terça-feira, 14 de agosto de 2018

É OBRA!..

Foto Luís Pena
A Câmara da Figueira da Foz vai abater árvores com várias décadas no âmbito da requalificação urbana em curso em Buarcos, mas a iniciativa tem a oposição de cidadãos que admitem tentar impedir o corte agendado para quinta-feira.
Em causa está o abate de 16 árvores - faias, plátanos e outras espécies - localizadas em dois espaços ajardinados em frente à estação dos CTT e do mercado municipal da vila de Buarcos, e que foram recentemente marcadas com cruzes vermelhas.
O corte está agendado para a manhã de quinta-feira, confirmaram fontes da empresa responsável pelos trabalhos.
"Isto é uma sentença de morte. Há árvores que estão aqui há dezenas de anos e, de um momento para o outro, são colocadas cruzes que fazem lembrar outros tempos da História e se sentencia a morte de árvores. As árvores não são coisas que se ponham e tirem de um dia para o outro, demoram dezenas de anos a crescer", disse à agência Lusa Luís Pena, advogado e ativista ambiental.
No local, ao fim da manhã de hoje, esteve uma máquina a retirar um candeeiro existente na zona ajardinada e funcionários da empresa confirmaram que o abate das árvores - 16 das 17 ali existentes, algumas com 15 a 20 metros de altura e aparentemente em bom estado de conservação -, com recurso a motosserras, está agendado para o início da manhã de quinta-feira, de acordo com o plano de obra.
"Deviam compatibilizar este património e se for preciso fazer alterações, façam-se, porque a pressa é inimiga da razão. Esta obra deve ser parada", defendeu o advogado.
Luís Pena avisou ainda que os cidadãos não vão permitir o abate das árvores - desde segunda-feira, especialmente nas redes sociais, tem vindo a crescer o número de pessoas indignadas com a situação - e antecipou um protesto para quinta-feira.
"Os cidadãos hão de vir ao local, eu vou cá estar quinta-feira e se for preciso acorrentar-me a uma árvore, acorrento-me, não tenho qualquer receio, é preciso que outros tenham essa coragem", enfatizou.
À porta do mercado municipal de Buarcos, vários populares comentavam o anunciado corte de árvores e as opiniões dividiam-se entre os que o defendem, como Paulo Cruz, que aponta os "problemas respiratórios" causados pelas espécies ali existentes, e Deolinda Mano que, emocionada, garantia ir marcar presença no eventual protesto.
"Vai ser tudo tirado para o mercado ficar à vista, estão a estragar Buarcos. Isto estava bem, se queriam fazer estacionamentos, que os fizessem à beira da praia que há muito espaço onde fazer. Eu acho que as pessoas já se deviam ter unido há muito tempo contra isto, mas responderam-nos que o plano já foi aprovado há dois anos. Então nós não temos palavra para isto?", argumentou Deolinda.
Luís Pena defende que os partidos políticos "da extrema-esquerda à extrema-direita" tomem posição, "a começar pelo Partido Socialista", que detém a maioria no executivo municipal.
"Enquanto partido, tem de dizer de viva voz se é a favor do meio ambiente ou se é a favor deste ato criminoso de destruição de 18 ou 19 ou 20 árvores", frisou o ativista.
A alusão de Luís Pena a mais árvores dos que as 16 marcadas para abate está relacionada com a intervenção no jardim Fernando Traqueia, do outro lado da rua da zona ajardinada do mercado municipal, para onde está prevista a criação de uma praça triangular enquadrada por novas espécies vegetais, deixando a 'descoberto' a fachada do teatro Caras Direitas.
Ouvido pela Lusa, Ricardo Vieira de Melo, arquiteto autor do projeto da obra de requalificação urbana de Buarcos, confirmou o abate das árvores e disse que estas não se compatibilizam com a intervenção prevista para o local, sublinhando, no entanto, que "a quantidade das que vão ser abatidas é muito inferior à quantidade das que vão ser plantadas", na proporção de uma para dez.
"Algumas [das que vão ser abatidas] foram plantadas fora de planos, para colmatar porventura outras que estariam em falta ou compor apenas a frente urbana, não estavam compatibilizadas com nada, de alguma forma não tinham critério. Algumas não estão em boas condições, outras de facto colidem com o que se promove para este projeto", frisou o arquiteto.
Ricardo Vieira de Melo disse compreender a preocupação da população e manifestou-se "muito defensor das árvores, sempre que elas possam ser mantidas".
"Acho que a árvore é um elemento fundamental na paisagem urbana", argumentou o arquiteto, frisando que a cobertura vegetal do plano de intervenção prevê uma "intensificação significativa do número e variedade de árvores", algumas plantadas já com três ou quatro metros de altura.
"Aqui, de facto, há uma substituição e um aumento muito significativo do número de espécies e quantidade de árvores que está prevista para a globalidade da intervenção. Essas [as 16 junto ao mercado] estão marcadas porque de facto não era possível compatibilizá-las com o estudo", reafirmou Ricardo Vieira de Melo.
Já sobre o jardim Fernando Traqueia, o arquiteto disse que em princípio "não vai ser abatida nenhuma ou será um número diminuto e vão ser plantadas uma quantidade significativa de árvores", a exemplo do que sucederá na marginal junto à praia, onde foram já cortadas diversas palmeiras.
A agência Lusa tentou ouvir o presidente da autarquia da Figueira da Foz (distrito de Coimbra), João Ataíde, e o vice-presidente, Carlos Monteiro, que detém os pelouros do Ambiente e das Obras Municipais, mas até ao momento os contactos resultaram infrutíferos.

