"O armador figueirense António Lé afirmou
ao DIÁRIO AS BEIRAS que
“qualquer embarcação
que, numa situação de intempérie, entre no porto
sujeita-se a consequências
gravosas, independentemente do calado da embarcação”.
Falta de dragagens preventivas
A draga já se encontra no
porto, desde o início da semana passada, mas, tendo
em consideração as fortes
ondulações que se fazem
sentir há duas semanas,
que deverão continuar
na próxima semana, não
deverá poder laborar nos
próximos dias. As dragagens preventivas, saliente-se, registam vários meses
de atraso.
Falta de dragagens preventivas
Uma das suas
embarcações captou, “ocasionalmente”, uma imagem do fundo do mar que
“constata que a barra tem
um cabeço e [apenas] 1,7
metros de água”.
António Lé alertou que “é
quase um ato criminoso,
por parte de quem sabe
que aquilo ali está, que se
permita que as embarcações corram o risco de se
fazerem ao porto naquelas
condições”. Tudo, afiançou,
devido à acumulação de
areias. “O desassoreamento já devia ter sido feito e
tem de ser feito o mais rápido possível”, defendeu.
“Há já muitos anos que
se anda a dizer, a Agência
Portuguesa do Ambiente,
o Ministério das Infraestruturas e a administração
portuária, que tem se de fazer sempre uma dragagem
de prevenção, no final de
agosto. O que é certo é que,
há seis ou sete anos, diz-se
que não há condições. Há
sempre uma desculpa, e a
culpa morre sempre solteira”, afirmou António Lé.
O armador afiançou ainda que, “por muito que a
população venha alertar,
continuam a acontecer
as mesmas coisas”. Entretanto, receia que aconteça mais um acidente para
serem tomadas medidas.
Desde o prolongamento
do molhe norte, há 11
anos, morreram cerca de
uma dezena e meia de
pessoas na zona da barra
ou junto à costa, a maioria
pescadores. Se algo de grave acontecer, advogou, os
responsáveis institucionais
“devem ser responsabilizados”.
Barra condicionada
pode voltar a fechar
Devido à agitação marítima, a barra da Figueira da
Foz continua condicionada, sendo apenas permitida a entrada e saída de
embarcações com mais de
35 metros de comprimento. Na passada quarta-feira,
esteve fechada, decisão
que, avançou o comandante da capitania, Cervaens
Costa, ao DIÁRIO AS BEIRAS, poderá ter de voltar a
ser tomar na quarta-feira
ou na quinta-feira próximas, já que as previsões
apontam para um agravamento da ondulação."
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