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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Politiquices de Aldeia....

Um exemplo.
Em 22 de fevereiro de 2021, numa postagem OUTRA MARGEM, publiquei esta postagem.
"Quinto Molhe: deixem-se de politiquices e exijam mas é soluções políticas aos políticos e técnicas aos engenheiros", onde apresentei esta sugestão.
Eu não tinha descoberto nada: apenas deixei uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
«A Junta de São Pedro está a promover um abaixo-assinado em defesa da costa. 
A moção propõe a construção de um quebra-mar paralelo à praia do quinto molhe, na Cova, para afastar o mar das dunas e fazer crescer o areal. 
Ao final da manhã de ontem (dia 26 de fevereiro de 2021), um dia depois de ter sido tornado público, o abaixo-assinado já contava com mais de 200 assinaturas. 
Por outro lado, na próxima segunda-feira, o executivo daquela junta de freguesia da margem sul da Figueira da Foz avançará com uma petição pública na internet sobre o mesmo assunto. 
Os documentos serão enviados à tutela do Ambiente e ao executivo camarário.»

Nota de rodapé.
Há cada coincidência...
A título de curiosidade, recorde-se que 2021 foi ano de eleições autárquicas.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Docentes da Faculdade de Letras de Coimbra criticam demissão de professor russo

Via Diário de Notícias

«Cerca de 60 docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) criticaram, num abaixo-assinado, a forma como o diretor do Centro de Estudos Russos foi demitido e defenderam um processo de averiguações pela reitoria.

Através do documento "Pelo direito ao contraditório e à presunção da inocência", os docentes afirmaram que "foi com perplexidade" que tomaram conhecimento do "despedimento sumário" do diretor do Centro de Estudos Russos, Vladimir Pliassov, sem a realização de um inquérito "que lhe permitisse responder às acusações de que foi alvo".

Vladimir Pliassov foi acusado de "propaganda russa" por dois ativistas ucranianos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença e depois replicado pelo jornal Observador, que alegaram posteriormente, na Rádio Renascença, que o docente russo seria um ex-agente do KGB.

"Independentemente de outros aspetos envolvidos, consideram os/as subscritores/as deste documento que a situação cria um precedente inaceitável, suscetível de comprometer a relação de respeito e confiança entre a Universidade de Coimbra e os/as seus/suas funcionários/as, para além de pôr em causa princípios nucleares de direito e de cidadania", afirmaram os docentes, no abaixo-assinado a que a agência Lusa teve acesso.

O documento foi entregue na quarta-feira à reitoria da Universidade de Coimbra, com uma cópia endereçada também ao diretor da Faculdade de Letras.

Os docentes consideraram que o processo de despedimento, "pela gravidade das imputações em causa, exigiria, no mínimo, um processo de averiguações e uma clarificação por parte da Universidade dos factos que estiveram na base da medida tomada".

"A ausência de tais procedimentos cria um precedente inaceitável e viola o mais elementar direito de o docente ser ouvido e de ter oportunidade de rebater as acusações que lhe foram feitas, em praça pública, sem o mínimo contraditório e respeito pela presunção de inocência".

Entre os subscritores, estão vários diretores de cursos (de licenciatura, mestrado e doutoramento) da FLUC, assim como da subdiretora da Faculdade de Letras, Ana Peixinho, da subdiretora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, Inês Amaral, e da diretora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, Paula Barata Dias.»

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Da série, deixem-se de politiquices e exijam mas é soluções políticas aos políticos e técnicas aos engenheiros para os problemas de erosão costeira a sul do estuário do Mondego

Via Diário as Beiras, edição de hoje:
«A Junta de São Pedro está a promover um abaixo-assinado em defesa da costa. 
A moção propõe a construção de um quebra-mar paralelo à praia do quinto molhe, na Cova, para afastar o mar das dunas e fazer crescer o areal. 
Ao final da manhã de ontem (dia 26 de fevereiro de 2021), um dia depois de ter sido tornado público, o abaixo-assinado já contava com mais de 200 assinaturas. 
Por outro lado, na próxima segunda-feira, o executivo daquela junta de freguesia da margem sul da Figueira da Foz avançará com uma petição pública na internet sobre o mesmo assunto. 
Os documentos serão enviados à tutela do Ambiente e ao executivo camarário.»

No passado dia 22 de fevereiro de 2021, no OUTRA MARGEM, deixámos a seguinte postagem: 
Como andamos para aqui a alertar há quase 15 anos, o problema é sério e não se compadece com politiquices. Venham de onde vierem. Basta de demagogia política, venham soluções.
Deixo uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
Na passada quinta- feira, via Diário de Coimbra, lemos a seguinte notícia:
Espero que isto sejam contributos sérios para a resolução de um problema que já atormenta as populações do sul do concelho da Figueirada Foz, há demasiados anos.
Não quero, sequer, colocar a hipóteses destas movimentações aconteceram em 2021 por ser ano de eleições autárquicas. Para demagogia e propaganda política, chega o que chega. Basta.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A situação é clara: os interesses querem abocanhar o Cabedelo

A ganância, a falta de visão e bom-senso, a que se junta a displicência de quem manda, acabam sempre mal. 
O pior é que, depois da “festa”, sobrarão os “restos”: vastas áreas degradadas, inestéticas, desocupadas
O litoral português, logo a sul do Mondego, na jóia chamada Cabedelo, apresenta ainda um extraordinário conjunto de valores naturais e em bruto, que tornam este naco de território figueirense apetitoso para os interesses imobiliários.