Via DN

Esta vil pobreza de espírito...

Imagem sacada daqui
Em 8 de abril de 2014, já lá vão mais de 4 anos, escrevi a postagem, que pode ser lida clicando aqui...
De lá para cá, nada melhorou: tem sido só foi fechar espaços...
E assim vamos vivendo, na Figueira e no País! 
Até um dia...
Um dia, na Figueira e no País, lá teremos de abrir os olhos para a realidade.
O rei continua a ir nu:  somos uma cidade e um país pobre e a era das ilusões não há meio de chegar ao fim...
Não sei é como...
Cá pela Figueira continua tudo na modorra habitual: não há um vislumbre de revolta que nos dê alguma esperança! 
Persistimos em não largar a pobreza de espírito... 

PRENUNCIO de morte?..

"Estas árvores foram marcadas, ao que tudo indica, com uma cruz letal.
Segundo informações de alguém que tem medo de dar a cara, sabe-se lá porquê, serão abatidas.
Carlos Monteiro e João Ataide, num ímpeto eleitoralista\demonstração de trabalho, avançaram numa obra de custos bastante elevados, de utilidade duvidosa, sendo que esse dinheiro poderia ser investido em infraestruturas em diversas regiões do concelho ou substituir outras obsoletas.
Infelizmente essas não dão eventualmente tantos votos...
Não, toca a gastar no que não é premente. Aparentemente servirá para destruir as sombras que ainda existem em frente ao mercado, e quiçá, mais além.
É necessário que a oposição esteja atenta, que verifique o projecto com arquitectos de sua confiança, visto que segundo um professor universitário da área que consultei, existem erros de palmatória em todo o projecto. 
É o dinheiro de todos nós que está em causa.
Que todos nos juntemos para que não seja realizado este crime ambiental."

Via Rui Torres

Mais um êxito: “registámos 25 mil entradas”, afirmou Rui Ferreira...


(Imagem via Diário de Coimbra. Para ver melhor clicar na imagem)
Chegou ao fim a 9.ª edição da Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM). 
O evento, que se iniciou a 8 de agosto tendo findado no passado domingo, dia 12, trouxe à freguesia de Maiorca nomes como Ana Malhoa, Quim Barreiros, Toy, Amor Electro ou Os Red. 
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, edição de hoje, Rui Ferreira, presidente da Junta de Freguesia, referiu que o balanço final é “muito positivo” e que os objetivos para esta edição foram “cumpridos”. “O balanço final é muito positivo. Atingimos o número que tínhamos definido antes. Registámos, no total, cerca de 25 mil entradas. Desse registo, 20 mil foram com entradas pagas, portanto, no geral, o objetivo foi cumprido”, confessou.

