Sinceramente, dado que estou de férias, poderia perfeitamente ter ido ouvir “este especialista em partir loiça”, mas não fui, pois “angústia e depressão, já tenho quanto baste. Se tivesse ido ao Casino, ainda era capaz de vir de lá pior… Portanto, não arrisquei.
Pese embora algum exagero que o seu discurso porventura possa conter (mas, se não fosse assim, se calhar ninguém lhe prestava atenção), comungo com Medina Carreira muitas das suas preocupações.
No fundo, o seu discurso denuncia a construção de um país em que o mérito e a competência raramente contam para coisa alguma.
Tal qual como o Carlos Narciso, não esqueço que “Medina, também fez carreira à conta da política (militou no PS, foi ministro, apoiou Cavaco Silva na candidatura presidencial de 2006)”.
Tal qual como o Carlos Narciso “por vezes, acho-o excessivo, injusto e parcial. Como, por exemplo, agora quando veio dizer que tudo está mal no sistema de ensino português, que os miúdos saem das escolas sem saber ler nem escrever e, portanto, não têm futuro: “o que é que se vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga”.
Ora, se como escrevi atrás, comungo com Medina Carreira muitas das suas preocupações, aqui, tal qual o Carlos Narciso, também penso que “está enganado… até porque muitos dos patrões que ele agora defende preferem mesmo a tal “tropa-fandanga” que sai da escola sem saber ler nem escrever… apenas porque são baratos e submissos, qualidades que o patronato valoriza em detrimento das qualificações profissionais e da experiência com provas dadas.”
Como podem imaginar, tal qual como o Carlos Narciso “sei do que estou a falar”.
Ainda bem que não fui ouvir Medina Carreira.
Não me apetece assumir de vez, "a certeza que Portugal vai continuar a empobrecer e que iremos ter dias ainda mais desastrosos."
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