Via Diário as Beiras
Nota de rodapé.
Três questões prévias.
1ª -Todas as nomeações, feitas por este Governo PS, ou por outro, são politicamente legitimadas com base na competência técnica e não na mera posse de cartão de militante?
2ª - Todas as nomeações, feitas por este Governo PS, ou por outro, a partir da sua posse, são feitas sob condição de cessarem em caso de novas eleições legislativas, sem custos para o Estado?
3ª - Se assim acontecesse, alguém teria legitimidade para insinuar que este Governo PS, ou outro, de promover jobs for the boys?
Posto isto.
Os portos de Aveiro e Figueira da Foz, não se vão tornar ingovernáveis, porque Santana Lopes descobriu em Carlos Monteiro, seu antecessor na presidência da Câmara e ex-professor, um especialista em gestão portuária, ao ponto de ter sugerido o seu nome ao ministro Pedro
Nuno Santos.
O problema, que não pode ser pessoalizado, nem reduzido à gestão deste caso em concrecto, não é de ontem nem de hoje.
Existe, pelo menos há décadas, e é outro e mais complexo e abrangente: o sinal que estas nomeações enviam é de partidarização completa da gestão dos interesses do Estado pelos governos.
Isso, é claramente entendido por quase todos como a baliza e uma das regras do jogo protagonizada no Portugal pós 25 de Abril pelos partidos do "arco do poder".
E o jogo é impuro e as regras inaceitáveis numa democracia que se quer e deseja limpa.
Na gestão de portos, como noutros sectores, há gente estudiosa, trabalhadora e competente em Portugal, fora dos partidos políticos. Contudo, continuar a não premiar a competência, o profissionalismo e o estudo, na vida real, é dar sinais errados ao Povo e à sociedade em geral.
Esse sim, é um problema estruturante para o futuro de Portugal como país desenvolvido, europeu e democrático.
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