O argumento é o de sempre: ou o dinheiro é gasto agora e já, ou vai para outro lado.
Neste caso do Cabedelo, o argumento é falso. Basta olhar mais para sul e vê-se a olho nu que havia tanto sítio para gastar os 2 milhões e picos que vão ser gastos para a requalificação e protecção do estado avançado de erosão decorrente do embate das ondas do mar mais para sul: por exemplo, depois do quinto molhe.

Na edição de hoje do jornal AS Beiras, pode ler-se que a "Junta de São Pedro recebeu várias manifestações de interesse para a instalação de um hostel e bangalôs no espaço do campismo... "
Para quem afirma que o Cabedelo vai ser devolvido à Cova e Gala, para começo de conversa, não está nada mal.

Em toda a costa figueirense, apenas uma pequena parte se mantinha razoavelmente incólume à pressão e especulação urbanísticas induzidas pelo turismo. 
Refiro-me, à faixa litoral a sul do Mondego, entre o Cabedelo e o Campo de futebol.
É ainda possível por aí fazer férias em comunhão com a Natureza e frequentar boas praias, sem os inconvenientes das urbanizações selvagens. 
Por conhecermos o triste destino da restante costa figueirense, devemos manter-nos atentos e vigilantes. 
Recordo que o Cabedelo nunca teve Bandeira Azul.  E bem. É o único pedaço de Paraíso imaculado  da costa figueirense  que ainda nos resta.

O que está a acontecer, não é nada de novo:  a vontade de muitos autarcas continua a ir no sentido da expansão urbana, normalmente sob a forma de empreendimentos de qualidade duvidosa. 
Desta vez saiu na rifa o Cabedelo. Sob a capa de um plano de requalificação da zona, está já mais do que claro que o que está na calha, para seguir dentro de momentos, é uma cedência aos interesses imobiliários, com a conivência da Câmara Municipal da Figueira da Foz e da Junta de Freguesia de S. Pedro.

Entretanto, está  convocada uma manifestação, através do Facebook, contra o desmantelamento do parque de campismo e em defesa do Cabedelo.
O evento está marcado para o próximo dia 20, pelas 14H00, em frente à câmara. 
Neste momento estão a ser recolhidas assinaturas num um abaixo-assinado que defende a manutenção do campismo no Cabedelo. 
Sabe-se que se têm realizado  reuniões  entre a câmara, a administração do porto e a FPC, e que o equipamento deverá continuar a funcionar enquanto não interferir com as obras, que deverão começar no primeiro trimestre de 2018. 
Mas, até lá, muita água vai correr, Mondego abaixo, até ao Cabedelo.

Na assembleia municipal, a CDU opôs-se ao fim do campismo no Cabedelo. 
“Somos contra que desapareça dali aquela estrutura, pelos campistas e pelos postos de trabalho”, esclareceu ao jornal AS BEIRAS a deputada Silvina Queiroz. 
Por seu turno, Teotónio Cavaco, do PSD, criticou a “firmeza da posição contra o parque de campismo (dos presidentes da câmara e da Junta de São Pedro, João Ataíde e António Salgueiro, respetivamente)”
Cristopher Oliveira, do BE, disse que o assunto ainda não foi debatido no partido
A maioria socialista, defendeu Nuno Melo Biscaia, está “em consonância com o executivo camarário”, que defende o fim do campismo numa zona que considera nobre e deve ser utilizada para valorizar o surf e fruição pública.

Veio hoje também a lume, via jornal AS BEIRAS, que "a FPC está de olhos postos no parque de campismo da Praia de Quiaios, que pertence à Junta de Quiaios, para continuar a operar no concelho da Figueira da Foz."
O presidente da estrutura federativa admitiu ao mesmo jornal que há “intenção de explorar aquele equipamento”
Todavia, João Queiroz ressalvou que ainda não falou com a presidente da junta, Fernanda Lorigo. 
“Estou disponível para me reunir com a FPC, mas sem qualquer expetativa de decisão”, avançou Fernanda Lorigo. 
O vereador Carlos Monteiro, por seu lado, afirmou: “Esse é um assunto que diz inteiramente respeito à presidente da junta, ao executivo da junta e, eventualmente, à assembleia de freguesia”. 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Seiça, um convento que continua abandonado...

Propaganda, é o que continua a  preocupar os "nossos" autarcas...

Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. 
Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes, sobre o Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado....
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados todos estes anos, "o que há de novo?"
Uma notícia publicada no jornal AS BEIRAS, edição de hoje, dá conta que o "Convento de Seiça já tem anteprojeto para preservação".

