"A organização promete corrigir alguns aspectos que mereceram críticas nas edições anteriores - o habitual longo atraso do início dos desfiles e a decoração dos carros.
Porém, explicou o presidente da direcção, a caracterização das viaturas custa, no mínimo, três mil euros e os participantes recebem “apenas” 500 euros.
Por falar em dinheiro, Saúl reina por quatro mil euros. A organização conta com 51.500 euros da Câmara da Figueira da Foz (mais apoio logístico, estimado em 16 mil euros), receitas das entradas (dois euros no desfile nocturno de sábado e três euros no domingo e na terça-feira), patrocinadores, exploração publicitária e venda ambulante no recinto.
O Carnaval deverá custar 90 mil euros. Os reis são vestidos pela criadora figueirense Lúcia Fonseca."
- Via AS BEIRAS.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
51.500 euros que deviam ser canalizados para situações de maior necessidade.
Desde o 1º Carnaval, e já lão vão alguns anos e bons, que digo a mesma coisa.
Bem haja quem assim também raciocina.
Cumprimentos
JM
Fazia de rei por nada e servia melhor o público que a personagem contratada.
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