Salgueiro, presidente da Junta de São Pedro. «Está prevista uma intervenção, desde o quinto molhe até à Costa de Lavos», acrescentou o autarca da margem sul da cidade. «O nosso receio é que o mar atinja as habitações», disse ainda ao jornal António Sagueiro."
Este espaço começou, quase há 11 anos, com poucas dezenas de leitores diários.
A coisa foi crescendo. No tempo que passa, tem dias em que ultrapassa as 5 000 visualizações.
A média mensal, neste momento, está próxima das 100 000.
Isto não aconteceu por acaso. Contra tudo e contra o oportunismo dos políticos com responsabilidades políticas na Aldeia e na cidade, sempre focámos a verdade e a realidade.
Para OUTRA MARGEM, a protecção da Orla Costeira Portuguesa foi sempre uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assumiu, desde sempre, aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental. Logo em 11 de Dezembro de 2006, alertámos para o estado em que se encontrava a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Fomos acusados de tudo, caluniados, perseguidos, ostracizados, mas nunca nos calámos.
O "elogio" mais simpático que recebemos do poder local foi: "velhos do restelo e profetas da desgraça..."
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... Foi o que aconteceu na Aldeia e os resultados estão à vista. Podia haver falta de verba, mas existiam prioridades... E quem está no poder há mais de 20 anos, ou há mais de sete, tem responsabilidades políticas.
Confesso: conhecia pessoalmente alguns leitores, antes de começar a editar o OUTRA MARGEM.
Via OUTRA MARGEM, já conheci muita gente.
Por exemplo, não é raro estar a fazer compras numa superficie comercial e, alguém que não conheço, vir abordar-me: não é o Agostinho da OUTRA MARGEM?..
Digo que sim... E lá vem o incentivo: carregue neles...
Neste momento, tenho a certeza que não conheço pessoalmente a esmagadora maioria dos leitores deste espaço: não é que tenha interesse especial em saber o trabalho que desempenham, a idade, o estado civil, onde votaram, o dinheiro da conta bancária, a casa onde moram, se para lá morar precisaram de crédito bancário ou dispunham da massa total para a compra, se têm carro, ou andam de transportes públicos, se frequentam igrejas, sinagogas ou mesquitas, se têm 20 ou 90 anos, se são agricultores, pescadores, professores, médicos, recepcionistas, enfermeiros, bancários (banqueiros não acredito...) se são homens ou mulheres, se comem mais peixe ou carne, se gostam de sopa, vegetais e fruta, se bebem mais leite, mais água ou mais vinho, se viajam, ou se não gostam de viajar, se gostam de ler, ou se gostam mais de futebol, etc...
A única coisa que presumo é que as circunstâncias de quem me lê, são as minhas...
E, como sabemos, em igualdade de circunstâncias, é mais feliz quem gosta de sorrir.
Tristezas não pagam dívidas e as pessoas querem é ultrapassar os problemas que as afligem.
Por isso, é que gosto de distribuir por aqui sorrisos...
Não há quem não sorria a um sorriso!
E sabem uma coisa?
Custa tão pouquinho!
Do alto da Serra da Boa Viagem, olhando para sul, tudo avistamos...
Contudo, quando estamos na praia da Cova, e olhamos para norte, sentimo-nos frágeis e pequenos...
Todavia, somos a mesma pessoa: apenas a perspectiva é que mudou.
Nada mais.
Não nos iludamos. Nem com a nossa pequenez. Nem com a nossa importância.
Ambas, são adjectivas ao substantivo que somos.
As circunstâncias exteriores é que se modificaram!
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