Só com este governo é que cabe ao avaliado o papel da avaliação, situação que não ocorre desde a vinda da troika, mas apenas quando esta achou que as coisas não estariam a correr bem e achou que o melhor seria entregar ao seu representante em Portugal, o então ministro das Finanças Vítor Gaspar, a tarefa suja de mentir sobre o que foi combinado nos bastidores. Desde então que o ritual é sempre o mesmo, a troika parte em segredo e de forma tranquila e quando os três funcionários estrangeiros já estão longe o governo convoca uma conferência de imprensa onde quase tudo o que é dito são meias mentiras e o mais importante fica por dizer...
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António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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