António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Não conhecia esse espaço chamado "Despertares".
Bem escrito e lúcido.
Não tenho é tempo e paciência para ler tudo, mas agradeço o gesto.
Também eu gostava de ter uma melhor República, sobretudo quando vejo alguns empresários portugueses, com tempo de antena garantido, a falarem de acreditar e investir em Portugal, com grandes discursos sobre o nosso futuro, mas depois já sabemos que puseram as suas empresas sediadas no estrangeiro para não pagar cá impostos, lembro-me do dia Mundial do Sorriso!!!
(Soares dos Santos (Pingo Doce, etc): "O discurso dos políticos não convence ninguém" - Já o teu convence-me que nem imaginas. Pena é não entender holandês….)
E ainda não percebi como os defensores de um governo que, para falhar todas as metas de défice que se propôs, empobreceu particulares e pequenas empresas, esvaziou o país de milhares de cidadãos e alienou propriedade pública relevante, vêm agora acusar este governo de estar a colher impostos em dívida "só para não falhar as metas do défice"? Sois uns cómicos.
Mas, ao mesmo tempo não acho nenhuma piada a mais um perdão aos incumpridores fiscais que se apresentem arrependidos. Os cumpridores estão sempre lixados! Não gosto. Fico chateado. Ponto!
E claro lá vem a GALP, o secretário de estado, o futebol, as negociatas, etc e tal.
Ficas muito mal na fotografia, Partido Socialista!
No fim: tenho pena que o candidato certo não tenha ganho o Nobel da Paz.
Pensei que ia para o Cavaco por finalmente nos deixar em paz.
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