Para o próximo ano, Rui Ferreira quer que a FINDAGRIM “continue a ser uma festa do povo” mas que, ao mesmo tempo, tenha uma preocupação maior com o público mais jovem. “Em primeiro lugar vou ouvir todos os expositores, que nos têm vindo a apoiar, de forma a podermos melhorar. Mas posso adiantar que vamos continuar a ser uma festa do povo com associações envolvidas e com uma aposta no cartaz de cariz popular, com cantores «pimba». Vamos tentar também agradar à população mais jovem, como é óbvio”

Nada de novo...

"Nas cortes de 1427, dizia-se que Entre Douro e Minho e na Beira não haveria cavões e jornaleiros por dinheiro. Tal não significava que não existissem, desde há muito, cabaneiros, homens que viviam do trabalho braçal, em boa parte pago em géneros, e que não tinham mais do que uma cabana. Significava que aí era predominante a economia assente em casais, adubados com o suor familiar e exauridos pela renda feudal.
Nos campos do Centro e do Sul e na periferia dos centros urbanos, os conflitos sociais incidiam em três planos principais: tabelamento dos salários, diminuição ou aumento da renda feudal e disputa de mão-de-obra. Este último conflito, exacerbado pela economia mercantil crescente, desencadearia a captura de escravos na costa africana.
Nas Cortes de Lisboa de 1389, os representantes dos povos, saídos do grupo dos melhores do concelhos [não da arraia miúda], tentaram impor o tabelamento de salários. Só o conseguiram e limitadamente nas Cortes de Viseu de 1391. A decisão foi difícil de implantar. Nas Cortes de Coimbra de 1394, os representantes dos povos protestaram contra os altos salários. O rei mantinha em Lisboa a liberdade dos preços da força de trabalho."

António Borges Coelho, História de Portugal, vol.III, Largada das Naus, pag. 40/41

"O que é interessante é que, naqueles tempos, a falta de mão-de-obra fazia os salários subir. Nessa altura, os contratadores de mão-de-obra tentavam impedir a liberdade dos preços da mão-de-obra tabelando os salários. Era um contracto colectivo ao contrário dos que existem actualmente. E o rei - na ausência de um Estado - parecia querer garantir algum equilíbrio na relação de forças.
Mas a melhor forma de conseguir baixar os salários era mesmo reduzir os efeitos da procura de mão-de-obra. E isso fazia-se com o aumento da escravatura (leia-se, com custos operativos quase nulos).
Hoje, a função da escravatura foi substituída pela existência de um exército de reserva constituído por um vasto contingente de desempregados. Foi esse mecanismo que os autores do ideário económico do FMI tentaram - e conseguiram - implantar em Portugal.
E resta saber se não até ao esquecimento. Já passaram quase dez anos desde o início dos efeitos dos demandos do sector financeiro a nível internacional, em 2007/8. Os jovens tendem cada vez mais a achar que o natural é trabalhar por pouco ou nada. E se mais não fosse, há sempre os elogios sociais ao voluntariado..."

João Ramos de Almeida, formado em Economia. Foi jornalista de 1986 a 2012 e trabalha actualmente como consultor no Observatório sobre Crises e Alternativas do Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra.

Leitura para os próximos dias (6)

(Um livro de leitura obrigatória para quem quiser perceber muita coisa que se passou na Figueira nos últimos 40 anos)
"A fantasia de 50 milhões de contos em 1991 (hoje 507 milhões de euros) ligada a "investidores" mais do que duvidosos duma empresa fantasma chamada Globo Air, do Aeroporto Internacional Costa de Prata, com TGV (elevado) a ligar a Coimbra, Leiria e Fátima...  Nunca passou de alguns anúncios na social e da exposição de uma maquete para iludir os incautos".

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

"... não há razão nenhuma para falar em vitória no incêndio que destruiu grande parte do concelho. Rui André fala mesmo em derrota e sublinha que falhou tudo: desde o planeamento ao combate."

Para ouvir o Presidente da Câmara de Monchique, clicar aqui.

Faleceu Rosa Mano... Chorai guitarras, chorai...



Vídeo: via Pedro Fernandes Martins
Imagem, via Diário de Coimbra

"Tonga" foi rebocado com êxito.

