António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Reconhecer o erro
Quando duas pessoas chocam acidentalmente, duas atitudes podem ser tomadas.
Ou se pede desculpa e sorrimos...
Ou, por outro lado, não sabemos lidar com o problema e metemos os pés pelas mãos...
São duas atitudes diferentes perante um acontecimento que, objectivamente, não é culpa dos envolvidos.
Sabemos que há quem se culpe a si e há quem culpe os outros.
Sabemos, também, que há quem seja naturalmente educado, empático e correcto e quem seja naturalmente mal educado, bruto e hostil com os outros.
Sabemos, que há quem considere que quem pede desculpa mostra sinais de fraqueza.
Sabemos, também, que quem não pede desculpa, pensa que mostra sinais de liderança e domínio.
Todos sabemos muita coisa.
Eu prefiro viver numa Aldeia em que as pessoas acabam por reconhecer o erro, do que viver numa Aldeia em que duas pessoas se zangam e hostilizam por causa de uma coisa que, objectivamente, não é culpa delas...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário