"Aprígio Santos construiu um império imobiliário à custa do crédito concedido por BCP e BPN. Hoje é um dos maiores devedores à Banca, com mais de 600 milhões de euros por pagar. Casas e terrenos estavam concentrados na sociedade Imoholding, gerida até junho deste ano, pelos filhos do empresário que se fartaram agora dos expedientes do pai...
... Aprígio continua a passar pelos pingos da chuva. Enamorado por uma personagem do ‘jet set’ nacional, e a recuperar de um recente internamento hospitalar, tenta rentabilizar o mais possível os imóveis do fundo. Como ainda é presidente do Naval 1º de Maio (cuja SAD foi declarada insolvente já este ano), conseguiu que um armazém que detém na Figueira da Foz, e que faz parte do fundo, servisse de abrigo para que os jogadores do clube tivessem onde dormir. Quem já não esconde a revolta por toda esta situação é a família do empresário. Despojada do património, que filhos e genro tentaram defender até ao fim e pelo qual responderam muitas vezes em tribunal, querem construir um futuro diferente, apesar do nome que carregam."
Miguel Alexandre Ganhão
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Viveram todos à custa do crédito fácil.
Esbanjaram em negócios duvidosos, e agora querem limpar a cara??
São todos iguais, não valem um tusto !
Porque é que não fizeram um futuro diferente quando o pai tinha muito dinheiro? Pois, o nome do pai agora já não lhes interessa...
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