Jorge Tocha Coelho, um cidadão atento... (XVIII)

Para ler melhor, clicar na imagem

As noites são sempre musicais!

Naufrágio no Cabedelo

"Tonga" naufragou esta madrugada(6:00) na Praia do Cabedelo. 
A tripulação é composta por três pescadores naturais da Costa de Lavos. Os pescadores escaparam ilesos à ocorrência, porem não ganharam para o susto, afirmou um dos tripulantes. 
Um cabo enrolado no hélice terá sido o motivo deste naufrágio. 
A partir das 14 horas, serão iniciadas manobras para remover a embarcação na próxima praia-mar ( 17:00)


Via Pedro Agostinho Cruz

A Aldeia e a vila que não existe, pois nunca existiu...

Citando Charles Chaplin.
"Na vida há um momento em que se sabe: 
Quem é imprescindível, quem nunca foi, quem não é mais, quem será sempre!"
(A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro (uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”.
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.)
O braço esquerdo do Mondego, é o rio da minha Aldeia...
... o rio da minha Aldeia deveria fazer pensar.
Quem está ao pé dele, não está apenas e só ao pé dele... 
Portanto, não deveria limitar-se a estar apenas e só ao pé dele... 
Antes de desaguar nas águas do oceano Atlântico, junto à Quinta do Canal, defronte a Lares, o Mondego divide-se em dois braços, formando um delta. 
O braço direito banha Vila Verde. O braço esquerdo, é o rio da minha Aldeia.
O  braço sul, o rio da minha Aldeia, deixa o canal principal do Mondego, na zona conhecida como Cinco Irmãos, a cerca de seis quilómetros a montante da Figueira da Foz, e corre entre a ilha da Morraceira e a margem esquerda do estuário. 
Depois de passar frente à minha Aldeia, deixando para trás o Portinho da Gala e a Ponte dos Arcos, o rio da minha Aldeia funde-se no braço norte, em frente à cidade,  junto aos estaleiros e porto de pesca, relativamente perto do local onde até meados do século XIX se situava a barra do porto, quando o braço sul era o canal principal do rio que banha a cidade. 

O rio da minha Aldeia, não sendo o que já foi, continua a ser fonte de vida, de prazer, de divertimento e de lazer. 
Continua a ser de um agrado incontornável olhá-lo, conhecer os seus recantos, as suas correntes e as suas contra-correntes, as suas diferentes tonalidades, o seu murmurar!.. 
Uma coisa é ser. Outra, é gostar de (a)parecer... 
Para quem é, o rio da minha Aldeia continua a provocar emoções... 
Mas, é preciso estar atento!
O rio da minha Aldeia, tem uma particularidade: enche na maré alta e quase seca na baixa-mar...

Leitura para os próximos dias... (5)

(Um livro de leitura obrigatória para quem quiser perceber muita coisa que se passou na Figueira nos últimos 40 anos)


A TORRE J. PIMENTA, foi afinal um exemplo elucidativo de como o exercício da democracia pode ter efeitos perversos.

Nota de rodapé.
"Que prédio tão feio", lembram-se?..
Uma das muitas histórias por contar desta nossa cidade, que premiou alguns dos contentinhos deste regime deletério em que vivemos, que contribuíram para o actual momento da Figueira da Foz... 
Vamos contar a «estória»
3 de Fevereiro de 1981. Na reunião realizada nesse dia, a Câmara deliberou, com os votos da A.D. e do então vereador socialista José Elísio de Oliveira, autorizar a firma J. Pimenta a aumentar sete andares à torre de apartamentos em construção na Avenida do Brasil. 
Com os votos daqueles vereadores fez-se letra morta do plano de urbanização aprovado em Assembleia Municipal, que previa dez andares para aquele edifício!.. 
Para que conste, transcrevo as razões aduzidas pelo vereador do P.S. José Elísio de Oliveira, que juntou o seu voto à oposição, o que tornou possível a aprovação de mais sete andares à torre J. Pimenta. 
Pois, pois... 
«Voto a favor do deferimento por: 
 Depois das alterações ao projecto apresentado pela firma em doze de junho de mil novecentos e oitenta, não consta do processo qualquer parecer técnico ou entidade que clara e inequivocamente demonstre que do ponto de vista técnico ou urbanístico a Torre não deve subir além dos dez andares. 
A apreciação do ponto de vista estético é sempre subjectivo e discutível e a mim não me fere aprovar uma Torre de dezassete andares naquele local, tanto mais que dada a existência da Torre da Sociedade Figueira-Praia, me parece que a Avenida beneficia esteticamente. 
Embora o actual executivo não seja responsável pela aprovação da torre da Sociedade Figueira-Praia julgo correcto dar o tratamento semelhante à firma J. Pimenta»

