António Tavares, faz parte daqueles políticos, para quem a política é a arte da dissimulação e do parecer ser, no seu melhor.
A impassibilidade, serenamente estúpida de um povo que habita num concelho amorfo, deu-lhe muito jeito...
Vive da política, como profissão, quem trata de fazer dela uma fonte de receita.
Vive para a política, quem não precisa da política para fazer dela uma fonte de receita.
Para que alguém pudesse viver para a política, tinha de ser economicamente independente das receitas que a política lhe pudesse proporcionar.
Quem vive para a política tem de ser economicamente "livre"…
Considero a política uma ocupação decente e nobre.
Gosto de pensar no ideal de alguém se dedicar a pensar na melhor forma de resolver problemas que nos afectam a todos.
Como tal, olho para os políticos com critério de exigência, como pessoas diferentes do resto dos cidadãos...
Por isso, não consigo esquecer que o político quase nunca opta por uma carreira política baseada na promoção do bem comum.
Aquilo que, a meu ver, é verdadeiramente importante, não é a forma como se chegou lá, mas o que fez com o poder quando lá chegou...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
O Tavares vai fazendo o seu percurso, na tranquilidade do fim de mandato.
Deixemos então o rio fluir...
Enviar um comentário