O projeto prévio, segundo o jornal,  para a preservação das ruínas do convento de Santa Maria de Seiça foi recentemente apresentado, no salão nobre dos paços do concelho da Figueira da Foz, ao executivo camarário e à associação SMS (criada para defender e promover aquele imóvel histórico). A sessão também contou com a participação do presidente da Junta do Paião, Paulo Pinto. 
Elaborado pelo Atelier 15 Arquitetura, do Porto, o anteprojeto enfoca a dimensão e a riqueza arquitetónica da igreja do convento, que tinha uma “escala brutal”. O gabinete de arquitetos propõe preservar o que resta do local de culto, assinalando no terreno a sua dimensão original, ao mesmo tempo que advoga a atribuição de uma classificação ao imóvel. Para o efeito, terá de ser removida a vegetação que cresce há décadas nas ruínas do convento e de se estancar as infiltrações de água.
O referido ateliê de arquitetura propõe duas fases para a preservação do convento e antigo centro de estudos teológicos, que terá sido construído antes da nacionalidade portuguesa, pela Ordem de Cister. 
A primeira etapa contempla a limpeza e a consolidação das ruínas da igreja. A segunda, tem por missão consolidar todo o edifi cado e o restauro (possível) de dois pisos.
Por sua vez, de acordo com a proposta do Atelier 15 Arquitetura, a antiga fábrica de descasque de arroz é para ser demolida. Se, por um lado, a antiga unidade industrial não tem valor arquitetónico, por outro, desempenhou uma acção destruidora do convento, explicaram os autores do anteprojeto. 
No entanto, para memória futura, ficará o testemunho da chaminé. 
João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, quis saber quanto é que vai custar a preservação das ruínas do convento, mas não obteve resposta
O ateliê, contudo, ficou de avançar as previsões orçamentais dentro de um mês. Entretanto, alertaram que, em obras como aquela, nunca se sabe o que se vai encontrar, pelo que a margem de erro remete para meras estimativas. 
A empreitada, conforme se pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, tem cabimento num programa de fundos europeus

No fundo, sobre este assunto, a 9 dias da realização das autárquicas de 2017, continua a resumir-se tudo a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto sobre a preservação  do que resta do Convento de Seiça: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Isto não é a melhor forma de concluir ou começar um ano: isto é uma vergonha num País Europeu

Foto via Diário as Beiras
Em Outubro de 2006, apesar da luta corporizada num abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, uma grande manifestação em Maio, e outras iniciativas, não foi possível evitar o que um governo do Partido Socialista já tinha determinado. O bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006

E assim se mantém. Normalizou-se.
Mais uma vez, com as habituais dificuldades logísticas e técnicas tudo acabou por correr bem tanto para o bebé como para a mãe que, depois, foram transportados em segurança para a maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.
Temos  uma capacidade brutal "pró desenrascanço".
Oxalá que não, mas isto um dia vai acabar mal...

Se, em 2006,  todas as maternidades com menos de 1500 partos constituíam um risco para a saúde pública, em 2024, esta ideia deverá ser levada até às suas últimas consequências:
1. os partos em casa e nas ambulâncias têm de ser proibidos;
2. todas as clínicas privadas com menos de 1500 partos/ano também têm de ser encerradas.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Propaganda, é o que mais preocupa os "nossos" autarcas...

Dr. Manuel Carraco, António Augusto Menano, Drª Isabel Sousa, Dr. José Martins, Dr. António Cabete, Arquiteto António Carlos Albuquerque, Eurico Silva e Maria Rosa Anttonen
Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado...
Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes.
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados mais de sete anos, "o que há de novo?"
O arquitecto António Carlos Albuquerque transmitiu que o Sr. Presidente da CMFF autorizou a abertura de concurso público para apresentação de propostas para a reabilitação do Convento de Seiça e que a ordem dos Arquitectos tinha aberto no dia 4 de Dezembro o encontro de apresentação de uma candidatura à Ordem do Arquitectos no Convento de Seiça...

Actualização da postagem às 11 e 27 minutos.
Por ter tido conhecimento da posição do arquitecto António Carlos Albuquerque, neste momento, sobre este assunto, passo a publicá-la, com a devida vénia.
"Relativamente a este post cumpre-me esclarecer algumas situações:
O meu nome é António Carlos Albuquerque e sou Engenheiro Civil;
O que afirmei na Tertúlia relativamente ao Dossier do Mosteiro de Seiça foi a Vontade expressa do Senhor Presidente Dr João Ataíde em acelerar o processo com a decisão de mandar efectuar a consulta externa para a Execução do Projecto de Intervenção no Mosteiro de Seiça, de forma a que o Município esteja preparado para aceder a qualquer mecanismo de financiamento que venha a ser permitido no âmbito do Quadro Comunitário ou outro.
Entendo perfeitamente a renovada esperança que esta atitude revela, mas corresponde apenas a isso: vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente. 
Gostei imenso da Tertúlia onde mais uma vez aprendi muito sobre Seiça e o seu Mosteiro e estes esclarecimentos têm tão só a intenção de precisar os termos e o momento em que o Processo se encontra!!! Um Obrigado especial à Associação por me ter convidado e reafirmar o elevado interesse e compromisso de toda a Câmara Municipal no Mosteiro de Santa Maria de Seiça!!!"

Resumindo.
No fundo, a boa nova dada por um técnico municipal, resume-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Prometo não criar mais Cristos, pois "sem dar por ela", estaria a sacrificar árvores que seriam precisas para construir mais cruzes...

