quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Tanto anti-sistema também já chateava...

Todos sabemos de onde vem André Ventura.
Nasceu para a política no PSD. Depois, fundou um partido com quadros vindos do CDS. Tem, entre os principais doadores, membros das famílias Mello e Champalimaud. Reúne-se em hotéis de luxo com milionários. Agora, a julgar por aquilo que é noticiado pelo Expresso, a cereja em cima do bolo: vai renovar o Parlamento com quadros vindos do PS e do PSD.
O líder do Chega afirmou em conferência de imprensa na sede do partido que estava pronto para governar o país, mesmo que, para isso, ele próprio ficasse de fora do Executivo por exigência do Presidente da República.
Questionado sobre se teria quadros para preencher tantos assentos parlamentares, o líder do Chega garantiu que sim: tem “muitos” que vieram do CDS, garantiu, e uma maioria que chega ao partido vinda do PSD e do PS – “os que governaram este país nos últimos 50 anos”, lembrou, desta vez como argumento para atestar a competência da governação.
Foto Paulo Novais
A terminar, mais uma dose de "anti-sistema". Não lhe cabe “defender” o Ministério Público, mas a acabou a sublinhar que “esteve bem a dizer que há um inquérito”. Entre críticas à “imoralidade” do processo Marquês e acusações a António Costa por ter “posto em causa o trabalho da justiça e da polícia” com a declaração em São Bento, Ventura garantiu que não tem preferência pelo seu opositor socialista. Mas se for Pedro Nuno Santos, avisa, garante que vai continuar a lembrar que “ele é tão responsável quanto António Costa pelo estado a que o país chegou.”

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