terça-feira, 14 de novembro de 2023

Nenhum de nós nasceu decente na vida, mas que haja algum de nós a lutar contra o defeito...

Tão importante como saber alimentar os sonhos, é saber que temos capacidade para conseguir gerir os pesadelos.
Que nos acompanhe sempre a resiliência para saber fazer a travessia que recomeça.
29 de outubro de 2015. Francisco Assis no jornal Público.
Curiosa, no mínimo, a análise do articulista sobre a actuação do PCP e BE na vida democrática.
Ora foi determinante: "os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda contribuíram para a tomada de decisões parlamentares da maior relevância pública. Foram determinantes para derrubar governos, concorreram para a aprovação de legislação de inegável importância, participaram activamente no processo de fiscalização da acção executiva"
Ora foi irrelevante: "a extrema-esquerda parlamentar optou deliberadamente por um acantonamento político impeditivo de qualquer participação não só na esfera estrita da governação, como no horizonte mais vasto de definição das grandes prioridades"
Passados 8 anos a pergunta mantém-se: afinal,em que ficamos senhor Francisco Assis?

Na altura, já lá vão 8 anos, Cavaco Silva, pelos vistos, não estava só, nem era o principal agente a pretender dividir o PS para atingir os seus objectivos. 
Leiam o artigo de Francisco Assis, no edição do Público de 29 de outubro de 2015. No que lá ficou escrito, vê-se que existia, dentro do PS, um ponta de lança, de seu nome Francisco Assis, à espera do falhanço de Costa...
O sentido deste senhor Francisco Assis sempre foi o mesmo: direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita…

Penso o mesmo há imensos anos.
A meu ver, ninguém nasce decente ou indecente. 
Ao longo da vida, algum de nós, porém, consegue vir a ser decente. 
Ser decente, no fundo, para algum de nós, é um objectivo de vida.
Para isso, é necessário traçar um caminho para a vida e, também, também uma enorme resiliência.
Tudo se resume, por conseguinte, a aceitar que não nascemos decentes - no fundo, é saber que somos imperfeitos e passar a vida a lutar contra o defeito.

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