"...tal como é exigido pela comunidade junto do politico (tradicional), também o activista deve ser firme e coerente no seu discurso e acompanhá-lo até ao fim, sofrendo as consequências caso se mostre necessário!
Seja na política tradicional, seja no movimento activista, o descrédito resulta, precisamente, na contradição do discurso ou na falsa promessa.
Assim como é reprovável que um político eleito não assuma aquilo que defendeu no programa eleitoral, também não se afigura aceitável que um activista anuncie uma greve de fome e depois não a cumpra, ou prometa amarrar-se a uma árvore para evitar o seu abate e depois a deixe morrer sozinha, ou identifique-se como autor dum blog dito independente quando o mesmo serve de caixa-de-ressonância duma estrutura político-partidária.
Nada me move contra os movimentos activistas, bem pelo contrário, sempre me mostrei sensível a causas e, se já no longínquo ano de 1997 não pensei duas vezes em subscrever o abaixo-assinado do movimento que defendia a manutenção do Horto e a permanência do corredor verde da cidade, continuo até hoje solidário com muitos outros, entre eles, o mais recente movimento activista do nosso concelho, contrário à instalação duma estação de tratamento de resíduos a sul do Município, o qual, pela garra e empenho que vem sendo evidenciado pelos seus membros, acredito que não se fiquem por falsas promessas e não hesitarão em despejar uns camiões cheios de “esterco” à porta dos Paços do Concelho, conforme anunciaram publicamente, caso não sejam atendidas as suas reivindicações."
Carlos Tenreiro

terça-feira, 15 de outubro de 2019

A reunião camarária de ontem...

Ontem na reunião de câmara, respondendo a uma questão levantada pelo vereador da oposição PSD Ricardo Silva, (passo a citar o Notícias de Coimbra) «Carlos Monteiro (PS) revelou a existência de um abaixo-assinado da população “com duas mil assinaturas” pela reabertura da estrada em terra batida (conhecida localmente por «enforca-cães») e que liga a serra da Boa Viagem às povoações da Murtinheira e dali à praia de Quiaios, através das antigas pedreiras da Cimpor, encerrada em maio por motivos de segurança.
“A Direcção Geral de Minas identificou o espaço como zona perigosa e a Cimpor pôs lá pedras a impedir a passagem. As pessoas queriam cancelas, mas estas só se justificavam se [a estrada] fosse passagem importante em termos de Protecção Civil e não é”, argumentou Carlos Monteiro.
O autarca adiantou que a Câmara não está disposta a facilitar a reabertura da estrada por questões de segurança, mesmo se o caminho está em domínio privado, já que atravessa terrenos que eram propriedade da Cimpor (hoje detidos por uma promotora imobiliária de Oeiras, distrito de Lisboa) e onde a empresa explorava uma indústria de extracção encerrada há seis anos.
“Não facilitamos e não facilitaremos. Porque quando houver lá um acidente, o culpado é quem não tomou as medidas necessárias”, observou.
Em maio, em informação enviada à Lusa, a Câmara Municipal da Figueira da Foz informou que tinha decidido encerrar o acesso do «Enforca Cães» à circulação pública, na sequência da publicação, pelo Governo, do Plano de Intervenção nas Pedreiras em Situação Crítica, que se seguiu à tragédia de Borba, acidente que provocou cinco mortos.

Carlos Monteiro disse ainda, referindo-se ao «Enforca Cães», que o município está a desenhar um protocolo com o actual proprietário “que não colocou entraves à passagem de viaturas ligeiras”, assim que aquela estrada seja requalificada.
A intervenção, que corresponde a uma ambição da Câmara Municipal e da população de Quiaios, só irá avançar depois de concluído um parecer pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, cujos trabalhos ainda não se iniciaram.
O troço em questão, com cerca de 1,5 quilómetros, era usado, até ao encerramento da cimenteira, para circulação de veículos ligados à actividade extractiva, mas apesar das indicações de propriedade privada foi sempre utilizado pela população, por ser o acesso mais curto entre a Figueira da Foz e Quiaios


Imagens via Diário as Beiras

sábado, 12 de setembro de 2020

Habemus Papa

O Papa Francisco. Foto: Vincenzo PINTO / AFP

Via Ladões de Bicicletas

 "«Os prazeres chegam-nos directamente de Deus, não são católicos ou cristãos, ou outra coisa qualquer. São simplesmente divinos. (...) A Igreja condenou o prazer vulgar, desumano, bruto, mas, por outro lado, sempre aceitou o prazer humano, simples, moral. (...) O prazer de comer existe para nos manter saudáveis pela alimentação, tal como o prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito e para garantir a perpetuação das espécies. (...) Os prazeres de comer e do sexo vêm de Deus.»

Citado num livro do jornalista italiano Carlo Petrini, o Papa Francisco acrescentaria, com uma santa benevolência, ter havido no passado algum «excesso de zelo» nestas matérias por parte da Igreja, devido a «uma interpretação errada da mensagem cristã». Eu já não me lembro de quem é que hoje comentava que foi preciso esperar 2000 anos para ouvir uma figura de proa da Igreja dizer o que Francisco disse. Mas não se surpreendam se, entretanto, surgir um qualquer manifesto ou abaixo-assinado, subscrito por uma centena de pessoas (na sua maioria certamente católicas), a condenar estas declarações."

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Quando a farmácia vai à falência, não há mais remédio: fecha-se a loja...

