Em 2010, no dia 10 de fevereiro, publiquei uma postagem citando Agostinho da Silva.
Uma tarde destas, com o mar em fundo, mantive uma interessante conversa, talvez de horas, com um Amigo, ainda jovem, culto e interessado pela política, sobre Liberdade.
Discutimos abertamente, mas não chegámos totalmente a acordo sobre o que é a Liberdade.
A discordância, no essencial, a meu ver, passou pelo seguinte: que Liberdade?
Em Portugal, em teoria, temos a liberdade de opinião...
(Que não está totalmente garantida, pois as pessoas têm medo de se manifestar publicamente, pelas mais variadas razões, nomeadamente pelos constrangimentos pessoais e profissionais de que podem vir a ser vítimas.)
Em teoria, temos a liberdade política...
(Com imperfeições está mais ou menos acessível a todos, embora saibamos dos constrangimentos que existem para quem se candidata ou é apoiante de determinados partidos...)
Temos a liberdade de circulação...
E a liberdade económica?..
Essa, a meu ver, cada vez está com mais constrangimentos.
Essa, quanto a mim, é a grande lacuna da democracia portuguesa.
A diferença de opinião entre pessoas nunca deveria ser motivo de crispação.
A diversidade, a meu ver, é que é fecunda.
Preocupante, é o que se verifica na Aldeia e na Figueira, que é, simplesmente, o menor respeito pela opinião discordante.
Vivemos novo tempo. Até na Aldeia e na Figueira, estamos no tempo da globalização do pensamento, o que, salvo melhor opinião, é negativo, já que ao conduzir ao pensamento único, estreita, diminui e empobrece as soluções possíveis para os problemas agudos que vivemos...
Diga-se, porém, de passagem: o que não deixa de interessar a alguns...
Preocupa-me a falta de opinião informada...
Mas, também, me preocupa o facto de as pessoas desconhecerem e, mais que isso, não quererem saber de factos fundamentais para a sua vida.
Este alheamento, penso eu, é preocupante...
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