segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Criação de uma taxa turística na Figueira e em Coimbra

"O executivo camarário da Figueira da Foz, liderado por Santana Lopes, vai propor a aplicação de uma taxa turística, cujo valor será oportunamente anunciado", notícia na edição de hoje o DIÁRIO AS BEIRAS.
Ainda segundo o mesmo jornal, "a proposta fará parte do próximo Orçamento do Município. Se for para a frente, a taxa será paga pelos turistas alojados nas unidades hoteleiras do concelho. Todavia, a aprovação da proposta do autarca independente da FAP dependerá do voto da oposição, uma vez que Santana Lopes governa o munício sem maioria absoluta." 
Na Figueira da Foz, o turismo é um importante setor económico, "quer através das receitas geradas quer no número de postos de trabalho que assegura." 
O executivo camarário, no entanto, "pretende desenvolver ainda mias o setor, mediante investimentos municipais, incluindo soluções para o imenso areal urbano e eventos destinados a captar mais visitantes." 
Segundo dados recentemente publicados pelo DN/Dinheiro Vivo, até ao final de junho, a taxa turística havia rendido 19 milhões de euros aos 11 municípios que a aplicam. Uma das mais recentes autarquias portuguesas a manifestar vontade em aplicá-la foi Coimbra.
Todavia, em Coimbra os socialistas estão contra  a criação da taxa turística municipal. Segundo o Diário as Beiras, a concelhia do PS de Coimbra criticou a intenção do presidente da Câmara local de criar de uma Taxa Municipal de Turismo “num momento em que o setor turístico está a lutar” pela sua recuperação. Em comunicado, a concelhia socialista e os vereadores no executivo “rejeitam a pretensão” do presidente do município, José Manuel Silva, de criação desta taxa, “num momento em que o setor turístico está a lutar para recuperar de uma longa pandemia e num contexto de guerra na Europa cujos efeitos a médio e longo prazo todos desconhecemos na íntegra”
O PS sublinha que não tem qualquer objeção de fundo relativamente às Taxas Municipais de Turismo, mas entende que “a procura turística em Coimbra não atingiu ainda números ou situações pós pandemia que justifiquem esta decisão”. Alegam ainda que o momento atual “deve ser de apoio às empresas e às atividades económicas e não o de criação de taxas que podem pôr em perigo a atratividade e a competitividade de Coimbra no mercado regional e nacional”. 
Na mesma nota, é dito que os vereadores socialistas se reuniram, na passada sexta-feira, com a direção da Delegação de Coimbra da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) “que não foi formalmente auscultada pelo município”
“A AHRESP mostrou-se contra a implementação desta medida, afirmando estar verdadeiramente preocupada com os efeitos diretos na hotelaria e com os impactos indiretos na restauração e no comércio da cidade”, salientaram. 
A proposta de abertura de um procedimento com vista à elaboração do regulamento da Taxa Municipal Turística será votada na reunião de hoje do executivo municipal de Coimbra. 
De acordo com a maioria, “o objetivo é amenizar o impacto social e ambiental deixado por quem visita a cidade”, justificou a autarquia, que assume o objetivo de taxar as dormidas no concelho já em 2023.

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