Para ver melhor clicar em cima da imagem.
Figueira SEM Parques,  é um movimento de pessoas independentes, de todas as partes da sociedade com e sem filiações partidárias, que tem como objectivo a extinção da empresa Figueira Parques, bem como extinguir a actual concessão de exploração e não emitir mais nenhuma, acabando assim com todo o estacionamento pago na cidade.
Relembramos que o Município da Figueira é proprietário de 70% da Figueira Parques.
Está a correr um abaixo-assinado que pode ser lido clicando aqui

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Seiça e a realidade que só não vê quem não quer

Seiça, a região e o mosteiro, é um blogue que nos conta "a história do Convento de Santa Maria de Seiça, através dos séculos."
Não é actualizado desde 7 de Março de 2014. 
Refiro o blogue porque penso que uma das responsáveis era a Senhora Maria Rosa Anttonen, que em 03 de Agosto de 2009, em nota à comunicação social,  colocou duas questões pertinentes, sobre o Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado....
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Chegados a Setembro de 2021, passados 12 anos, sob gestão PS e "o que é que aconteceu?"
Propaganda.

A poucos dias da realização das autárquicas de 2017, tudo continuava a resumir-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Na edição de 21 de Setembro desse ano o Diário as Beiras trazia a seguinte notícia:
"Convento de Seiça já tem anteprojeto para preservação".
S
egundo o jornal, o projeto prévio para a preservação das ruínas do convento de Santa Maria de Seiça foi apresentado no salão nobre dos paços do concelho da Figueira da Foz, ao executivo camarário e à associação SMS (criada para defender e promover aquele imóvel histórico). A sessão também contou com a participação do então presidente da Junta do Paião, Paulo Pinto. 
Elaborado pelo Atelier 15 Arquitetura, do Porto, o anteprojeto enfoca a dimensão e a riqueza arquitetónica da igreja do convento, que tinha uma “escala brutal”. O gabinete de arquitetos propõe preservar o que resta do local de culto, assinalando no terreno a sua dimensão original, ao mesmo tempo que advoga a atribuição de uma classificação ao imóvel. Para o efeito, terá de ser removida a vegetação que cresce há décadas nas ruínas do convento e de se estancar as infiltrações de água.
O referido ateliê de arquitetura propõe duas fases para a preservação do convento e antigo centro de estudos teológicos, que terá sido construído antes da nacionalidade portuguesa, pela Ordem de Cister. 
A primeira etapa contempla a limpeza e a consolidação das ruínas da igreja. A segunda, tem por missão consolidar todo o edifi cado e o restauro (possível) de dois pisos.
Por sua vez, de acordo com a proposta do Atelier 15 Arquitetura, a antiga fábrica de descasque de arroz é para ser demolida. Se, por um lado, a antiga unidade industrial não tem valor arquitetónico, por outro, desempenhou uma acção destruidora do convento, explicaram os autores do anteprojeto. 
No entanto, para memória futura, ficará o testemunho da chaminé. 
João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, quis saber quanto é que vai custar a preservação das ruínas do convento, mas não obteve resposta
O ateliê, contudo, ficou de avançar as previsões orçamentais dentro de um mês. Entretanto, alertaram que, em obras como aquela, nunca se sabe o que se vai encontrar, pelo que a margem de erro remete para meras estimativas. 
A empreitada, conforme se podia ler na edição de 21 de Setembro de 2017 do jornal AS BEIRAS, tinha cabimento num programa de fundos europeus

Passou o tempo. Em Abril de 2019 o falecido presidente João Ataíde foi para Secertário de Estado do Ambiente e entrou o presidente substituto Carlos Monteiro.
Recorde-se que o Mosteiro de Seiça foi mandado construir por D. Afonso Henriques em louvor à Virgem Maria, devido a um milagre recebido junto da capelinha de Nossa Senhora de Seiça.
Os primeiros monges do convento foram os de Lorvão que, naquele tempo, pertenciam á ordem de São Bento, cujo superior foi o Abade D. Paio Egas, nomeado para este cargo no ano 1175
D. Afonso Henriques faleceu (1185) sem que a obra estivesse concluída, mas o seu filho D. Sancho I deu-lhe continuidade, entregando o convento á ordem de S. Bernardo por esta ser considerada um "raro exemplo de virtude e Santidade".
Em Setembro de 1348, a peste negra fez com que o Mosteiro de Seiça sofresse muitas perdas entre religiosos e caseiros. Esta epidemia dizimou 150 religiosos em 2 meses.
Em 1513, D. Manuel ordena a reparação do Mosteiro por este se mostrar bastante degradado. Assim, a igreja foi ampliada e tornou-se num dos melhores templos das redondezas. Em 1895 foi vendido a uma família que transformou o mosteiro em fábrica de descasque de arroz, fábrica que veio a falir anos depois.
Actualmente, é propriedade da Câmara da Figueira da Foz, tendo sido comprado por Santana Lopes, no seu primeiro mandato como presidente de câmara da Figueira, que adquiriu o espaço por cerca de 225 mil euros.
Na altura, o autarca do PSD prometeu uma "intervenção de fundo" no imóvel, porém, passados todos estes anos, as ruínas do convento continuaram à mercê da degradação e do vandalismo.
Em Junho de 2020, "foi classificado como monumento nacional". As entidades que lhe conferiram o estatuto reuniram-se e a proposta foi aprovada por unanimidade. Esta decisão, permitiria que a  autarquia avançasse com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montante de três milhões de euros.
No sítio do Turismo de Portugal na internet, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, na freguesia do Paião, era apresentado como uma oportunidade de investimento para fins turísticos. A autarquia, então presidida por Carlos Monteiro, não descartava a possibilidade de o alienar, se houvesse uma proposta de compra sustentada num projeto com interesse público. Porém, na altura, segundo afirmou o presidente da câmara ao DIÁRIO AS BEIRAS, o município estava determinado em proceder à recuperação das ruínas. 
Muita propaganda foi feita ao longo dos 12 anos de gestão socialista até ao final.

