sábado, 5 de janeiro de 2008

Soneto de Aniversário


Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinicius de Moraes

3 comentários:

Anónimo disse...

Ó Sr Agostinho explique lá, se faz fabor, que a gente não entendeu...Afinal quem é o anibersariante, carago?

Vanessa disse...

Parabéns tio. Que faças muitos mais. Gostei da nossa conversa telefónica de hoje... ;)

Fico a aguardar por mais novidades.

Já comeste o bolo e já bebeste o champanhe?

Beijo grande

Anónimo disse...

Belo soneto à vida, amigo.
Um Abraço de parabens.
JPita.