Fica este documento histórico que, espero, seja um contributo para se perceber o que se passou posteriormente na cidade da Figueira da Foz, nos meandros da política autárquica. 
Assim aconteceu. E nada aconteceu por acaso... 
A solução, caros leitores, deverá estar no vento!.. 
Será que, soprará, alguma vez, a favor da verdadeira mudança?..
Assim aconteceu. E nada aconteceu por acaso... 
Chegados a 2018, cansados e desiludidos, os figueirense não têm grande pachorra para a política, nomeadamente para a autárquica. 
É pena, até porque  as autarquias vão sendo um esteio incontornável na nossa arquitectura político-administrativa.

domingo, 12 de agosto de 2018

Até tu?..

"Estou desiludido com Santana! Vai ser estranho vê-lo do outro lado"...
Tem calma Duarte Marques...
Santana Lopes sempre foi conhecido pelos seus dotes de oposicionista. Com o seu verbo fácil, se lhe dessem uma tribuna, era vê-lo a zurzir no poder. 
Estou convencido que Santana continua em forma... 
Dêem-lhe mais um tempinho, que ele deita tudo abaixo: o governo e a oposição!.. 

Leitura para os próximos dias... (4)

Sonambulismo

Tombam os dias inúteis: 
amanhece, é tarde, anoitece. 
Mas a nós que nos importa 
ser manhã, meio dia ou noite?!... 
Sonâmbula a vida decorre 
- nas ruas, a paz larvar dos grandes cemitérios; 
dentro de nós, cada um 
apodrece. 
Enchem-se de títulos vibrantes os jornais 
- mas tudo é tão longe... 
Passam homens por homens e não se conhecem: 
Boa tarde! Bom dia! 
Cada um fechado nas suas fronteiras, 
os gestos vazios, 
a vida sem sentido 
- sonambulismo apenas. 

Acorda! 
Ainda que seja só para o sobressalto, 
que as ilusões do sonho se desfaçam 
e as esperanças morram todas nessa hora! 

Acorda! 
ainda que o caminho a percorrer te espante 
e o peso da obra a realizar te esmague! 

Ainda que acordar seja 
morrer depois aos poucos, em cada momento, 
dolorosamente 

Joaquim Namorado, in 'Agora' 

Existem muito mais estrangeiros do que nacionais...

Nota de rodapé.
Além dos japoneses, estiveram de férias na Figueira outros estrangeiros...

sábado, 11 de agosto de 2018

Em Buarcos: dia e noite, a vergonha da 5 outubro!..

Requalificação para os peões serem reis?.. 

Mas com esta falta de autoridade... 
Será que num futuro breve, vamos ter a inversão? 
Carros nos passeios! E os peões no lugar dos automóveis!
Vai ser obra!..

A Aldeia e a vila que não existe...

"A Cova-Gala, tem origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770.
De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência.
Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova.
A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca.
Apesar do passado de cerca de 250 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 1985.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”.
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.
Um Povo que não preserve o seu passado e as suas raízes não tem futuro. E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
E, temos de saber preservar, com rigor e com verdade, e não ao sabor conjuntural dos interesses politiqueiros, seja de quem for."
António Agostinho, 7 de dezembro de 2009

Enquanto que a fundação da Aldeia se estruturou em torno da satisfação de necessidades elementares das suas gentes, que ela enquanto Aldeia garantiu de facto ao maior número, a invenção de uma vila que não existe, estando longe de garanti-las adequadamente à maioria dos seus habitantes, moveu-se por outras causas:  o desejo de imortalidade do homem, manifestado pela criação de monumentos.

Porém, a verdade histórica está escrita...