E assim se chegou a Setembro de 2021.
Depois de ganhar as eleições e tomar posse, Santana Lopes cumprindo o guião por si traçado na campanha elitoral, enfrentou o problema património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estavam muito complicadas”.
Logo em Dezembro de 2021, poucos meses após ter tomado posse, foi anunciado que “após sucessivas diligências levadas a cabo pelo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, nomeadamente através do Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), a Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020), aprovou na passada quinta-feira, dia 09 de dezembro de 2021, a candidatura a fundos para a intervenção de requalificação e consolidação do Mosteiro de Seiça”.
A obra, com um investimento total estimado de 2.924.933,33 € e um investimento elegível de 2.922.881,66 €, foi cofinanciada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a 85%, ou seja, com 2.484.449,41 €.
Esta candidatura teve por objectivo a recuperação e reutilização deste monumento nacional de elevado valor patrimonial e cultural, devolvendo a sua identidade à população e ao visitante, permitindo a fruição deste espaço, e o desenvolvimento da cultura e do conhecimento histórico, através da sua preservação e sustentabilidade futura. 
A conclusão da intervenção está prevista para o dia 31 de dezembro de 2023.
Foto via Município da Figueira da Foz

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ataíde, Tavares e Monteiro e a solidariedade socialista

Ao que li nos jornais, Miguel Amaral, porta-voz do movimento cívico informal que reclama o fim da vegetação no areal urbano, entregou na terça-feira ao presidente da Câmara da Figueira da Foz, um abaixo-assinado com cerca de duas mil assinaturas.
Antes, porém, leu um manifesto.
“Não podíamos deixar passar mais um verão sem interpelar publicamente o presidente da câmara acerca do estado deplorável da praia, do mau aspecto e péssima imagem que é dada a quem aqui vive e, sobretudo, a quem nos visita”. Ao longo da leitura das cinco páginas, o munícipe – e presidente do Clube Náutico da Figueira da Foz – apelida de “imundice” a vegetação que a autarquia deixou crescer, sustentando que é para dar espaço à biodiversidade e à naturalização do areal. “Temos vergonha da imundice que ali está instalada e o senhor é o principal responsável!”,  disse Miguel Amaral. O porta-voz, que falava na reunião de câmara, afirmou mesmo que se trata de um caso de saúde pública.
Apesar das críticas e das duas mil assinaturas, João Ataíde garantiu que a autarquia não vai retirar a vegetação da praia, alegando que esta opção está tecnicamente sustentada. “Porventura, este será o ponto mais crítico, mas não se fazem obras sem incomodar”, argumentou.
Relembre-se: o concurso para a requalificação do areal está previsto ser lançado até ao final do ano, para “aproximar mais a cidade da praia”.
O vice-presidente da câmara, António Tavares, veio a terreiro para defender a autarquia e condenar o “tipo de linguagem, que não fica bem numa assembleia deste género”, utilizado no manifesto lido por Miguel Amaral.
Por seu lado, o colega de vereação Carlos Monteiro "ressalvou que a zona do areal onde se estende a tolha só tem areia e está limpa".
Goste-se ou não, João Ataíde, António Tavares e Carlos Monteiro, estiveram bem.
Sublinho apenas, que foi toda uma solidariedade (dentro de um partido fraterno, onde a luta pelo poder é o que menos importa a quem por lá milita) a funcionar!  
Por outro lado, ajuda a perceber a frustração de quem apenas tem convicções e se contenta em lutar no que acredita!
Ajuda, também, a perceber a cidade que somos!
E, ainda, o que nos espera o futuro – o nosso e o da nossa cidade ...

Em tempo.
A foto é de 23 de setembro de 2013, foi sacada daqui e tem a ver com a visita do líder do PS, na altura, para apoiar a recandidatura de Ataíde à Câmara da Figueira.
Recordo que um dia após as eleições autárquicas os comentadores invadiram os écrans. 
Da análise dos resultados das eleições de outubro de 2013 persiste - pelo menos para mim - um enigma.
E aqui já começo a entrar num terreno que não domino e nem conheço muito bem,  mas presumo como relevante na vida dos partidos e das suas lideranças. 
O PS, apesar de perder votos face às anteriores eleições autárquicas, ganhou 149+1 presidências de Câmara num total de 308 - isto é, quase metade.
Pelo que julgo saber, estes resultados eleitorais foram alicerçados em escolhas dos candidatos, feitas pelas concelhias do PS.
Sendo assim, como foi possível alguém, ameaçar e depois destituir Seguro da liderança do PS? 
As concelhias no PS - penso eu - são a base de apoio dos líderes partidários. Ganhando quase metade das presidências em outros tantos concelhos, gostemos ou não de Seguro, o resultado dessas autárquicas constituíam o melhor terreno eleitoral para o reforçar como líder do PS. Nas Europeias de 2014, sabemos o que aconteceu: o PS de Seguro voltou a ganhar.
Não é só nos romances que o real e o fantástico se podem fundir numa unidade perfeita. Na política também pode acontecer o mesmo!
Com isto, não tenho a intenção de fazer uma alegoria moral - e muito menos política. 
Sou, apenas, uma pessoa que pensa livremente.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Trabalhadores da Navigator na Figueira da Foz avançam com greve de 30 horas. A paragem está marcada para os dias 12 e 13 do corrente mês

