A Agência Portuguesa do Ambiente (APA)
realiza hoje, pelas 18H00,
no Auditório Municipal,
uma sessão pública de esclarecimento sobre as medidas que visam mitigar a
erosão costeira na Figueira da Foz.
Há muito que a erosão costeira, a sul do estuário do Mondego, e o crescimento do areal, a norte, é uma fonte de problemas e preocupações a nível local.
Há muito que a erosão costeira, a sul do estuário do Mondego, e o crescimento do areal, a norte, é uma fonte de problemas e preocupações a nível local.
Neste momento, os figueirenses anseiam por saber quando
será feita a transposição de
areia, de norte para sul da
barra.
Vamos ver se com esta sessão se fica a saber, pelo menos, o prioritário: para lá da já prevista transposição de areia, que outras iniciativas estão previstas, visando a protecção da orla costeira e das populações.
No nosso concelho, a erosão costeira está a afectar as praias de São Pedro, Costa de Lavos e Leirosa. A areia que tanta falta faz a sul, sobra no areal urbano: neste momento, a distância entre a marginal oceânica da cidade e o mar deve ultrapassar os 800 metros.
No nosso concelho, a erosão costeira está a afectar as praias de São Pedro, Costa de Lavos e Leirosa. A areia que tanta falta faz a sul, sobra no areal urbano: neste momento, a distância entre a marginal oceânica da cidade e o mar deve ultrapassar os 800 metros.
Contudo, existem outros problemas. A Barra da Figueira da Foz, por vontade dos homens, tornou-se numa armadilha mortal para os pescadores.
O aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata previu, "ao aumento do areal da praia, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira".
Em devido tempo, foram feitos avisos a que ninguém, com responsabilidades, ligou. Apesar de algumas vozes discordantes – principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira – foi concluído o prolongamento do molhe norte.
"A obra do aumento de quatrocentos (400) metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi exigida, anunciada, e aprovada, em 2006, 2007 e 2008; teve início neste último ano; realizou-se ao longo de 2009; e ficou pronta em 2010 — e, por isso, logo a partir desse ano começou a alterar as condições da deriva sedimentar, e com o tempo acumulou as areias, ao longo dos anos (até começarem mesmo a contornar a cabeça do molhe norte…), e esse acrescido assoreamento das areias levou, concomitantemente, ao consequente alteamento das vagas nessa zona. Um assoreamento que, como era previsível, se avolumou mais e mais, ao longo dos anos. Os resultados não se fizeram esperar."
Tal com este blogue previu há anos (tudo foi dito, tudo se cumpriu), depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do Mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores e a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade.
Agora, que já aconteceu o que era facilmente previsível de prever - o norte da foz, onde em tempos existiu a “Rainha das Praias de Portugal”, transformou-se numa imensidão de areia; na Cova-Gala, na Costa de Lavos e na Leirosa, a falta de areia tornou esta uma ZONA DE RISCO ELEVADO - resta tentar remediar o que ainda for possível.
Na Figueira é assim: andamos sempre a correr a tentar emendar o erro. Fez-se um erro, tenta-se remendar com outro erro. E assim tem sido sucessivamente.
Toda a gente sabe porque se acrescentaram aqueles 400 metros no molhe norte.
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