Os trabalhadores da unidade da Figueira da Foz da Navigator Company decidiram ontem, em plenário, avançar com uma greve de 30 horas entre os dias 12 e 13, reclamando aumentos salariais, informou fonte sindical. 
A greve, que vai decorrer das 18H00 do dia 12 de abril até às 24H00 do dia 13, surgiu por “falta de resposta” por parte da empresa Navigator Company “às reivindicações dos trabalhadores”, disse à agência Lusa José Paixão, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Centro Norte. José Paixão recordou que foi desenvolvido um abaixo assinado, que recolheu 652 assinaturas de trabalhadores do complexo da Figueira entre 23 e 29 de março, no qual se solicitava uma resposta da administração “até 4 de abril” e se mostrava a disponibilidade “para continuar a negociar e encontrar soluções para as reivindicações dos trabalhadores”. A única resposta chegou ontem, “a dizer que, da parte deles, estava concluído o processo e que não havia mais vontade nenhuma em negociar”, referiu o dirigente sindical.

Segundo dados da empresa, a The Navigator Company, herdeira do património do ex-grupo Portucel Soporcel, desde 2016, é a terceira maior exportadora em Portugal e representa 1,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A Navigator Company atingiu um novo máximo histórico de produção de papel em 2016 e teve um volume de negócios de cerca de 1,6 mil milhões de euros.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Para mais tarde recordar, pois quem concorre pode sempre vir ganhar...

Via Pedro Machado - Figueira do Futuro

"O custo da água na Figueira da Foz é inconcebível. Fruto de decisões erradas com mais de 20 anos, mas também da inércia e do atual executivo. Se queremos mais gente a viver na Figueira da Foz e se queremos um território mais justo e equilibrado, este é um problema que temos de resolver. E que eu me comprometo a resolver."

Ainda sou do tempo em que políticos que chegaram a presidentes de câmara, 
protestavam contra o preço da água na Figueira.
"A iniciativa Figueira da Foz - A Água Mais Cara do Distrito, promovida por um grupo de cidadãos, cujo porta-voz é Carlos Monteiro, inclui a distribuição de um panfleto explicativo e a entrega de um autocolante aos automobilistas que o queiram afixar na viatura. 
Carlos Monteiro anunciou que algumas dezenas de automobilistas identificados com este movimento vão concentrar-se quinta-feira, às 18h00, junto à câmara municipal, com o autocolante afixado nas viaturas, desfilando de seguida pela cidade.
"Lamentamos que o sr. presidente da câmara não queira esclarecer estes aumentos às pessoas", disse o mesmo munícipe à Lusa. 
O grupo de cidadãos, em colaboração com a Associação de Consumidores de Portugal (Acop) e do jurista Mário Frota, membro desta organização, está a preparar uma providência cautelar para que o tribunal suspenda as tarifas da água em vigor. Questionam o aumento verificado, já em 2005, no valor total das facturas da água e saneamento cobradas pela concessionária Águas da Figueira, que nalguns casos ronda os 35 por cento. Para este aumento, segundo Mário Frota, contribui a existência de uma "tarifa de disponibilidade" que o especialista em Direito do Consumo considera "ilegal, por se tratar de um consumo mínimo encapotado"
"Foi tudo bem explicitado às pessoas na devida altura", contrapõe Duarte Silva. 
Os promotores da campanha já tinham decidido, no início de Abril, solicitar ao Ministério Público "para averiguar a legalidade destes aumentos", de acordo com Mário Frota, que é também o primeiro subscritor do abaixo-assinado sobre o assunto dirigido ao presidente da câmara." 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Desta vez, foi na circular Externa de Coimbra...

Via Diário as Beiras

Em Outubro de 2006, apesar da luta corporizada num abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, uma grande manifestação em Maio, e outras iniciativas, não foi possível evitar o que um governo do Partido Socialista já tinha determinado. O bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006

E assim se mantém. Isto é uma vergonha num país europeu. Infelizmente, em 2024 replicada por Portugal inteiro!..

Se  todas as maternidades com menos de 1500 partos constituíam um risco para a saúde pública, ao ponto de terem sido encerradas maternidades, então terá que levada esta ideia até às suas últimas consequências:
1. os partos em casa e nas ambulâncias têm de ser proibidos;
2. todas as clínicas privadas com menos de 1500 partos/ano também têm de ser encerradas.
Pronto, a crise em 2024, apesar dos excedentes, existe mesmo mesmo. 
Resta saber quem são, afinal, os verdadeiros culpados das dificuldades que o País atravessa.
A resposta é simples: nós, as próprias vítimas dela.
Os trabalhadores por não produzirem, os desempregados por não trabalharem, os jovens sem colocação no mercado de trabalho por consumirem, os reformados por colocarem em causa a sustentabilidade da segurança social, os doentes crónicos por consumirem muitos medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, as grávida por terem de dar à luz em maternidades.

Temos  uma capacidade brutal "pró desenrascanço".
Oxalá que não, mas isto um dia vai acabar mal...

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

A recuperação de edifícios municipais, como o Mosteiro de Seiça, é uma prioridade para o actual executivo

O Mosteiro de Seiça, hoje em dia classificado como monumento nacional, fica na margem Sul do concelho, mais precisamente na freguesia do Paião, e a origem remonta à fundação da nacionalidade. 
Com a extinção das ordens religiosas, no século XIX, foi vendido a privados. No início do século, XX foi ali instalada uma fábrica de descasque de arroz, que laborou até 1976. 
O imóvel foi adquirido pelo Município da Figueira da Foz quando Santana Lopes cumpria o primeiro mandato na presidência da autarquia (1997-2001)
Seiça, a região e o mosteiro, é um blogue que nos conta "a história do Convento de Santa Maria de Seiça, através dos séculos."
Não é actualizado desde 7 de Março de 2014. 
Cito o blogue porque penso que uma das responsáveis era a Senhora Maria Rosa Anttonen, que em 03 de Agosto de 2009, em nota à comunicação social, colocou duas questões pertinentes, sobre o Convento de Santa Maria de Seiça, um convento abandonado....
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Chegados a Setembro de 2021, passados 12 anos, sob gestão PS "o que é que aconteceu?"
Propaganda. 
Muita propaganda foi feita ao longo dos 12 anos de gestão socialista até ao final.

E assim se chegou a Setembro de 2021.
Depois de ganhar as eleições e tomar posse, Santana Lopes cumprindo o guião por si traçado na campanha elitoral, enfrentou o problema património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estavam muito complicadas”.
A obra, com um investimento total estimado de 2.924.933,33 € e um investimento elegível de 2.922.881,66 €, foi cofinanciada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a 85%, ou seja, com 2.484.449,41 €.
Esta candidatura vai permitir a recuperação e reutilização deste monumento nacional de elevado valor patrimonial e cultural, devolvendo a sua identidade à população e ao visitante, permitindo a fruição deste espaço, e o desenvolvimento da cultura e do conhecimento histórico, através da sua preservação e sustentabilidade futura. 
Cumprindo o prazo, a conclusão da intervenção está prevista para o final de 2023.
Imagem via Diário as Beiras.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Figueira Parques já é privada...


IMAGEM SACADA DAQUI
Na passada sexta-feira, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz ratificou, por maioria, a decisão tomada em sessão camarária em 3 do corrente mês, também por maioria, ao aprovar a privatização da empresa municipal de estacionamento Figueira Parques, através da alienação da sua participação social naquela entidade.
Desta forma, o estacionamento nas ruas da Figueira e no Hospital Distrital da Figueira da Foz, na Gala, passou a ser explorado por  uma empresa privada, sujeita, no entanto, ao regime de concessão em vigor até 2025.
Tudo isto se passou em menos de um mês sem que, a esmagadora maioria dos figueirenses, tenha dado por ela.

A oposição manifestou-se e votou contra contra a privatização da Figueira Parques. 
Um grupo de cidadãos criou o Movimento Figueira SEM Parques, que recolheu cerca de 700 assinaturas num abaixo-assinado que contesta a decisão da maioria socialista.
O presidente Ataíde poderia vender os paços do município e colocar um computador a governar o concelho que, estou em crer, os figueirenses, na sua esmadora maioria, não dariam por ela. Mas, descansem que isso não irá acontecer: a clientela política que vive à conta do orçamento não o permitiria.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Depois de alguma hesitação, a Câmara da Figueira assume-se contra exploração de caulino

De harmonia com o que foi tornado público, a Câmara da Figueira da Foz enviou um ofício à Direção-Geral de Energia e Geologia a manifestar a sua oposição à exploração de caulino no norte do concelho.
Na carta, “o executivo manifesta, de forma veemente, a sua oposição à concessão de exploração de Caulinos no Pocinho“ e “reforça a sua posição com a das populações das freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova, expressa em centenas de reclamações e manifestos apresentados e de um abaixo-assinado”.
O executivo camarário começou por não ser a favor nem contra. Todavia, a sua posição foi evoluindo e enviou parecer à entidade licenciadora manifestando reservas e exigindo garantias e contrapartidas.
Depois de verificar a reação das populações, nas sessões de esclarecimento, “a autarquia, reitera as fundamentações e reclamações já referidas no seu parecer de 16 de janeiro e aduz três outras razões”. O projeto agrícola integrado e agropecuário na zona do Pocinho, de que dependem cerca de 180 agregados familiares e 75 explorações leiteiras, lidera a lista. Seguem-se o nível freático e “a memória do processo de expropriação de terrenos aquando da construção da autoestrada A17”.
Resumindo:  “o ofício dá conta da firme convicção de que não existem condições para a exploração de depósitos minerais de caulinos e de que esta concessão não é de interesse público”.
E termina: “tanto mais que esta se torna absurda, quando, ao arrepio das políticas defendidas por este Governo, se propõe concessionar explorações mineiras em terrenos florestais e agrícolas, hipotecando a prática agrícola nesta e em zonas confinantes com a mesma”